Olha-se e não se vê.
Diz-se que é raso.
Escuta-se e não se ouve.
Diz-se que é raso.
Escuta-se e não se ouve.
Diz-se que é raro.
Agarra-se e não se prende.
Diz-se que é fino.
Sobre estas três coisas
nada se pode indagar.
Por isso, são algo indefinido que forma um todo
que nem é brilhante em cima,
nem obscuro em baixo.
É um fio sem fim!
Não se pode descrever.
Depois volta a ser coisa nenhuma.
Chama-se-lhe a forma do que não tem forma,
a aparência do que não tem aparência.
Chama-se-lhe obscuridade fugidia.
Quando a encontramos, não lhe vemos o início.
Quando a seguimos, não lhe vemos o fim.
Apreender o Tao antigo
lidando como o que existe no presente,
sendo capaz de reconhecer a antiga ordem,
a isso se chama desembaraçar o fio do Tao.
(in Tao Te King, Relógio D'Água, 2010).
Confúcio encontra-se com Lao Zi |
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