quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A penhora na Rússia

Escrito por Deirdre Manifold







«Não há um movimento proletário que – sem que os idealistas entre os seus chefes tenham tido de certo modo consciência disso – não tenha agido no interesse do dinheiro, na direcção desejada pelo dinheiro e duração determinada pelo dinheiro».

Oswald Spengler («A Decadência do Ocidente»).




A penhora na Rússia


Muitos universitários honestos, estudiosos da História, sustentam que a guerra de 1914-18 deflagrou com o único objectivo de obter um ponto de apoio geográfico na Rússia imperial capaz de permitir a implantação do comunismo. O assassínio em Serajevo do Arquiduque Francisco Fernando de Habsburgo constituiu a razão alegada para o deflagrar do conflito. Habitualmente, quando alguém é assassinado, príncipe ou mendigo, compete à Justiça actuar, perseguindo o criminoso, fazendo-o pagar, bem caro, o erro cometido. Em vez disso – sem contar com os sofrimentos de numerosas famílias que não podem ainda que, ao de leve, ser avaliados -, de 1914 a 1918, 55 de milhões de pessoas perderam a vida. Toda a fina flor da juventude masculina europeia veio a ser sacrificada. E esta tragédia seguiu-se à morte de um só homem! É absurdo pensar, um minuto sequer, que este assassínio esteve na origem da guerra de 1914. No início de 1917 parecia que tudo ia terminar (sem vencedores nem vencidos), que uma paz negociada seria assinada e que nenhum beligerante se declararia vencedor. Tal não veio a ser permitido pois que desta forma o comunismo jamais poderia ser implantado no Império russo. Uma só chave permitia introduzir o comunismo na Rússia imperial: obrigar os Estados Unidos a entrar na guerra – empresa difícil uma vez que 99% dos americanos não só eram hostis à aproximação com a Europa como opinavam que a América não devia imiscuir-se nos conflitos internos europeus.

Em 1916 realizaram-se eleições presidenciais. E Wilson, o vencedor, de acordo com os seus propagandistas, encontrou um mote aliciante: proclamar, a torto e a direito, que evitaria o envolvimento da América na guerra europeia. Com tão solene promessa foi fácil augurar-lhe a vitória. O eleitor médio jamais suspeitou que os preparativos para a entrada do seu país no conflito estavam, praticamente, ultimados. O ardil utilizado para que os americanos mudassem de opinião foi o do torpedeamento do Lusitânia no porto de Cork, na Irlanda, torpedeamento que provocou a perda de numerosas vidas – entre eles súbditos americanos. Mas o facto mais extraordinário é que o Lusitânia tinha sido metido a pique dois anos antes, em Maio de 1915 (1). Antes do navio se fazer ao mar, os alemães publicaram, nos jornais de Nova Iorque, páginas inteiras com prevenções à população civil, pondo-a de sobreaviso, de que não devia embarcar nesse barco, pois que transportava armamento e viria a ser, por certo, torpedeado. Apesar disso, o embuste teve pleno êxito, uma vez que em 1917 os americanos, embora de má vontade, entraram no conflito europeu e, segundo declararam, «para acabar, de vez, com todas as guerras»…

No início de 1917 Trotsky morava em Nova Iorque. Fazia-se passar por um pobre jornalista – escrevia, de tempos a tempos, um artigo num jornal comunista. No entanto, mesmo com actividade jornalística tão diminuta, vivia num sumptuoso apartamento, com criado e motorista. Quando regressou à Rússia fez-se acompanhar de um carregamento de armas e de 277 terroristas revolucionários muito bem treinados. Esta oferta, bem como um utilíssimo financiamento, ficou a dever-se ao banco Kuhn, Loeb & C.ª, propriedade de dois irmãos Warburg, naturais de Berlim. Outro sócio destes beneméritos cavalheiros foi o banqueiro Jacob Schiff. João Schiff, neto de Jacob, em 23 de Fevereiro de 1949, declarou ao jornal novaiorquino «América»: «Calcula-se hoje que meu avô dissipou vinte milhões de dólares para assegurar o triunfo final do bolchevismo na Rússia» (citado por Gary Allen no seu livro «None dare call it conspiracy»).




Onde vivia Lenine no momento em que Trotsky arrumava os seus negócios em Nova Iorque e conseguia, até, obter passaporte americano embora tivesse permanecido apenas três meses na América? Lenine estava na sempre doce e tranquila Suíça. Os dois irmãos Warburg (que tinham ajudado a financiar a estadia novaiorquina de Trotsky), e com a preciosa ajuda de outro mano que continuou a viver na sua terra natal, Berlim, de acordo com o Alto Comando Alemão, azafamaram-se em instalá-lo num confortável vagão, com selos de chumbo, entregando-lhe oito milhões de libras-oiro e assegurando-se que a carruagem selada iria, directamente, até Moscovo. E durante a viagem ninguém se atreveu a meter o nariz nela. Os dois comparsas, Lenine e Trotsky, bem como muitos outros que os esperavam, encontraram-se em Moscovo. Há, entretanto, um facto semi-burlesco a anotar. Embarcado no Cristiania com o seu carregamento de armas, e os seus bandidos profissionais assalariados e os seus vinte milhões de dólares, Trotsky fez escala em Nova Scotia, no Canadá. A guarda costeira canadiana, com a sisudez meticulosa que caracteriza os povos americanos, burocratizados, deu-lhe voz de prisão, temerosa, e bem, de que se preparava um golpe sujo. Mas Trotsky não suportou os rigores de uma prisão canadiana senão por poucos dias. E encontrou meio de utilizar, largamente, o telefone! E para quem pensais que teria telefonado? Naturalmente, e em primeira mão, para Wall Street e, acreditai ou não, para Washington (um cidadão normal pode sempre tentar fazê-lo uma vez – com êxito?!).

Por incrível que pareça, Trotsky alcançou a liberdade por ordem pessoal do presidente Wilson. É necessário salientar que a filha de Jacob Schiff casou com um dos irmãos Warburg, Felix de seu nome. Com o seu irmão Paulo, Felix emigrou para Nova Iorque nos fins do século XIX. Ambos se aconchegaram na firma Kuhn, Loeb & C.ª. Max, também banqueiro, ficou em Berlim. Rica família! – que a terra lhes seja pesada… (2).

Compreendemos agora, claramente, que o vírus marxista foi inoculado no desgraçado povo russo à custa de enormes quantias e por intermédio de uma organização extremamente poderosa, com ramificações tentaculares. O general Arséne de Goulevitch, russo branco, escreveu no seu livro «O Czarismo e a Revolução»: «Os principais financiadores da revolução russa, não foram nem os extravagantes milionários russos nem os bandidos armados de Lenine. As grandes somas monetárias vieram, sobretudo, de certos círculos anglo-americanos, que desde há muito tempo dispensavam o seu apoio à causa revolucionária russa. A parte mais importante, jogada pelo rico banqueiro americano Jacob Schiff, nesta aventura já não constitui segredo, embora ainda subsistam muitos pontos obscuros!...» E a 7 de Abril de 1917, o general Janin anota no seu diário «Le Monde Slave – Au C.Q.G. russo» (volume 2 – 1927, pp. 296-297): «Longa entrevista com R que me confirmou o que antes já me havia sido dito pelo senhor M. Após ter-se referido ao ódio que os alemães lhe votavam, a ele e à sua família, passou a ocupar-se da Revolução, que, segundo ele, tinha sido desencadeada pelos ingleses e mais precisamente por Sir George Buchanan e Lord Alfred Milner (3). Petrogrado nessa época enxameava de ingleses. Ele garantiu-me que podia enumerar as ruas e as residências em que agentes britânicos se encontravam alojados. Tinham mesmo sido vistos, durante as amotinações, a distribuir dinheiro aos soldados, incitando-os a revoltarem-se. Confidencialmente, Lord Milner informou-me que gastou mais de vinte milhões de rublos no financiamento da revolução de Outubro».


A título de mera curiosidade vale a pena notar que na Conferência da Paz, que se realizou em Paris em 1919, e que (de forma tão admirável…) preparou os planos da guerra de 1939/1945, figuravam nomes como esse Lord Alfred Milner, assim como os três irmãos Warburg – Paulo, Feliz e Max. Sem estes milionários, sempre aptos, tanto no aspecto monetário como logístico, a revolução não teria tido êxito. Onde é que os povos, pretensamente oprimidos, encontrariam os milhões de dólares e organizações, com tão primorosas engrenagens, se não fossem os super-ricos. E o leitor, agora, tem o pleno direito de formular a pergunta: mas porquê? Por que motivo os super-ricos forneceram armas aos que juraram massacrá-los na cama? Não esqueçamos que a revolução russa podia ter sido sufocada, em poucos meses, se uma ajuda financeira, em massa, vinda dos já referidos sectores, não a tivessem prolongado indefinidamente. Nos anos 20 esses criminosos inundaram a Rússia soviética com milhões de libras e de dólares para manterem o que Lenine chamou o seu «Novo Plano Económico» (NEP), salvando assim os soviéticos de um completo colapso. E porque é que milionários como os Rothschild, Rockefeller, Schiff, Warburg, Milner e Harriman (4), tomaram tão a peito salvar os sovietes, cuja finalidade é a de (eles o proclamam bem alto) despojar os ricos das suas fortunas, a fim destas serem distribuídas a cada um, segundo as suas necessidades? É por demais manifesto que se esses homens implantaram o comunismo e lhe facultaram o seu primeiro ponto de apoio geográfico na Rússia é porque não receiam que nada de mal lhes possa acontecer e que, de facto, dominam todos os seus movimentos. Como Gary Allen o explica, e posto que não fosse o seu objectivo principal, colectivizando a Rússia, os «Iniciados» adquiriram imensos domínios que encerram riquezas minerais fabulosas, por uma quantia calculada em trinta a quarenta milhões de dólares. Só se podem tecer suposições acerca da forma como o domínio é exercido. O Professor A. Sutton, do Instituto Hoover, que gastou mais de vinte anos a estudar documentos oficiais governamentais e outros materiais irrecusáveis, relacionados com a ajuda económica, de considerável proporção, que o Ocidente dispensou aos soviéticos, redigiu vários trabalhos sobre este candente tema. A explicação mais reveladora, respeitante ao motivo que levou à destruição da Rússia dos Czares para a implantação do comunismo, é-nos patenteada num livro notável, Genève contre la Paix, do Conde de Saint-Aulaire, embaixador da França na Grã-Bretanha de 1920 a 1924. O diplomata relata os comentários proferidos, no decorrer de um grande jantar, por um revolucionário judeu que participou no efémero Governo comunista de Bel Kuhn, na Hungria, em 1919. Este revolucionário transformou-se, pouco depois, no director de um grande banco de Nova Iorque – um dos que financiaram a revolução bolchevique. Quando um dos convidados lhe perguntou: «Como é possível que a Alta Finança proteja o comunismo?» ele respondeu: «Se o uso de muito sal queima a carne, a sua escassez corrompe-a. O mesmo se passa em relação aos espíritos e aos povos. Nós aplicamos, sabiamente, esta máxima – aqui, o sal é o símbolo da sabedoria. Misturámo-lo discretamente no pão dos homens; só o ministramos em dose corrosiva em casos excepcionais, quando se trata de queimar restos de um impuro passado – como, por exemplo, a Rússia dos Czares. E isto explica, um pouco, por que é que o bolchevismo é a arma, simultaneamente, defensiva e ofensiva, o escudo e o gládio. O marxismo está nos antípodas do capitalismo. E é precisamente pelo facto de estarem nos antípodas um do outro, que nos entregam os dois pólos do planeta e nos permitem estarmos no eixo. Esses dois contrários encontram, no bolchevismo e nós, a sua identidade na Internacional. Na administração de uma Nova Ordem Mundial… a nossa organização, para propagar a revolução, manifestou-se pelo bolchevismo destruidor e pela construção, pela criação da Sociedade das Nações que é obra nossa».






O Professor Sutton editou um estudo, em três volumes, intitulado «Western Technology and Soviet Economic Development» (a tecnologia ocidental no desenvolvimento económico soviético) que demonstra, com provas irrefutáveis, que a URSS foi inteiramente construída pelos Estados Unidos. Como os argumentos aduzidos pelo Professor Sutton são irrefutáveis, ele é completamente ignorado pelos mass media, que são, como é por demais evidente, os porta-vozes dos plutocratas que edificaram a formidável e actual guerra da URSS. O Prof. Sutton é autor de dois outros livros: «Wall Street and the Bolshevik Revolution» (Wall Street e a Revolução Bolchevista) «Wall Street and the rise of Hitler» (Wall Street e a Ascensão de Hitler). É inútil salientar que estas obras não são mencionadas em nenhuma das boas revistas literárias. De facto não são mencionadas em parte nenhuma. Perante os inefáveis críticos literários Sutton não existe. Na verdade, a imprensa dos nossos dias, distraída, avidamente, com sensacionalismos e «scoops» espectaculares, não encontrou qualquer jornalista, mais ou menos astucioso, capaz de abordar o Professor Sutton para lhe formular não só perguntas indiscretas como para publicar as suas respostas! É verdade que este Professor, e outros escritores corajosos, denunciam os malefícios do mundialismo e conseguem mesmo descobrir editores, igualmente corajosos, interessados na publicação das suas obras. Mas não é menos verdade também que existem milionários vigilantes que tomam medidas apropriadas para que apenas uma pessoa, entre cem, ouça falar de semelhantes livros – e a ínfima percentagem que tem acesso e lê essas obras jamais poderá esclarecer os restantes 99%.

O livro de Sutton, «Wall Street e a Ascensão de Hitler», demonstra, sem sombra de dúvida, que foram estes mesmos milionários que patrocinaram Hitler, a fim de estarem bem seguros de que a Segunda Guerra Mundial eclodiria na hora H. Os objectivos que escondem o desencadeamento da guerra de 1939/1945 são os mesmos que permitem o comunismo na Europa Central com o êxito sabido – e que, por acréscimo, se estenderam, também, à China. Adiante dedicaremos um capítulo à China e à forma como esse imenso continente foi entregue aos marxistas, graças à acção subterrânea de poderes e lobbies que agiram em nome de mundialistas que ocupavam os mais altos postos do governo de Washington.

Ora, o Professor Sutton prova, de forma iniludível, que a Segunda Guerra Mundial não só estava muito bem programada como foi, também, pecuniariamente, do maior proveito para um pequeno grupo seleccionado dos «Iniciados» pertencentes à Finança. Procurando reconstituir, metodicamente, esse segredo, tão bem guardado, recorrendo a documentos originais, indesmentíveis e a testemunhas oculares, o Prof. Sutton descreve, com grande clareza, o papel desempenhado por J. P. Morgan, T. W. Lamont, os Rockefeller, a General Electric Company, a Standard Oil, o First National City Bank, o Chese and Manhattan Banks e, como era de esperar, os inevitáveis Kuhn, Loebb & C.ª e toda uma superabundância de homens de negócios. Na capa do livro «Wall Street e a Ascensão de Hitler» escreve-se: «este livro demonstra como a guerra mais mortífera e destruidora da história foi financiada e provocada». Pensavam, ingenuamente, os editores da obra que tal afirmação deveria provocar desmentido, furibundo, tempestuoso. Obteve, é evidente, o habitual tratamento – o silêncio mais completo e sepulcral. Uma vez mais se utilizou a arma infinitamente mais eficaz do que a dos desmentidos ou dos debates apaixonados.

No capítulo intitulado «Quem financiou Hitler?», Sutton pergunta: Como se pode provocar a existência de transferências de fundos em favor de certos movimentos políticos? E que esses fundos surgiram nessa época? E o autor oferece-nos preciosas informações acerca do banco incumbido de levar a efeito essas operações bancárias: «Existem entre os documentos relativos ao “Processo de Nuremberga” os originais das notas discriminativas de transferências levadas a efeito pela divisão bancária da I. G. Farben e de outros bancos, inscritos na página 10 e dirigidos a Delbrück Schickler Bank em Berlim, informando de uma transferência de fundos, proveniente da Dresdner Bank e de outros estabelecimentos bancários, lançados na sua conta ao "National Treuhand" (fundo eleitoral de Hitler, administrado por Hjalmar Schaht e Rudolf Hess). Por ocasião das eleições, essa conta era alimentada, de forma muito especial de maneira a cobrir os gastos com a propaganda do Partido Nacional-Socialista. Rudolf Hess incumbiu-se dessa missão».








«Quando se examinam os nomes citados no primeiro círculo Kepple – o original – antes de 1933 e o segundo muito mais completo após 1933, que tomou a designação de círculo Keppler-Himmler, apercebemo-nos que as multinacionais de Wall Street estão largamente representadas, em bem maior número do que qualquer outro grupo. Escolhamos, em seguida, cada uma das multinacionais de Wall Street ou dos seus associados alemães, cada uma por seu turno – as identificadas no capítulo 7 como ligadas ao financiamento de Hitler – e examinemos quais são os seus liames com Keppler e Himmler».E o Prof. Sutton prova, sem sombra de dúvida, que Hitler foi seleccionado e empurrado para desencadear a guerra, um pouco à maneira como se organiza um desafio de boxe entre Cassius Clay e um adversário de certa nomeada, para que a contenda pugilística desperte interesse.

[…] E na página 126 Sutton salienta:

O único receio dos «Iniciados» é o de que alguém descubra o poder de que dispõem, desnecessariamente grande e aparentemente sem limites. Cada parcela desse poder pode ser utilizado não só para lançar a confusão nos espíritos simples (a maioria das pessoas) como para persuadir que tudo o que ocorre de desagradável no mundo é fruto de mero acaso – inevitável acaso…

Afirma-se que a prostituição é a mais velha profissão do mundo mas as desgraçadas meretrizes que vendem o seu corpo são, em muitíssimos casos, mais dignas de piedade do que de censura. E há outras formas de prostituição. É o caso de algumas universidades, de numerosos intelectuais e editores e dos mass media na sua maioria. Muitos destes «prostitutos» podem viver bastante melhor do que a amante de um homem rico – se se conduzirem de forma concordante com a ideologia do ambiente e não se afastarem, em caso algum, do «bom caminho».

No New York Times, um dos Secretários da redacção, durante trinta anos, conduziu-se de forma a não perder o emprego. Quando não pôde suportar mais malabarismos pediu a demissão e escreveu um livro intitulado «All the News that fits» (As informações que convêm). O New York Times desempenhou importante papel em todo o processo de dominação de Cuba pelos comunistas. Sem descanso, a propósito e quase sempre a despropósito, o jornal não cessou de incensar Fidel Castro. Colunas e colunas clamaram que era um idealista, que estava doutrinariamente afastado, o mais possível, do marxismo – apenas defendia uma «justa reforma agrária». Muitos se surpreenderam que Fidel Castro, logo que conquistou o poder, tenha declarado uma fidelidade de há muitos anos ao comunismo. Ignorava-o o New York Times?! Whattaker Chambers conta, no seu livro, «Witness» (Testemunho), que quando era editor do jornal comunista de Nova Iorque, um jovem secretário de redacção em estágio foi avisado para ter sempre cuidado de ler o New York Times. Encontraria, com efeito, nesse jornal a orientação a seguir sem correr os riscos de cometer desvios.

Na verdade, o mundo de hoje proporciona constantemente a imagem de uma vasta casa de tolices onde tudo está à venda. Se os que dispõem ainda de autoridade tivessem falado alto e firmemente nunca teria eclodido a Primeira Guerra Mundial e o Império dos Czares jamais teria sido entregue aos comunistas – tal como veio a acontecer com outras nações. O certo é que apenas os Sumos Pontífices, desde 1946, tiveram a coragem moral de advertir o mundo sobre o perigo comunista. Já em datas anteriores, os pontífices romanos, através das encíclicas, puseram de sobreaviso os católicos, apontando a perversidade das sociedades secretas. Mas o certo é que, nessa altura, apenas um católico entre cada cem ouvira falar de semelhantes documentos papais, nem sequer conhecendo o seu conteúdo. Até alguns clérigos e muitos professores católicos não se aperceberam da importância destes avisos.



Ocorre a muitos perguntar: a Igreja não pôde formar jovens, mais dedicados do que certos quadros comunistas, patenteando-lhes que podiam estar seguros que lhes caberia pregar a palavra de Deus? Incumbidos de tão importante missão não se teriam tornado ardentes prosélitos? Será possível que tenha sido nessa época que os conspiradores ou «Iniciados» se infiltraram no interior da Igreja, com o único e exclusivo objectivo de enterrar para todo o sempre a sua admirável doutrina, exposta nas encíclicas romanas? (in Deirdre ManifoldFátima e a Grande Conspiração, Edições Fernando Pereira, Lisboa, pp. 75-82).


Notas:

(1) O presidente Wilson e Winston Churchill foram os instigadores do torpedeamento (nota de Régine Sorin na versão francesa).

(2) Jacob Schiff, os irmãos Warburg, Trotsky (cujo verdadeiro nome era Bronstein), Jivotsky (sogro de Trotsky) e Rotschild eram judeus (nota da versão portuguesa).

(3) Lord A. Milner foi o grande vigilante da Grande Loja, hoje unida, da Inglaterra. Estava encarregado, pelo seu governo, para, com o seu companheiro Sir G. Buchanan, fazerem a colecta de fundos, provenientes do Consórcio Morgan, Rotschild, Lazard C.ª para financiar a revolução russa (nota de Régine Sorin na versão francesa).

(4) Averill Harriman foi um emissário, pouco sagaz, enviado por Roosevelt a Estaline. Harriman disse a várias pessoas que Estaline não era um comunista revolucionário mas somente um nacionalista russo! E confidenciou ao embaixador da Polónia que nem uma só vez, nas suas conversas com Estaline, este indicou que a velha política leninista da revolução mundial fosse ainda o objectivo da Rússia estalinista (nota da versão portuguesa).


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