segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Os Portugueses já não entendem a língua que falam e escrevem

Escrito por Álvaro Ribeiro







«Ao publicar, em 1943, o seu primeiro livro, "O Problema da Filosofia Portuguesa", Álvaro Ribeiro estava longe de prever que o seu nome ficaria para sempre ligado à designação de "filosofia portuguesa" e ao que por ela se entendeu.

O que por ela se tem entendido é da mais perturbante e confusa variedade. O que Álvaro Ribeiro entendeu é muito singelo e patente: se cada povo, ou cada pátria, é uma entidade espiritual, como a singularidade da língua demonstra, então corresponde-lhe, necessariamente, uma filosofia própria. Propôs-se, Álvaro naquele livro, descrever as condições, que são sobretudo didácticas, para que tal filosofia se exprima. Porque se ela não se exprimir, a entidade espiritual que é o povo, ou a pátria, tem o destino ameaçado, não viverá a existência que lhe é própria, depressa se evanescerá. Há hoje quem considere que tal evanescência é a fase em que o povo português se encontra.

O problema consistiria, pois, em criar as condições para a expressão da filosofia portuguesa. Mas não foi assim que foi entendido. O que se entendeu foi que Álvaro Ribeiro afirmava a existência histórica, literária, cultural e documental da filosofia portuguesa, coisa que a "cultura oficial" recusou e recusa admitir.»

Orlando Vitorino («Um filósofo singular: Álvaro Ribeiro»).


«Afastada a difícil e inevitável questão da utilidade pública de uma faculdade de ensino teorético, pode discutir-se a possibilidade de desenvolver no país um pensamento filosófico verdadeiramente original.

Há quem negue o carácter popular ou nacional da actividade filosófica, declarando que a contingência idiomática só qualifica a proveniência do contributo para o resultado da cultura humana; mas este prejuízo, fundamentado apenas numa noção estática e absoluta de universidade, ou até de humanidade, não teria grandes consequências se não fosse apoiado pela divisão convencional da história da filosofia.

Interessa, porém, não confundir a religião com a filosofia. A religião é unitiva e integrante; a filosofia, pelo contrário, desenvolvendo nos homens como nos povos a mais perfeita consciência de si, é altamente diferenciante. A religião, constituída predominantemente por actos que pressupõem a existência de verdades reveladas, terá de estar presente a todos os graus de cultura e a tal fim adaptará sempre o seu ensino; a filosofia, pelo contrário, consiste numa gradual e difícil transformação da mentalidade originária pela razão ascendente ao estado sófico.

A obra filosófica que não seja um mero produto escolástico terá sempre carácter pessoal, nacional e universal; ela é o resultado duma experiência singular e reflecte necessariamente as condições de idade, sexo, raça, língua e cultura que o pensador dominou com as discretas articulações da razão. É no seu aspecto de subjectividade que a filosofia pode apresentar carácter pessoal e nacional; mas esse aspecto é necessário, legítimo, inegável.

Mais correctamente se poderá falar de filosofia alemã, francesa, inglesa ou italiana do que de filosofia moderna ou contemporânea; nem o uso de tais expressões vai favorecer o orgulho dos povos de Além-Pirenéus, nem o seu desuso desculpa o despertar tardio da consciência filosófica entre os portugueses.

A incompatibilidade do povo português com determinados tipos de pensamento, especialmente com certas doutrinas de estrangeira cultura, não significa inaptidão especulativa; modificado o ambiente espiritual, pela falência dos extremismos das doutrinas incompletas, a filosofia portuguesa poderá surgir, não como contribuinte duma cultura estranha, mas como reveladora duma expressão autónoma, com dignidade idêntica às das outras filosofias nacionais

Álvaro Ribeiro («O Problema da Filosofia Portuguesa»).




Pinharanda Gomes



«Remetida para o domínio das ideias, a fundação do povo português que os historiadores tentam explicar por descrições e arranjos dos acontecimentos, adquire um significado que a historiografia ignora. É esse significado que Pinharanda Gomes procura na sua história da filosofia portuguesa.

Importa conhecê-la em toda a sua conceptualização

Orlando Vitorino («A Obra Monumental de Pinharanda Gomes», in O Pensamento e a Obra de Pinharanda Gomes).


«Alheia às vicissitudes da cultura universitária, onde se deforma quando se reflecte, tem sido quase sempre inspirada por um espírito subtil e desconhecido a filosofia portuguesa. Descrever as características desta filosofia e, depois de descrevê-las, defini-las, para que os conceitos e as teses se prestem às operações lógicas, é aventura por entre enganos e desenganos de quem terá de suportar a adversidade da crítica e esperar a ingratidão dos publicistas. Sabido, porém, que antes da aventura e da experiência não é possível desenhar o método, teremos de passar o risco das fabulações, conjecturas e hipóteses, se quisermos estabelecer disciplina rigorosa e exacta.

Estas viagens de descobrimento começaram no século passado, quando os precursores se inteiraram de que, fora da estrada real que conduzia ao aristotelismo tomista, outros caminhos houve também pelos quais os nossos pensadores foram procurando o da verdade. Não só por terra firme, mas também pelo mar, foram singrando os investigadores até encontrarem a especulação nebulosa dos pensadores isolados. A aventura pensante de mediação e de meditação através dos elementos foi recomendada por Aristóteles que comparou a filosofia com a altanaria.

Não há já dúvida, porque três vias estão abertas para os pensadores que desejarem prosseguir no estudo da filosofia portuguesa. Os que se sentirem mais inclinados para a paleografia, que é a arte de escrever a respeito de papéis velhos, manuscritos ou impressos, brochados ou encadernados, poderão responder e corresponder às exigências universitárias, apresentando do pensamento português a prova bibliográfica. Nem todos os estudiosos são, porém, dotados das mesmas aptidões, e poucos usufruem de ócio suficiente que possam gastar na frequentação de arquivos, bibliotecas e escolas.

O paleógrafo escreve acerca de papéis velhos; o biógrafo escreve acerca dos homens e das lutas entre os sentimentos e pensamentos, porque esse é o seu processo de descobrir os dramas da história; o arqueólogo pretende comparar a cultura do seu tempo, não com a cultura do passado, mas com os princípios que a transcendem, porque esse é o seu processo de realizar obra de filosofia. Na meditação dos princípios aristotélicos o arqueólogo arquitecta, isto é, desenha de dentro para fora, o movimento gerador da alta cultura. A confirmação externa da arqueologia poderá ser feita por uma antologia de textos literários, políticos e religiosos.

Tratando de filosofia portuguesa, não nos referimos apenas à mundividência, ou mundivisão, que se pode atribuir a quem houver revelado intensa vida de pensamento e de sentimento; referimo-nos a uma ordenação de conceitos, - como não há conceitos sem teses, a uma ordenação de teses, antíteses e sínteses, que nos distinguiu e ainda nos distingue entre vários povos da mesma civilização. Quem for dotado daquele senso linguístico que caracteriza os verdadeiros poetas, saberá que muitas das palavras portuguesas, como, por exemplo, saudade e alvoroço, representam vivências fundamentais que, fenomenologicamente estudadas, abrem caminho para noções que estimulam a peculiaridade do nosso pensar. Maior aptidão de discernimento será indispensável, porém, para descobrir que os termos lúcidos da filosofia internacional, como, por exemplo, essência, existência, realidade, recebem do idioma português uma coloração de significado algo diferente do que se regista no vocabulário dos povos francês, inglês e alemão.


A expressão filosófica não pode evitar o recurso a palavras que, por significarem superiores processos gnósicos, sóficos e písticos, nunca aparecem na linguagem vulgar e raro figuram nos escritos literários; mas essa terminologia filosófica, por muito difícil que pareça aos leitores imperitos, não pode deixar de ser de raiz nacional, - porque universal só o pensamento completamente isento de expressão. Se a filosofia é susceptível de ser representada em sistemas diversos, produtos variáveis do engenho dos escritores, o filosofar, que é uma graduação de exercícios espirituais, apenas se desenvolve nos círculos de estudiosos onde não é esquecida a finalidade do culto. Os sistemas filosóficos podem prestar-se a um intercâmbio intelectivo de carácter cosmopolita, mas a arte de filosofar, essa, radica na seriedade e na sinceridade e configura-se no modo por que cada povo concebe e realiza mais alto louvor a Deus.

Para caracterizar a filosofia de qualquer homem ou de qualquer povo é indispensável proceder por convergência de três caminhos, isto é, estudar as suas três ciências fundamentais: teologia, antropologia e cosmologia. Cada uma destas ciências, além dos processos comuns estudados no trivium, requer específicos processos gnósicos, sóficos e písticos, os quais se coordenam em uma teoria da realidade. Nos ambientes culturais em que é profunda a humildade religiosa, o filósofo detêm-se perante a transcendência e o mistério, pelo que não considera própria da condição humana unificar na consciência o saber com o ser.

O ateísmo é, filosoficamente, um caso de analfabetismo, sem que da comparação com o analfabeto resulte depreciação injusta das virtudes e das razões do ateu. Nenhum homem culto pedirá que lhe mostrem a existência de Deus pelos processos das ciências de observação e de experimentação, nem solicitará que lhe demonstrem a essência de Deus por subtilezas da razão discursiva. O homem culto ou letrado conhece o que obsta a que se torne imediata e patente aos nossos olhos a divindade; o homem culto ou letrado não toma o ateísmo por conclusão necessária do agnosticismo.

Aliás, entre os Portugueses, não há o costume de negar a essência ou realidade, nem a existência ou aparição, do verdadeiro Deus. Pelo contrário, o que perturba e torna perplexo o pensamento do lusíada é que a existência de Deus seja compossível com a existência do mal. O mal na consciência humana, e o mal que os homens uns aos outros transmitem, por pensamentos, palavras e obras, - eis o que causa perturbação, perplexidade e escândalo de todos quantos afirmam a existência de Deus.»

Álvaro Ribeiro («Apologia e Filosofia»).


«Muitos foram os homens que em Portugal, desde a época pombalina como já antes do século XVIII, mostraram interesses filosóficos. Admira até como em tão pragmático ambiente tantos tivemos. E se alguns se limitaram, como talentosos ou menos dotados imitadores, a seguir servilmente caminhos já traçados na prestigiosa Europa, outros, abertos ao sentido do autónomo valor do saber e do conhecimento, atingiram e exprimiram, nas precárias e adversas circunstâncias, concepções originais.

A filosofia não tem seu início no contacto com os livros; ela tem seu início no sentido do enigma que é o homem para si mesmo. E não é a ciência aprendida nem a erudição livresca quem o sente, mas o espírito íntimo e solitário.

Nem há outro caminho de verdade senão o do pensamento, e a chamada cultura (cujo conceito é tão equívoco) suporá e implicará pensamento autónomo ou a caminho da autonomia: e nada será o pensamento se não for autónomo ou se à autonomia não buscar. Como é difícil a verdadeira autonomia! Como é difícil a verdadeira liberdade! Só o não sabe quem desdenhou conquistá-las e espera, em vão, o dador.»

José Marinho («O Pensamento Filosófico de Leonardo Coimbra»).




José Marinho



«A política socialista, ininterruptamente prosseguida desde o veiga-simonismo, deixou pois ficar incólume o ensino superior, ou a universidade. Mas já ele havia ficado incólume durante todo o salazarismo. E, antes do salazarismo, durante o republicanismo. E, ainda antes, durante todo o liberalismo da monarquia. De modo que o nosso ensino superior é, substancialmente, o que dele fez o Marquês de Pombal, orientado pelo pensamento iluminista da época, cujos principais representantes – Verney, R. Sanches, Castro Sarmento – são ainda hoje enaltecidos, através dos panegíricos de A. Sérgio e semelhantes, por epígonos de menor saber que se denominam de progressistas. Ao mesmo tempo, ignora-se, ou faz-se ignorar a linha mais sábia e mais original do pensamento pedagógico e didáctico português, aquela que preconizando que a organização do ensino se deduz da filosofia que Pombal e os pombalinos de ontem e de hoje decretaram ser “abominável”, culminou em Leonardo Coimbra e se prolonga até aos nossos dias nas obras de Delfim Santos, Santana Dionísio, José Marinho e Álvaro Ribeiro». 

Orlando Vitorino («Exaltação da Filosofia Derrotada»). 


«À palavra Universidade pode o legislador, - com seu direito de soberania, e portanto liberto do veto de qualquer instituição linguística - atribuir e conferir o significado que melhor lhe aprouver. Entre os exemplos históricos bastará lembrar que em 1772 o Marquês de Pombal refez ou reformou a Universidade de Coimbra. Manteve a palavra, mas alterou-lhe a significação, a definição, a estrutura, a essência ou o essencial.

A instituição escolar que na Idade Média fôra designada por Universidade, referida à agregação universal ou católica de discípulos e mestres, ostentava todavia o significado depurado na definição de Aristóteles. Ela pressupõe uma unidade docente e didáctica que não pode deixar de ser reportada a um sistema filosófico ou teológico. Congregação suprema, cimeira ou culminante, que exerça a função monárquica de referência à Verdade, ao Espírito, a Deus.

O Marquês de Pombal pretendeu reformar a Universidade de Coimbra fora da filosofia de Aristóteles. Ignorava o estadista, como também ignoravam os seus colaboradores, que a forma significa alma, princípio interno de actividade, porque a alma não é a figura exterior que delimita um corpo de maior ou menor beleza geométrica. Tal é a razão escolhida para atribuir à palavra reforma o sentido artificial de outra forma, e assim o reformado é o sujeito de morte civil, consoante a linguagem usada ou desusada no funcionalismo público.»

Álvaro Ribeiro («Memórias de Um Letrado», III).


«Antes de mais nada, tomemos em consideração o seguinte passo de Lobo Vilela, extraído do opúsculo em que trata, frontalmente, da crise universitária: "Quem quiser descobrir as verdadeiras causas da nossa inferioridade mental e a decadência moral que nos avassala, deve ir procurá-las à universidade." [in A Crise da Universidade, Tipografia da Figueira da Foz, 1933, pp. 37-38].

Ora, se bem que o nosso estimado autor reconheça, a par de um escolasticismo serôdio e inútil, a presença no meio universitário de um conjunto heteróclito de contradições que imediatamente desvelam as falsidades e as abstrusas incoerências da classe professoral, ignaro se mostra, contudo, perante aquilo que esteve justamente no preâmbulo da degradação do ensino superior: o vício pombalino. Convém, pois, não descurar que a já relatada perseguição montada pelo Marquês de Pombal contra os jesuítas, não só pudera consolidar-se numa linha de acção que, na sua generalidade, coincidira com a fundação do Colégio dos Nobres (1761) e a criação da Real Mesa Censória (1768), como também, em momento oportuno, se dispusera a fazer valer, após promulgada a instituição da Junta de Providência Literária (1770), a nova versão institucionalizada do ensino aquando da reforma da Universidade de Coimbra (1772). De mais a mais, essa reforma, visando banir o pensamento neo-escolástico vigente, acometia assim uma série de perpetradas injustiças contra a Companhia de Jesus, unicamente possíveis pela conivência de pérfidos e desaustinados colaboradores, tais como o Cardeal da Cunha e o desembargador João Pereira Ramos de Azeredo. Isto é, notadamente, o que desde logo se pode deduzir não apenas da leitura do livro intitulado Dedução Cronológica e Analítica (1767), em cujo contexto se acusam os jesuítas de serem, sob disfarce cristão, partidários da seita muçulmana com vista à conquista do Reino, bem como do compulsar do Compêndio Histórico sobre o Estado da Universidade de Coimbra (1771), no qual, repisadas as infames acusações contra a Ordem Religiosa da Companhia de Jesus, se desenrola o respectivo e forjado rol dos «estragos feitos nas ciências e nos professores e directores» da Universidade.»

Miguel Bruno Duarte («Noemas de Filosofia Portuguesa». Versão especialmente revista).







Os Portugueses já não entendem a língua que falam e escrevem

Aristóteles afirmou que a Poesia é mais verdadeira do que a História. Parafraseando o Mestre, direi que a Filosofia é mais verdadeira do que a História. Esta afirmação desprimorosa para a história parece-me lícita num tempo em que ensaístas de sucessivas ideologias se têm por demais preocupado com a revisão da História de Portugal. Há cento e cinquenta anos, digamos assim, a Pátria tem sido interpretada sucessivamente por legitimistas, liberais, monárquicos, republicanos, socialistas e comunistas, sem que haja sido prestada a devida atenção às consequências benéficas ou maléficas na contradição ideológica da mesma realidade.

Defensor, como tenho sido, da tríade Deus, Pátria, Rei, e da persistência desta verdade simbólica para além de todas a variações ideológicas, não me reconheço comprometido com qualquer interpretação pessoal ou pessoalista de qualquer daqueles termos, designadamente do terceiro. Mais ou menos afastado de todos nós, príncipe espiritual, situado entre dois tenentes reais, relaciona a Pátria com Deus. Quantos defendem na monarquia uma instituição concreta afastam-se da definição étima do conceito jurídico, para verem demasiada e absurdamente num só homem uma ideia que não tem representação nem representante.

Acontece actualmente que os Portugueses já não entendem a língua que falam e escrevem. Dado que no homem a razão é coexistente com a fala, ou, por outras palavras, que falar é raciocinar, ainda quando as frases não cheguem a exprimir raciocínios completos, a corrupção da linguagem aparece como sinal da decadência da filosofia. Ante o perigo da dissolução da nossa nacionalidade em outra ou outras nacionalidades, (HÁ SEMPRE PÁTRIA), não pode haver outro alarme antes de pedir com urgência que seja instaurado o ensino público da filosofia portuguesa, expulsando de todas as escolas os professores que estejam pervertendo a mentalidade dos adolescentes com a reiterada injecção da filosofia estrangeira.

Em oposição a este lema nacional, ou político, os universitários protestam que a filosofia é universal e portanto única. Em nosso entender, universal é só a religião, o culto e não a cultura, porque de verdade só existe um Deus. Enquanto houver idiomas separados e diferenciados, a filosofia, esse esforço da fala e da razão humana, o mundo estará em dor e em alegria das diversidades. Convencido de que a arte de filosofar tem por fim aperfeiçoar o homem, posso licitamente inferir que só a filosofia pode habilitar os adolescentes com aquela independência intelectual que lhes permita julgar e condenar aquelas ideologias que cegam, enganam e arrastam para as veredas da contestação infinita e insubstante. Cumpre-nos ensinar ao escol português a filosofia do porvir.

Quem, como os ensaístas literários, desloca para o passado histórico a interrogação sobre a existência de uma filosofia portuguesa, já escrita em textos que possam ser adaptados ao futuro ensino público, não faz mais do que deslocar a questão, para a confiar perigosamente aos eruditos que trabalham nos arquivos, quando o problema, enunciado em tempo prudente e em termos de ordem prática, avulta agora como um dos sintomas da inegável crise da Pátria.

(in Diário do Minho, ano LIII, n.º 16 628, Braga, 15 de Junho de 1971, p. 3 do suplemento «Parábola». Incluído no livro de Pinharanda Gomes, Inquérito sobre a Filosofia Portuguesa, Braga, 1972, pp. 15-17 e em As Portas do Conhecimento, pp. 335-336, sob o título «Filosofia do Porvir». Cf. Álvaro Ribeiro, Dispersos e Inéditos, III, (1961-1981), Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 2005, pp. 221-222).



Álvaro Ribeiro


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