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domingo, 27 de junho de 2010

Bem-aventurança

Escrito por Dante Alighieri





Pedro Hispano



Eu sou a alma de Boaventura de Bagnoregio
que, no exercício dos mais altos ofícios eclesiásticos,
pospôs sempre as coisas mundanas às espirituais.

Aqui estão Iluminato e Agostinho,
que foram dos primeiros descalços pobres, que
humilde cordão franciscano tornou amigos de Deus.

Vêm em seguida Hugo de S. Vítor
e Pedro Mangiadore e Pedro Hispano, cujo
espírito, na Terra, brilha nos seus doze livros;

o profeta Natan, e o metropolitano
Crisóstomo, e Anselmo, e o famoso Donato,
que, à primeira arte, se dignou pôr mão.

Rabano também está aqui, e ao meu lado brilha
o calavrês Abade Joaquim,
dotado de espírito profético. 

A celebrar um tão grande paladino, eu, Boaventura,
fui levado pela inflamada cortesia de S. Tomás,
que fez o elogio de S. Francisco;

e moveu comigo esta companhia de
bem-aventurados.

(Paraíso, in A Divina Comédia, Canto XII).






sábado, 19 de junho de 2010

Do Aquinense

Escrito por Dante Alighieri





Triunfo de São Tomás de Aquino sobre os Heréticos, de Filippino Lippi.




Eu fui frade da ordem dos Pregadores, fundada por
S. Domingos com uma santa Regra, a qual bem
observada conduz à perfeição cristã.

O que está mais próximo, à minha direita,
foi meu irmão e meu mestre: Alberto é de
Colónia, e eu Tomás d'Aquino.

(...) Esta alma [Ricardo de S. Vítor] de quem tua vista se afasta, a mim
voltando, é a luz dum espírito, que, gravemente
meditando, desejou morrer para se subtrair
aos enganos do mundo

essa é a luz eterna de Sigieri,
que ensinando na Rua de Fouarre,
fez silogismos de importunas verdades.

(O Paraíso, in A Divina Comédia, Canto X).