Mostrando postagens com marcador Deirdre Manifold. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Deirdre Manifold. Mostrar todas as postagens

sábado, 23 de junho de 2012

As atrocidades do comunismo (ii)

Escrito por Deirdre Manifold




«Na manhã de 15 de Março de 1961, 200 portugueses de raça branca e 300 portugueses de raça negra foram sevalticamente assassinados no decurso de uma incursão terrorista no Norte de Angola. Nessa manhã, um grupo de 4000 terroristas atacou a roça experimental situada na pequena aglomeração de Nova Caipemba. Um sobrevivente, Manuel Lourenço Alves conta os seguintes factos: "O assalto começou às seis horas da manhã em todas as casas pertencentes à roça, fossem elas ocupadas por europeus, negros ou mulatos - todas elas foram atacadas ao mesmo tempo. As mulheres foram arrastadas para fora das suas casas com os seus filhos. Perante as suas mães, os terroristas começaram então a cortar os braços e as pernas das crianças e divertiram-se a brincar com os membros em pedaços numa imitação grotesca do jogo de futebol. Depois as mulheres e as raparigas foram despidas, violadas e cortadas aos bocados. Isto é um exemplo do que se passa nos nossos dias um pouco por toda a parte do mundo. Estes actos, de uma incrível selvajaria, são realizados, de uma maneira deliberada e premeditada, por homens cujo único fim é o da destruição dos valores humanos e da vida humana. Os patrões velhacos, que financiam, fiscalizam e encorajam por toda a parte a causa comunista, vivem nos seus palacetes particulares no Oeste, sem que os títeres, que fazem o seu repugnante trabalho, tenham a menor suspeita do papel que desempenham. Os patrões dos bonecos zombam perdidamente da morte violenta de milhões de seres tal como de moscas se tratasse. A sua guerra é total: as suas vítimas mais débeis e mais impotentes são crianças, tanto a Este como a Oeste"».

Deirdre Manifold («Fátima e a Grande Conspiração»).


«Na confusão de ideias em que vivemos hoje, já admitem alguns que só um grande Estado se arrogue o direito de estruturar uma nação; os mais Estados e as mais Nações haviam de dissolver-se ou diminuir-se no reconhecimento dessa unidade, subordinando-se-lhe inteiramente e submetendo-se à sua direcção. Daqui vem que no credo comunista o nacionalismo é para todos nós um pecado e para a Rússia uma virtude que se deve venerar. A forma porém como se previu e verifica a evolução dos acontecimentos tem variado na mente dos dirigentes e na prática das coisas: a cada momento são as circunstâncias que indicam o melhor caminho a seguir. Como se conclui pela impossibilidade na Europa da guerra de fronteiras, anunciam as duas maiores potências da Terra ter acordado e ir propor aos mais a luta contra a guerra, contra a propaganda belicista, contra o armamento convencional ou não. Entendamos bem os termos da combinação: proibem-se as guerras que não haverá, mas estimular-se-ão as guerras que continuará a haver. A França não invadirá a Alemanha, a Bélgica não se baterá com a Holanda, a Espanha respeitará Portugal; mas os mesmos que tão convictamente se hão-de vangloriar duma paz já consolidada por força dos acontecimentos e da vontade dos povos, continuarão a reivindicar o direito de interferência ideológica, de apoio político e financeiro, de fornecimento de armas, de preparação de núcleos subversivos em territórios estrangeiros, por cima e sem embargo das relações diplomáticas, das declarações de amizade e dos desejos de boa vizinhança. E o fundamento desta política contraditória está em que não se trata de guerras de conquista mas de guerras de "libertação", tal qual a efectuada em Goa, com desprezo dos direitos soberanos de Portugal e dos interesses dos goeses, não considerados no conflito nem havidos para nada, senão por nós mesmos, antes e depois da ocupação».

Oliveira Salazar («Unidade das Forças Armadas e Consciência Nacional», SNI, 1962).




Nikita Khrushchev traçou o retrato de Estaline e condenou-o. A sua descrição do georgiano pintou-o como um homem tão vil que a maioria das pessoas pensou que estava inapelavelmente condenado. O que ele escreveu, de facto, é o que passamos a expor: Estaline era um assassino mas não agia contrariado - era um assassino entusiasta. Tinha prazer em matar. Vibrava só a pensar que os seus próprios amigos estavam a ser torturados. Aquando da prisão dos médicos judeus, acusados do envenenamento de Zhadnov, Estaline chamou o homem encarregado de os interrogar e indicou o género de tortura que devia ser aplicado a cada um deles. Forneceu três regras fundamentais para arrancar as confissões dos culpados. «Bater, bater e bater sem cessar» e acrescentou «se até determinada data não obtiverdes as confissões corto-vos a cabeça». Khrushchev demonstrou que Estaline era um louco furioso. Quando o visitávamos da parte da manhã, ele olhava para nós e dizia: «Que asneira é que praticou? Hoje tem os olhos fugidios». E nunca se sabia se o abandonaríamos como amigo ou se seriamos conduzidos por um guarda para sermos fuzilados». Apresenta-nos pois o retrato de um assassino com apetite ilimitado de mortes e de uma megalomania sádica. Mas conclui desta forma espantosa: «Não interpreteis mal o que digo: Estaline era um homem de bem. Era um marxista-leninista. Praticou tudo isto como o devia fazer um bom marxista-leninista».

Richard Wurmbrand, pastor baptista romeno, passou catorze anos da sua vida nas prisões comunistas. No seu livro «L'Église du Silence Torturée pour le Christ» escreve: «A 23 de Agosto de 1944 um milhão de russos invadiu a Roménia e pouco depois os comunistas apoderaram-se do poder. E isto não se realizou sem a cooperação dos dirigentes ingleses e americanos da época. Pelo trágico cativeiro de tantos povos a responsabilidade pesa sobre o coração dos cristãos da América e da Inglaterra... e devem saber que ajudaram os soviéticos a imporem-nos um regimen de assassínio e de terror. Os comunistas convocaram um congresso de todos os dirigentes eclesiásticos no palácio do Parlamento. Estiveram presentes quatro mil padres, pastores e ministros de todos os credos, que não só escolheram Estaline para presidente honorário como chegaram mesmo ao ponto de declarar que o comunismo e o cristianismo eram profundamente semelhantes e podiam coexistir sem dificuldade. Um, após outro, elogiaram o marxismo e asseguraram ao novo regime a lealdade da Igreja... Minha mulher que estava sentada a meu lado disse-me: «levante-se Ricardo e lave a afronta feita à Santa Face de Cristo». Levantei-me e falei, louvando não os assassinos dos cristãos mas Deus e Jesus Cristo a quem é devido, em primeiro lugar, a nossa fidelidade. Depois tive de pagar bem caro o crime de ter dissertado com tanta franqueza.

«...Jamais esquecerei o meu primeiro encontro com um prisioneiro russo. Disse-me que era engenheiro. Quando lhe perguntei se tinha fé em Deus olhou-me muito espantado. Sem perceber sequer a minha pergunta, respondeu: "Não tenho ordem dos meus superiores para crer. Se me ordenarem acreditarei...".

Perante mim estava um homem cujo espírito tinha morrido, um homem que perdera a maior dádiva concedida por Deus às suas criaturas: o dom da personalidade. Já não pensava por si próprio. A lavagem ao cérebro transformara-o num instrumento dócil na mão dos comunistas, tornara-o num soviético típico, após todos estes anos de domínio marxista. Os comunistas não se limitaram a ocupar, pouco a pouco, o mundo, apoderando-se da terra e do gado do camponês, da humilde loja do barbeiro e do alfaiate - de gente pobre e sofredora.





...A 19 de Fevereiro de 1948, Domingo, fui raptado pela polícia secreta. Durante mais de oito dias ninguém soube se estava vivo ou morto. A minha mulher recebeu a visita de agentes da polícia secreta que pretendiam ser antigos prisioneiros que me tinham conhecido muito bem. Contaram-lhe que assistiram ao meu enterro. Dilaceraram-lhe o coração.

....As torturas infligidas aos presos eram, para mim, abomináveis. Prefiro não me demorar na descrição do que tive de suportar. Num outro livro "L'Église des Catacombes" conto, de forma pormenorizada, as nossas experiências com Deus que nos assistia nas prisões. Um pastor foi torturado com tições incandescentes e com navalhas. Bateram-lhe de forma frenética. Depois, ratos esfomeados foram introduzidos na sua cela por uma canalização. Nem sequer podia manter-se de pé durante duas semanas. Os seus carrascos queriam forçá-lo a renegar um dos seus irmãos em religião mas ele resistiu com teimosia. Por fim trouxeram o seu filho de catorze anos e começaram a chicoteá-lo diante do pai, dizendo que continuavam a fazê-lo até que o pastor dissesse o que eles queriam. Quando o desgraçado já não podia suportar semelhante espectáculo gritou para o filho. «Tenho que dizer o que eles pedem, já não posso aguentar ver-te maltratado da forma como o estão fazendo» Mas o filho respondeu: "Pai, não faça a injúria de ter um traidor por pai... Se me matarem morrerei com estas palavras nos lábios: Jesus e minha Pátria". Os comunistas enraivecidos lançaram-se sobre o pobre jovem e bateram-lhe até o matarem... Algemas, guarnecidas de pregos no seu interior, envolviam os pulsos. Só quando nos conservávamos completamente imóveis é que não nos feriam. Nas celas glaciais tiritávamos de frio.

...Os cristãos eram pendurados de cabeça para baixo e batiam-lhes com violência tal que os corpos balançavam com a rudeza das pancadas desferidas. Eram colocados em câmaras frigoríficas com temperaturas tão baixas que o interior das paredes se cobriam de gelo. Fui lançado numa dessas celas quase despido. Pela vigia, os médicos da prisão vigiavam o «paciente»; aos primeiros sintomas da morte pelo frio chamavam os guardas para nos retirarem e reanimarem aquecendo-nos. Depois, quando estávamos refeitos, mandavam-nos, de novo, colocar no frigorífico para de novo enregelarmos e esta brincadeira prosseguia de forma interminável. Ainda hoje não suporto que abram um frigorífico na minha presença.

...Outras vezes encerravam-nos em caixas de madeira pouco maiores do que nós. A exiguidade das suas dimensões impedia-nos de executar qualquer movimento. Dezenas de pregos de pontas aceradas guarneciam as paredes. Tudo corria bem se não nos movéssemos. Mas como permanecer de pé durante tantas horas sem, por fim, fraquejar. E quando vacilávamos, por efeito da fadiga, os pregos dilaceravam-nos a carne.







As torturas infligidas pelos comunistas aos cristãos ultrapassa o entendimento humano. Assisti a muitas delas e verifiquei que o semblante dos carrascos estava radiante de uma alegria satânica. Enquanto nos martirizavam bramavam: "Somos o Diabo".

A nossa luta não é contra a carne e o sangue mas contra os Principados e os poderes das Trevas. E afirmamos que o comunismo não procede de homens mas de Satanás. É uma força espiritual - diabólica e só pode ser combatida por uma força espiritual superior: o Espírito de Deus.

...Ouvi um dia um carrasco confessar: "agradeço a Deus, em quem não acredito, por ter vivido até esta hora em que posso exprimir toda a perversidade do meu coração". E dizia isto dando mostras de uma incrível ferocidade em relação aos prisioneiros que lhe eram entregues.

...Já depus como testemunha perante a Sub-Comissão de Segurança Interna do Senado Americano. Descrevi então, os terríficos espectáculos, a que me foi dado assistir, como por exemplo o dos cristãos, durante quatro dias e quatro noites, atados a cruzes colocadas no solo de forma a que centenas de prisioneiros eram obrigados a satisfazer as suas necessidades sobre as caras e os corpos dos crucificados. Quando erguiam as cruzes, os comunistas riam e troçavam: "Olhai o vosso Cristo, como está belo". Já contei como um padre chegou à semi-loucura em virtude dos terríveis suplícios a que foi submetido. Obrigaram-no, na prisão de Pitesti, a consagrar excrementos humanos e urina e, sob esta forma, a distribuir a Comunhão a fiéis católicos... Todas as descrições do Inferno nas Santas Escrituras ou os suplícios narrados no Inferno de Dante, nada são em comparação com as torturas praticadas nas prisões comunistas.

...E isto é apenas um pormenor do que se passou neste Domingo, como em muitos outros, na prisão romena de Pitesti. E há outros tantos factos impossíveis de reproduzir. O coração fica despedaçado se tivesse de o fazer. É por demais obsceno e terrível para confiar ao papel. E, no entanto, são estas as provocações que os nossos irmãos em Cristo são obrigados a suportar, e que ainda hoje suportam. E nunca mais terminaria as descrições relativas às abominações dos comunistas e ao heroísmo dos cristãos.

...As torturas e as brutalidades persistiam sem interrupção. Quando já tinha perdido os sentidos ou estava imbecilizado para dar aos meus carrascos a esperança de me arrancarem confissões, era conduzido de novo, para a minha cela prisional. Aí estendia-me, abandonado, privado de cuidados, semi-morto, para retomar um pouco de forças, a fim de que pudessem de novo dedicar-se à inglória tarefa de me torturarem. Muitos dos meus companheiros morreram quando chegaram a este estado mas eu, não sei porque razões, foi-me sempre concedida a força para recomeçar. No decorrer dos anos passados em diferentes prisões, os carrascos fracturaram-me quatro vértebras dorsais e muitas outras. Queimaram e cortaram 18 buracos no meu corpo.

...Quando, em Oslo, os médicos me examinaram e viram as cicatrizes, assim como nos meus pulmões os vestígios de uma tuberculose contraída na prisão, declararam que o simples facto de ainda estar vivo era um milagre. Segundo a sua experiência prática devia ter morrido há nuito. E creio que Deus realizou este prodígio a fim de que possais ouvir a minha voz implorante actuar em nome da Igreja subterrânea para além da Cortina de Ferro. E permitiu a um dos seus servos escapar vivo e clamar em alta voz a mensagem dos seus irmãos sofredores e fiéis».


O matemático Igor Shafarevich, membro da Academia das Ciências da URSS, escreveu um livro brilhante - «Socialismo». É uma análise penetrante e histórica do Socialismo. Eis a opinião de Soljénitsyne a propósito dele: «... Que todo o socialismo de um modo geral, tanto como em todas as suas tonalidades, conduz à destruição universal da essência espiritual do homem e ao nivelamento da humanidade na morte».

O socialismo é a estrada real que conduz ao comunismo. No jornal inglês «Labour Monthly», de Outubro de 1921, Bernard Shaw escreveu: «Que o trabalho forçado tendo por termo a morte como sanção final... é a chave da abóbada do socialismo».

O pastor R. Wurmbrand foi libertado. Organizações cristãs pagaram o seu resgate. É o único exemplo... (in ob. cit., pp. 86-90).


quarta-feira, 20 de junho de 2012

As atrocidades do comunismo (i)

Escrito por Deirdre Manifold








«Ora, como no homem positivista de Comte - e até nele mesmo - havia retornos ofensivos do metafísico e até do teológico, também no homem bolchevique pode haver um sobressalto do homem humano.

De aí a necessidade de extinguir as luzes de Deus, para que a miopia do teísta ou do cristão não impeçam a visão normal do homem comunista.

O assalto foi cínico, violento e ignóbil. São conhecidos os fuzilamentos, assassinatos a frio, mascaradas carnavalescas, dejecções em altares, profanações da mais vil infâmia. Nestes propósitos não pode um homem religioso, ou, sequer, agnóstico com o sentido do mistério, deixar de ver mais que um método cínico - ele terá de ver propulsões mais longínquas e trágicas: autênticas possessões demoníacas.

(...) O esforço para a implantação pode deixar em seu caminho doze milhões de mortos de fome, inegáveis casos de canabalismo, oito milhões de crianças vagabundas, raparigas de treze a catorze anos grávidas e sifilizadas, altares profanados - simbolicamente oferecidos ao excremento -, milhões de camponeses fuzilados, médicos, padres, intelectuais assassinados aos milhares: tudo isso nada prova aos olhos dum comunista. O Absoluto do Fim justifica e consagra todos os meios».

Leonardo Coimbra («A Rússia de Hoje e o Homem de Sempre»).


«Comunismo é um estado de espírito. Um dia participei no programa do Bernard Pivot [na televisão francesa] que veio com essa: “Como é que você ainda se considera comunista?” Disse espontaneamente: “Acontece que sou uma espécie de comunista hormonal. Da mesma maneira que a barba me cresce, há uma hormona que fez de mim isto, e não posso deixar de o ser. Pode dizer-me: depois disto que aconteceu, e isto e isto; de acordo, tudo isso aconteceu, e parece-me mal que tenha acontecido, e condeno quem o fez. Mas isso não me tira o direito, e o dever, de ser aquilo que sou”. Ele riu-se muito…».

José Saragago (Público, 7 de Novembro de 2008).


«Veritas é a divisa da Universidade de Harvard. Como certos dentre de vós o sabem já e como os outros aprenderão no decurso da sua vida, a verdade começa a fugir-nos no próprio momento em que o nosso olhar diminui a sua atenção: nesse instante, escapam-nos pormenores e fica-nos a ilusão de que continuamos a segui-la. Numerosas dissensões vêm daí. E é preciso também saber que a verdade raras vezes é doce ao paladar: ela é quase sempre amarga».

A. Soljénitsyne (Harvard, Junho de 1978).








«Tive a oportunidade de contactar com os livros de Solzhenitisin em São Paulo. O interesse dos prisioneiros por tais livros era tal que acabavam por ficar completamente deteriorados pelo uso. Perguntar-me-ão como os consegui introduzir na prisão. Graças à ignorância do guarda que assistia à entrada da minha comida. Para ele era apenas um livro soviético... "um dos nossos". O Arquipélago de Gulag repetiu-se, de facto, em Angola, muitas vezes actualizado numa desumanidade maior...».

Américo Cardoso Botelho («HOLOCAUSTO em ANGOLA»).





Vegetar sob o jugo comunista






John Noble, um cidadão americano, viveu nove anos em diversos campos de concentração soviéticos. Relatou as suas experiências num livro intitulado «I was a Slave in Russia» («Era um Escravo na Rússia»), publicado pelo Cicero Bible Press, em Brodview, Illinois, USA. Na página 43 lê-se: «Apercebi-me mais de uma vez que a morte era a última coisa a recear dadas as condições do cativeiro, sob o jugo dos vermelhos». Noble refere-se, largamente, aos que se ocupavam das necessidades espirituais dos detidos. «Dois grupos de homens, resplandecentes de dedicação, entre os prisioneiros, elevavam-se acima da podridão e do envilecimento que reinavam no campo de Mühlberg: a clerezia e os médicos. Os padres católicos e os pastores protestantes iam muito mais além do desempenho do seu ministério religioso - e faziam-no em condições extremamente difíceis. Missas celebradas às escondidas num canto de um abarracamento, sermão pregado furtivamente ou cânticos proferidos em voz baixa atrás das latrinas. Os padres e os pastores - penso eu - executavam a sua tarefa da forma mais meritória possível (para os que não mergulharam na animalidade), dando prova, em todas as ocasiões, da maior humildade. Nenhum trabalho era desprezível ou repugnante para eles. Em cada humilde tarefa que executavam, quer no meio da fetidez das latrinas ou na espessa lama do exterior, esses homens transportavam no coração a fé abrasadora e inabalável que possuíam. Jean Noble descreve do seguinte modo as celas de uma das numerosas prisões: «A cela média, seis pés sobre três (1,80 por 0,90) tinha o tamanho de um armário de parede. Um leito de madeira quase a ocupava por completo.

As paredes eram de uma alvura ofuscante. E atrás da porta, e por cima do postigo, uma lâmpada de 400 wats permanecia acesa dia e noite, a ponto de dar a ilusão que a brancura das paredes se infiltrava em cada célula do meu cérebro. Entre os tabiques de duas celas havia uma abertura de metal, na qual - a partir das sete horas da manhã - crepitava lenha ou carvão para aquecimento dos prisioneiros. Ao meio dia esses tabiques estavam de tal modo quentes que não só não permitiam que deles nos aproximassemos como o seu calor húmido nos sufocava e nos encharcava de suor. À noite apagava-se o lume. As portas e os corredores, que davam para o exterior, tal como as celas - abertas de par em par -, deixavam penetrar o vento glacial. Não tínhamos cobertores e enregelavamos, tiritando com frio. Buchenwald foi catalogado como, virtualmente, um matadouro hitleriano e, no entanto, ouvi muitas vezes repetir, com desusada insistência, por prisioneiros que tinham estado em campos de concentração, primeiro alemães e depois soviéticos, que o tratamento era bem pior sob o domínio soviético.

John Noble foi transferido de Buchenwald para Weimar onde, após três anos de internamento, sem qualquer acusação, veio a saber que tinha sido condenado a quinze anos de trabalhos forçados num campo do arquipélago do Goulag. Durante esse longo cativeiro jamais contactou com qualquer advogado nem teve conhecimento de qualquer nota de culpa. Eis, segundo ele, como veio a tomar conhecimento da sua condenação: «Uma jovem sentada em frente de uma mesa formula as perguntas habituais respeitantes à minha identidade. Depois estende-me um impresso apenas com duas linhas escritas. A primeira continha o meu nome e tinha um pequeno espaço em branco com o número quinze escrito a meio. «O que é isto?», perguntei, apontando os algarismos. «Foi julgado em Moscovo e condenado a quinze anos de trabalhos forçados». No impresso estava escrito «trabalhos físicos».






Durante todos os anos que Noble passou por diferentes campos soviéticos nunca lhe foi permitido expedir um simples postal, e muito menos uma carta, e nunca teve direito a receber visitas. Eis uma curta passagem do seu livro que descreve a carruagem do comboio que o transportou para o Goulag, numa viagem que durou seis semanas. «Estava comprimido no meio de outros prisioneiros, os pés esmagados contra as paredes do vagão, as mãos apertadas sobre os flancos, o queixo apoiado no rebordo rugoso da tábua do meio. Era absolutamente impossível mudar de posição, de me distender ou de fazer o menor movimento. Duas vezes por dia conduziam-nos à retrete do comboio. Mas sucedia, com frequência, que os prisioneiros, não se podendo reter por mais tempo, aliviavam-se pelas calças, choramigando pelo ocorrido e conspurcando os companheiros da desgraça que estavam mais próximos. E apesar do infortúnio em que nos encontrávamos mergulhados era sobremodo difícil a alguns de nós não odiar esses desgraçados».

Noble trabalhou nas minas de Vorkuta quando se desencadeou uma greve provocada pelos presos informados da revolta dos alemães do Leste contra o regime comunista. Em Vorkuta circulava, de boca em boca, a notícia que os 20 milhões de prisioneiros do campo de concentração de Goulag também se tinham revoltado. A greve durou dez dias. Depois, numa bela manhã, vários milhares de presos foram atirados para um campo, onde lhes foi anunciado que iam ser entabuladas negociações para pôr termo ao conflito. Quando todos estavam juntos, os vemelhos apontaram-lhes as metralhadoras - forçando-os à rendição. Os sobreviventes regressaram imediatamente ao trabalho. Noble relata: «A minha existência em Vorkuta assemelhava-se a uma morte viva. Era como que uma dolorosa combinação de lenta e constante inanição e de acabrunhamento, monotonia que destruiu mais de um homem que gozava de melhor saúde do que eu».

Noble descreve também as torturas a que assistiu. E o que transcrevo aqui está bem longe de espelhar o pior. Ajudou a transportar até à cela um prisioneiro que tinha sido selvaticamente espancado, chicoteado. A pele foi arrancada desde as omoplatas, em toda a largura das costas até à cintura, e o tecido da camisa, que nunca despira, penetrou na carne viva. Durante cerca de uma hora, com um médico, também prisioneiro, retirou com infinitos cuidados os fragmentos de tecido incrustados nas feridas, tentando com precaução escolher os fios do tecido ensanguentado de preferência às parcelas de carne sanguinolenta. Quando acabámos esta dolorosa limpeza envolvemos as feridas com bocados de papel higiénico, a régia prenda oferecida pelo dispensário da prisão e o único «medicamento» a que tinhamos direito. O suplício do gabinete de desinfecção para a esterilização dos colchões, mais complexo e subtil, era executado por uma máquina metálica de imponentes proporções. Com as suas válvulas e os seus geradores a vapor, esta insólita caranguejola não era utilizada há muito. Os novatos não sabiam que ela não estava em condições de receber o vapor de água. E eram estes precisamente os lançados para a cuba transformada em instrumento de tortura. Quem fosse considerado culpado de ter cometido qualquer falta era atirado para dentro da cuba por guardas cujos modos brutais faziam compreender ao desgraçado que a punição seria terrível. O prisioneiro aterrorizado via os painéis de aço descerem e fecharem-se hermeticamente sobre ele, depois ouvia o ruído estridente dos ferrolhos que se uniam. No interior reinava a escuridão compacta e o detido esperava a todo o momento receber um jacto de vapor efervescente ou uma nuvem de gás tóxico. O desgraçado era deixado neste estado de medo abjecto e de incerteza durante um ou dois dias e só decorrido esse lapso de tempo é que os guardas consentiam em lhe abrir a porta. Muitos presos enlouqueciam depois desta diabólica provação. E poucos ficavam livres de doenças nervosas. A maior parte saía da cuba com os cabelos grisalhos e na generalidade dispunha-se a confessar o que quisesse.

Para além da tortura, os prisioneiros eram friamente abatidos sem a menor razão. Os soviéticos matavam porque, literalmente falando, um número tinha sido tirado à sorte ou porque sobre um documento sem importância, após um processo imaginário, alguém tinha decidido que determinada pessoa havia de morrer. As causas apresentadas, de antemão, para a matança eram completamente indiferentes para os homens incumbidos de executar tão triste tarefa, assim como, aliás, o conceito da própria morte.

Localização de Gulags na União Soviética






E eis a razão porque os gracejos trocados entre os guardas a tal respeito não eram estudados - eram espontâneos... A vida devia ser retirada a certos indivíduos cujos nomes se inscreviam nos quadros estatísticos do Estado. Os processos escolhidos para as execuções, a respeito dos quais os guardas se gabavam por vezes da sua humanidade, eram de extrema simplicidade. Quando um condenado estava despido, conduziam-no a uma ala parcialmente destruída da prisão - e, quando dobrava a esquina de um corredor, o guarda que o seguia matava-o com um tiro na nuca. Cada vez que um prisioneiro era abatido arrastavam o seu corpo até ao fim do corredor. No fim de um dia de matança, um amontoado de corpos seminus, agitados de estertores, jazia no solo do corredor sombrio e nojento. Os corpos eram então regados com gasolina. Um fósforo completava a macabra operação. As chamas desta fogueira espalhavam tal claridade que, por vezes, eram enxergadas por prisioneiros acantonados noutros abarracamentos. Se fossem pedidas explicações a estes carrascos sobre o que se passava respondiam que estavam a queimar lixo.

W. C. Bullitt, o primeiro embaixador dos Estados Unidos nomeado para a Rússia Soviética, no seu livro «A Talk with Vorochilov» («Uma Conversa com Vorochilov»), narra o episódio seguido ocorrido no início do reinado dos bolcheviques: no começo de 1919, segundo Vorochilov contou a Bullitt, persuadiu 10 000 oficiais czaristas de Kiev a renderem-se, prometendo que, se o fizessem, não só eles como as suas famílias seriam autorizados a regressarem a suas casas. Aceite a oferta, mandou-os executar bem como todos os filhos do sexo masculino - as mulheres e filhas foram enviadas para bordéis para satisfazer as necessidades do Exército Vermelho. De passagem mencionou que, nesses prostíbulos para a soldadesca, o tratamento proporcionado a essas pobres mulheres foi tal que nenhuma delas sobreviveu mais de três meses. Ufanando-se de um crime tão abominável, Vorochilov pensou que se conduziu como um bom marxista-leninista. Ter-se-á o marxismo-leninismo, desde essa data, humanizado como alguns pretendem fazer crer?

Ora, Khrushchev disse: «Todo aquele que pensa que abandonámos o marxismo-leninismo engana-se grosseiramente. Tal só sucederá quando os camarões assobiarem (in Fátima e a Grande Conspiração, Edições Fernando Pessoa, pp. 83-86).

Continua


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O sistema monetário internacional

Escrito por Deirdre Manifold









«[A Nova Ordem Mundial] não é mais do que um sistema mundial de fiscalização financeira, colocado nas mãos privadas, sistema que será capaz de dominar os regimes políticos de todos os países e a economia mundial na sua totalidade... a liberdade individual do homem, e as suas escolhas, está estreitamente vigiada, o que permitirá pouca alternativa...». 

Carroll Quigley («Tragedy and Hope»).



O Federal Reserve Bank U.S. é uma ditadura monetária possuidora de poderes discricionários absolutos sobre o povo americano e, por ricochete, sobre o resto do mundo. O paralelismo entre a instituição do sistema do Federal Reserve Bank e do Partido Comunista Soviético é mais do que evidente.

Na URSS a clique estreitamente ligada ao Partido Comunista tudo dirige, agindo no segredo mais absoluto e com total desprezo pelo povo e pela Constituição da União Soviética. Nesses dois países só um reduzidíssimo número de pessoas conhece e beneficia das decisões tomadas por essas súcias.

Nos Estados Unidos, a política monetária é dominada pelos sete membros do Federal Reserve Board, pelos doze presidentes e pelos cento e oito directores dos doze bancos do Federal Reserve. Essas 127 personalidades, agindo no segredo mais absoluto, exercem um poder ilimitado sobre as decisões monetárias.

Na URSS, por seu turno, os 133 membros da Comissão Central do Partido Comunista dirigem totalmente o país.

Estes dois corpos contêm um escol – uma pequena super-comissão.

No sistema do Federal Reserve, essa pequena super-comissão, conhecida sob o nome de «Open Market Committee», é composta por sete membros do Federal Board e por cinco dos doze presidentes dos Bancos da Federal Reserve – 12 pessoas ao todo – e a presença de outros sete presidentes.






No seio da Comissão Central da URSS existe uma comissão restrita chamada Politburo. Esta compreende onze membros em vez dos doze do «Open Market Committee».

De três em três semanas, em Washington, o Open Market Committee reúne-se na sua sede, à porta fechada. (…) Respeitando o prazo de prescrição referente a qualquer transgressão que possa ter cometido, durante seis anos nada se sabe sobre os temas ventilados nessas reuniões. É evidente que nela são tomadas decisões em relação à moeda, aos juros a praticar e ao volume monetário. O próprio presidente dos Estados Unidos não pode estar presente nessas reuniões. Eis o estilo democrático em vigor na América do Norte.

Na URSS, o Politburo, reúne-se, em Moscovo, várias vezes por mês por ocasião das Sessões Secretas. Ninguém é autorizado a penetrar para além do cordão constituído por guardas armados. Como sucede em relação aos Estados Unidos, as decisões do Politburo são mantidas secretas até que seja decidida, superiormente, a sua divulgação.

Na Rússia Soviética, o Partido defende os seus amigos; nos Estados Unidos o Federal Reserve defende os seus associados bancários. Mas nos dois casos a grande massa do povo é mantida inteiramente alheia ao que se passa. Apenas um escol aproveita. Que 240 milhões de americanos supostamente «livres», possam suportar uma situação tão absurda parece pura e simplesmente inacreditável. Mas tudo deixa de ser inconcebível quando se toma conhecimento da profundidade abissal da sua ignorância quanto ao que se passa nas cúpulas. Esses milhões de pessoas são tratadas como atrasadas mentais e os seus tutores são os únicos a saber o que melhor lhes convém. Em 20 anos de negócio e cerca de 5 meses por ano, tive a oportunidade de, quase diariamente, frequentar os meios americanos. Sem jamais perder, durante todo esse tempo, uma ocasião para proceder a uma sondagem sobre o seu grau de conhecimento referente à conspiração do poder dos que decidem a política monetária, apenas me foi dado deparar com uma só pessoa que sabia algo sobre quem governava as suas existências. Tratou-se de um funcionário do governo do Estado de Massachussets. Os designados por «Iniciados» apavoram-se com a perspectiva de serem expostos aos olhares públicos embora todo aquele que se lança nessa aventura saiba de antemão que o espera a difamação ou mesmo a morte.

O Banco Mundial, o Export-Import Bank, O Fundo Monetário Internacional são, hoje, outros tantos instrumentos criados, pelos «Iniciados», para dominar a espécie humana.


O FMI foi instituído em Bretton Woods, em 1944. Harry Dexter White, bem conhecido espião comunista, foi o seu arquitecto. O Presidente Truman, informado pelo FBI das suas ligações com a URSS, em vez de o mandar prender nomeou-o para o FMI, acompanhado doutros numerosos espiões comunistas de alto coturno, tais como: Frank Poe, Lauchlin Currie, William Ulmann, Nathan Silvermaster e Alger Hiss [1]. Eram todos detentores de elevados postos nos Departamentos do Estado americano e beneficiavam, em pleno, da protecção presidencial. E ocorre perguntar: qual a razão que leva um presidente dos Estados Unidos a proteger um espião comunista? Só uma resposta se apresenta legítima: tanto o presidente como o espião estão às ordens de alguém. Ambos sabem como o mundo é constituído. Em «Tragedy and Hope» (Tragédia e Esperança) o Professor Quigley conclui que fomos já longe demais no caminho da Ditadura Mundial para recuarmos. O «Saturday Evening Post», de 18 de Outubro de 1944, acompanhou a reunião de Bretton Woods através de Peter Drucker, porta-voz dos «Iniciados».

«Se o mundo adoptar um sistema de economia dominada, o timoneiro desembocará na URSS. A Rússia Soviética deve representar o modelo para semelhante ditadura, dado que foi o primeiro país a desenvolver a técnica de fiscalização económica internacional».

O FMI reivindica soberanias, imunidades e privilégios que suplantam, em muito, os das nações que o compõem e no seio dos territórios dessas nações.

Assim, o artigo IX, parágrafo 2, prevê que o Fundo possuirá personalidade jurídica plena e inteira e, de modo muito particular, a capacidade de: 1.º contratar; 2º adquirir e fazer uso de todos os bens mobiliários e imobiliários; 3.º accionar.

Neste mesmo artigo, o Fundo atribui-se o poder de emitir juízos, estabelecer estatutos e executar as suas próprias decisões, remetendo e reduzindo os estados membros ao papel de simples polícias. O parágrafo 10 deste artigo obriga cada nação a fazer valer os princípios nele inscritos, nos termos da sua própria lei, e prestar contas ao Fundo das medidas tomadas.

O parágrafo 3 proíbe que o Fundo seja submetido ao poder judicial de qualquer país ou estado em que actue, salvo no caso em que renuncie, expressamente, à imunidade de que goza.

O parágrafo 4 determina: «Os bens e activos do Fundo, quaisquer que eles sejam e em que mãos se encontrem, ficarão ao abrigo de qualquer execução, confisco, expropriação ou outra forma de arresto por acção legislativa ou executiva».




O parágrafo 7 atribui ao Fundo a mesma imunidade diplomática que desfruta qualquer nação que mantenha representação consular mas com esta diferença – que se possa exigir a partida aos representantes dos outros países.

O parágrafo 8 dispensa imunidades e privilégios aos quadros e empregados. E a segunda parte deste parágrafo estipula mesmo: «A todos os governadores, itinerantes, quadros ou empregados que não pertençam às nacionalidades locais serão asseguradas as mesmas isenções às restrições à emigração, nas condições do estatuto de estrangeiro e às obrigações do serviço nacional, e as mesmas facilidades quanto às restrições referentes a operações de câmbio que as dispensadas aos representantes oficiais e empregados da mesma categoria da parte de outros membros».

Os parágrafos 1 e 9 facultam a isenção de impostos sobre todos os bens, rendimentos, operações e transacções assim como sobre os salários e emolumentos pagos pelo Fundo que não sejam cidadãos locais, súbditos locais ou outros nacionais locais.São também isentos de impostos todas as obrigações ou títulos emitidos pelo Fundo, juros e dividendos compreendidos.

Sempre que as grandes civilizações ruíram para jamais se reerguerem, testemunha a História, a riqueza dessas civilizações encontrava-se nas mãos de um punhado de homens.

John Adams escreveu a Thomas Jefferson:

«Todas as embaraçosas confusões e desgraças na América provêm não tanto dos defeitos da Constituição ou da Confederação como de uma falta de honra e de virtude, assim como da ignorância completa da natureza da moeda, do critério e da circulação monetária».

E eis a resposta dada por Thomas Jefferson:

«Penso sinceramente, como vós, que as instituições bancárias são mais perigosas do que os exércitos em campanha e de que o princípio de gastar dinheiro que virá a ser desembolsado pela posteridade, sob o pretexto de consolidação, não é mais do que uma burla sobre o futuro, praticada em grande escala».

E até Mayer Amshel Rothschild afirmou:

«Permiti-me emitir e fiscalizar a moeda de uma nação e troçarei de tudo o que as suas leis instituem».








O ouro armazenado em Fort Knox não pertence ao povo americano mas ao Federal Reserve, grupo privado. O nome dos que possuem semelhantes fundos jamais foram revelados» (in Fátima e a Grande Conspiração, Edições Fernando Pereira, pp. 47-50).


[1] No contexto do progressivo desmantelamento de todas as forças armadas nacionais com vista ao fortalecimento de um exército mundial sob a égide das Nações Unidas, leia-se o seguinte: «Ironicamente, foi Alger Hiss, o qual viria a ser condenado como espião soviético, quem juntou as Nações Unidas com os seus colegas do Departamento de Estado norte-americano. Hiss foi Secretário-Geral da ONU a título temporário, e diz-se que criou o Departamento de Assuntos de Política e Segurança, o qual teria jurisdição sobre todas as operações militares futuras da ONU.

A influência de Hiss é evidente nas entrelinhas das regras e dos regulamentos que governam as operações militares da ONU. Uma das regras prescrevia que o chefe deste departamento seria sempre cidadão ou militar soviético, ou alguém nomeado pelos Sovietes. Tal foi o caso nos primeiros 53 anos, em que os catorze comunistas seguintes ocuparam o cargo vital de Subsecretário-geral. O primeiro indigitado na 35ª reunião plenária de 24 de Outubro de 1946 foi Arkady Sobolev: 1946-49 Arkady Sobolev; 1949-53 Konstantin Zinchenko; 1953-54 Ilya Tchernychev; 1954-57 Dragoslav Protich; 1960-62 Georgy Arkadev; 1962-63 E.D. Kiselyv; 1963-65 V.P. Suslov; 1965-68 Alexei E. Nesterenko; 1968-73 Leonid N. Kutakov; 1973-78 Arkady N. Shevchenko; 1978-81 Mikhail D. Sytenko; 1981-86 Viacheslav A. Ustinov; 1987-92 Vasily S. Safronchuk; 1992-97 Vladimir Petrovsky (in Daniel Estulin, Toda a Verdade sobre o Clube Bilderberg, Publicações Europa-América, 2008, pp. 126-127).






quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A penhora na Rússia

Escrito por Deirdre Manifold







«Não há um movimento proletário que – sem que os idealistas entre os seus chefes tenham tido de certo modo consciência disso – não tenha agido no interesse do dinheiro, na direcção desejada pelo dinheiro e duração determinada pelo dinheiro».

Oswald Spengler («A Decadência do Ocidente»).




A penhora na Rússia


Muitos universitários honestos, estudiosos da História, sustentam que a guerra de 1914-18 deflagrou com o único objectivo de obter um ponto de apoio geográfico na Rússia imperial capaz de permitir a implantação do comunismo. O assassínio em Serajevo do Arquiduque Francisco Fernando de Habsburgo constituiu a razão alegada para o deflagrar do conflito. Habitualmente, quando alguém é assassinado, príncipe ou mendigo, compete à Justiça actuar, perseguindo o criminoso, fazendo-o pagar, bem caro, o erro cometido. Em vez disso – sem contar com os sofrimentos de numerosas famílias que não podem ainda que, ao de leve, ser avaliados -, de 1914 a 1918, 55 de milhões de pessoas perderam a vida. Toda a fina flor da juventude masculina europeia veio a ser sacrificada. E esta tragédia seguiu-se à morte de um só homem! É absurdo pensar, um minuto sequer, que este assassínio esteve na origem da guerra de 1914. No início de 1917 parecia que tudo ia terminar (sem vencedores nem vencidos), que uma paz negociada seria assinada e que nenhum beligerante se declararia vencedor. Tal não veio a ser permitido pois que desta forma o comunismo jamais poderia ser implantado no Império russo. Uma só chave permitia introduzir o comunismo na Rússia imperial: obrigar os Estados Unidos a entrar na guerra – empresa difícil uma vez que 99% dos americanos não só eram hostis à aproximação com a Europa como opinavam que a América não devia imiscuir-se nos conflitos internos europeus.

Em 1916 realizaram-se eleições presidenciais. E Wilson, o vencedor, de acordo com os seus propagandistas, encontrou um mote aliciante: proclamar, a torto e a direito, que evitaria o envolvimento da América na guerra europeia. Com tão solene promessa foi fácil augurar-lhe a vitória. O eleitor médio jamais suspeitou que os preparativos para a entrada do seu país no conflito estavam, praticamente, ultimados. O ardil utilizado para que os americanos mudassem de opinião foi o do torpedeamento do Lusitânia no porto de Cork, na Irlanda, torpedeamento que provocou a perda de numerosas vidas – entre eles súbditos americanos. Mas o facto mais extraordinário é que o Lusitânia tinha sido metido a pique dois anos antes, em Maio de 1915 (1). Antes do navio se fazer ao mar, os alemães publicaram, nos jornais de Nova Iorque, páginas inteiras com prevenções à população civil, pondo-a de sobreaviso, de que não devia embarcar nesse barco, pois que transportava armamento e viria a ser, por certo, torpedeado. Apesar disso, o embuste teve pleno êxito, uma vez que em 1917 os americanos, embora de má vontade, entraram no conflito europeu e, segundo declararam, «para acabar, de vez, com todas as guerras»…

No início de 1917 Trotsky morava em Nova Iorque. Fazia-se passar por um pobre jornalista – escrevia, de tempos a tempos, um artigo num jornal comunista. No entanto, mesmo com actividade jornalística tão diminuta, vivia num sumptuoso apartamento, com criado e motorista. Quando regressou à Rússia fez-se acompanhar de um carregamento de armas e de 277 terroristas revolucionários muito bem treinados. Esta oferta, bem como um utilíssimo financiamento, ficou a dever-se ao banco Kuhn, Loeb & C.ª, propriedade de dois irmãos Warburg, naturais de Berlim. Outro sócio destes beneméritos cavalheiros foi o banqueiro Jacob Schiff. João Schiff, neto de Jacob, em 23 de Fevereiro de 1949, declarou ao jornal novaiorquino «América»: «Calcula-se hoje que meu avô dissipou vinte milhões de dólares para assegurar o triunfo final do bolchevismo na Rússia» (citado por Gary Allen no seu livro «None dare call it conspiracy»).




Onde vivia Lenine no momento em que Trotsky arrumava os seus negócios em Nova Iorque e conseguia, até, obter passaporte americano embora tivesse permanecido apenas três meses na América? Lenine estava na sempre doce e tranquila Suíça. Os dois irmãos Warburg (que tinham ajudado a financiar a estadia novaiorquina de Trotsky), e com a preciosa ajuda de outro mano que continuou a viver na sua terra natal, Berlim, de acordo com o Alto Comando Alemão, azafamaram-se em instalá-lo num confortável vagão, com selos de chumbo, entregando-lhe oito milhões de libras-oiro e assegurando-se que a carruagem selada iria, directamente, até Moscovo. E durante a viagem ninguém se atreveu a meter o nariz nela. Os dois comparsas, Lenine e Trotsky, bem como muitos outros que os esperavam, encontraram-se em Moscovo. Há, entretanto, um facto semi-burlesco a anotar. Embarcado no Cristiania com o seu carregamento de armas, e os seus bandidos profissionais assalariados e os seus vinte milhões de dólares, Trotsky fez escala em Nova Scotia, no Canadá. A guarda costeira canadiana, com a sisudez meticulosa que caracteriza os povos americanos, burocratizados, deu-lhe voz de prisão, temerosa, e bem, de que se preparava um golpe sujo. Mas Trotsky não suportou os rigores de uma prisão canadiana senão por poucos dias. E encontrou meio de utilizar, largamente, o telefone! E para quem pensais que teria telefonado? Naturalmente, e em primeira mão, para Wall Street e, acreditai ou não, para Washington (um cidadão normal pode sempre tentar fazê-lo uma vez – com êxito?!).

Por incrível que pareça, Trotsky alcançou a liberdade por ordem pessoal do presidente Wilson. É necessário salientar que a filha de Jacob Schiff casou com um dos irmãos Warburg, Felix de seu nome. Com o seu irmão Paulo, Felix emigrou para Nova Iorque nos fins do século XIX. Ambos se aconchegaram na firma Kuhn, Loeb & C.ª. Max, também banqueiro, ficou em Berlim. Rica família! – que a terra lhes seja pesada… (2).

Compreendemos agora, claramente, que o vírus marxista foi inoculado no desgraçado povo russo à custa de enormes quantias e por intermédio de uma organização extremamente poderosa, com ramificações tentaculares. O general Arséne de Goulevitch, russo branco, escreveu no seu livro «O Czarismo e a Revolução»: «Os principais financiadores da revolução russa, não foram nem os extravagantes milionários russos nem os bandidos armados de Lenine. As grandes somas monetárias vieram, sobretudo, de certos círculos anglo-americanos, que desde há muito tempo dispensavam o seu apoio à causa revolucionária russa. A parte mais importante, jogada pelo rico banqueiro americano Jacob Schiff, nesta aventura já não constitui segredo, embora ainda subsistam muitos pontos obscuros!...» E a 7 de Abril de 1917, o general Janin anota no seu diário «Le Monde Slave – Au C.Q.G. russo» (volume 2 – 1927, pp. 296-297): «Longa entrevista com R que me confirmou o que antes já me havia sido dito pelo senhor M. Após ter-se referido ao ódio que os alemães lhe votavam, a ele e à sua família, passou a ocupar-se da Revolução, que, segundo ele, tinha sido desencadeada pelos ingleses e mais precisamente por Sir George Buchanan e Lord Alfred Milner (3). Petrogrado nessa época enxameava de ingleses. Ele garantiu-me que podia enumerar as ruas e as residências em que agentes britânicos se encontravam alojados. Tinham mesmo sido vistos, durante as amotinações, a distribuir dinheiro aos soldados, incitando-os a revoltarem-se. Confidencialmente, Lord Milner informou-me que gastou mais de vinte milhões de rublos no financiamento da revolução de Outubro».


A título de mera curiosidade vale a pena notar que na Conferência da Paz, que se realizou em Paris em 1919, e que (de forma tão admirável…) preparou os planos da guerra de 1939/1945, figuravam nomes como esse Lord Alfred Milner, assim como os três irmãos Warburg – Paulo, Feliz e Max. Sem estes milionários, sempre aptos, tanto no aspecto monetário como logístico, a revolução não teria tido êxito. Onde é que os povos, pretensamente oprimidos, encontrariam os milhões de dólares e organizações, com tão primorosas engrenagens, se não fossem os super-ricos. E o leitor, agora, tem o pleno direito de formular a pergunta: mas porquê? Por que motivo os super-ricos forneceram armas aos que juraram massacrá-los na cama? Não esqueçamos que a revolução russa podia ter sido sufocada, em poucos meses, se uma ajuda financeira, em massa, vinda dos já referidos sectores, não a tivessem prolongado indefinidamente. Nos anos 20 esses criminosos inundaram a Rússia soviética com milhões de libras e de dólares para manterem o que Lenine chamou o seu «Novo Plano Económico» (NEP), salvando assim os soviéticos de um completo colapso. E porque é que milionários como os Rothschild, Rockefeller, Schiff, Warburg, Milner e Harriman (4), tomaram tão a peito salvar os sovietes, cuja finalidade é a de (eles o proclamam bem alto) despojar os ricos das suas fortunas, a fim destas serem distribuídas a cada um, segundo as suas necessidades? É por demais manifesto que se esses homens implantaram o comunismo e lhe facultaram o seu primeiro ponto de apoio geográfico na Rússia é porque não receiam que nada de mal lhes possa acontecer e que, de facto, dominam todos os seus movimentos. Como Gary Allen o explica, e posto que não fosse o seu objectivo principal, colectivizando a Rússia, os «Iniciados» adquiriram imensos domínios que encerram riquezas minerais fabulosas, por uma quantia calculada em trinta a quarenta milhões de dólares. Só se podem tecer suposições acerca da forma como o domínio é exercido. O Professor A. Sutton, do Instituto Hoover, que gastou mais de vinte anos a estudar documentos oficiais governamentais e outros materiais irrecusáveis, relacionados com a ajuda económica, de considerável proporção, que o Ocidente dispensou aos soviéticos, redigiu vários trabalhos sobre este candente tema. A explicação mais reveladora, respeitante ao motivo que levou à destruição da Rússia dos Czares para a implantação do comunismo, é-nos patenteada num livro notável, Genève contre la Paix, do Conde de Saint-Aulaire, embaixador da França na Grã-Bretanha de 1920 a 1924. O diplomata relata os comentários proferidos, no decorrer de um grande jantar, por um revolucionário judeu que participou no efémero Governo comunista de Bel Kuhn, na Hungria, em 1919. Este revolucionário transformou-se, pouco depois, no director de um grande banco de Nova Iorque – um dos que financiaram a revolução bolchevique. Quando um dos convidados lhe perguntou: «Como é possível que a Alta Finança proteja o comunismo?» ele respondeu: «Se o uso de muito sal queima a carne, a sua escassez corrompe-a. O mesmo se passa em relação aos espíritos e aos povos. Nós aplicamos, sabiamente, esta máxima – aqui, o sal é o símbolo da sabedoria. Misturámo-lo discretamente no pão dos homens; só o ministramos em dose corrosiva em casos excepcionais, quando se trata de queimar restos de um impuro passado – como, por exemplo, a Rússia dos Czares. E isto explica, um pouco, por que é que o bolchevismo é a arma, simultaneamente, defensiva e ofensiva, o escudo e o gládio. O marxismo está nos antípodas do capitalismo. E é precisamente pelo facto de estarem nos antípodas um do outro, que nos entregam os dois pólos do planeta e nos permitem estarmos no eixo. Esses dois contrários encontram, no bolchevismo e nós, a sua identidade na Internacional. Na administração de uma Nova Ordem Mundial… a nossa organização, para propagar a revolução, manifestou-se pelo bolchevismo destruidor e pela construção, pela criação da Sociedade das Nações que é obra nossa».






O Professor Sutton editou um estudo, em três volumes, intitulado «Western Technology and Soviet Economic Development» (a tecnologia ocidental no desenvolvimento económico soviético) que demonstra, com provas irrefutáveis, que a URSS foi inteiramente construída pelos Estados Unidos. Como os argumentos aduzidos pelo Professor Sutton são irrefutáveis, ele é completamente ignorado pelos mass media, que são, como é por demais evidente, os porta-vozes dos plutocratas que edificaram a formidável e actual guerra da URSS. O Prof. Sutton é autor de dois outros livros: «Wall Street and the Bolshevik Revolution» (Wall Street e a Revolução Bolchevista) «Wall Street and the rise of Hitler» (Wall Street e a Ascensão de Hitler). É inútil salientar que estas obras não são mencionadas em nenhuma das boas revistas literárias. De facto não são mencionadas em parte nenhuma. Perante os inefáveis críticos literários Sutton não existe. Na verdade, a imprensa dos nossos dias, distraída, avidamente, com sensacionalismos e «scoops» espectaculares, não encontrou qualquer jornalista, mais ou menos astucioso, capaz de abordar o Professor Sutton para lhe formular não só perguntas indiscretas como para publicar as suas respostas! É verdade que este Professor, e outros escritores corajosos, denunciam os malefícios do mundialismo e conseguem mesmo descobrir editores, igualmente corajosos, interessados na publicação das suas obras. Mas não é menos verdade também que existem milionários vigilantes que tomam medidas apropriadas para que apenas uma pessoa, entre cem, ouça falar de semelhantes livros – e a ínfima percentagem que tem acesso e lê essas obras jamais poderá esclarecer os restantes 99%.

O livro de Sutton, «Wall Street e a Ascensão de Hitler», demonstra, sem sombra de dúvida, que foram estes mesmos milionários que patrocinaram Hitler, a fim de estarem bem seguros de que a Segunda Guerra Mundial eclodiria na hora H. Os objectivos que escondem o desencadeamento da guerra de 1939/1945 são os mesmos que permitem o comunismo na Europa Central com o êxito sabido – e que, por acréscimo, se estenderam, também, à China. Adiante dedicaremos um capítulo à China e à forma como esse imenso continente foi entregue aos marxistas, graças à acção subterrânea de poderes e lobbies que agiram em nome de mundialistas que ocupavam os mais altos postos do governo de Washington.

Ora, o Professor Sutton prova, de forma iniludível, que a Segunda Guerra Mundial não só estava muito bem programada como foi, também, pecuniariamente, do maior proveito para um pequeno grupo seleccionado dos «Iniciados» pertencentes à Finança. Procurando reconstituir, metodicamente, esse segredo, tão bem guardado, recorrendo a documentos originais, indesmentíveis e a testemunhas oculares, o Prof. Sutton descreve, com grande clareza, o papel desempenhado por J. P. Morgan, T. W. Lamont, os Rockefeller, a General Electric Company, a Standard Oil, o First National City Bank, o Chese and Manhattan Banks e, como era de esperar, os inevitáveis Kuhn, Loebb & C.ª e toda uma superabundância de homens de negócios. Na capa do livro «Wall Street e a Ascensão de Hitler» escreve-se: «este livro demonstra como a guerra mais mortífera e destruidora da história foi financiada e provocada». Pensavam, ingenuamente, os editores da obra que tal afirmação deveria provocar desmentido, furibundo, tempestuoso. Obteve, é evidente, o habitual tratamento – o silêncio mais completo e sepulcral. Uma vez mais se utilizou a arma infinitamente mais eficaz do que a dos desmentidos ou dos debates apaixonados.

No capítulo intitulado «Quem financiou Hitler?», Sutton pergunta: Como se pode provocar a existência de transferências de fundos em favor de certos movimentos políticos? E que esses fundos surgiram nessa época? E o autor oferece-nos preciosas informações acerca do banco incumbido de levar a efeito essas operações bancárias: «Existem entre os documentos relativos ao “Processo de Nuremberga” os originais das notas discriminativas de transferências levadas a efeito pela divisão bancária da I. G. Farben e de outros bancos, inscritos na página 10 e dirigidos a Delbrück Schickler Bank em Berlim, informando de uma transferência de fundos, proveniente da Dresdner Bank e de outros estabelecimentos bancários, lançados na sua conta ao "National Treuhand" (fundo eleitoral de Hitler, administrado por Hjalmar Schaht e Rudolf Hess). Por ocasião das eleições, essa conta era alimentada, de forma muito especial de maneira a cobrir os gastos com a propaganda do Partido Nacional-Socialista. Rudolf Hess incumbiu-se dessa missão».








«Quando se examinam os nomes citados no primeiro círculo Kepple – o original – antes de 1933 e o segundo muito mais completo após 1933, que tomou a designação de círculo Keppler-Himmler, apercebemo-nos que as multinacionais de Wall Street estão largamente representadas, em bem maior número do que qualquer outro grupo. Escolhamos, em seguida, cada uma das multinacionais de Wall Street ou dos seus associados alemães, cada uma por seu turno – as identificadas no capítulo 7 como ligadas ao financiamento de Hitler – e examinemos quais são os seus liames com Keppler e Himmler».E o Prof. Sutton prova, sem sombra de dúvida, que Hitler foi seleccionado e empurrado para desencadear a guerra, um pouco à maneira como se organiza um desafio de boxe entre Cassius Clay e um adversário de certa nomeada, para que a contenda pugilística desperte interesse.

[…] E na página 126 Sutton salienta:

O único receio dos «Iniciados» é o de que alguém descubra o poder de que dispõem, desnecessariamente grande e aparentemente sem limites. Cada parcela desse poder pode ser utilizado não só para lançar a confusão nos espíritos simples (a maioria das pessoas) como para persuadir que tudo o que ocorre de desagradável no mundo é fruto de mero acaso – inevitável acaso…

Afirma-se que a prostituição é a mais velha profissão do mundo mas as desgraçadas meretrizes que vendem o seu corpo são, em muitíssimos casos, mais dignas de piedade do que de censura. E há outras formas de prostituição. É o caso de algumas universidades, de numerosos intelectuais e editores e dos mass media na sua maioria. Muitos destes «prostitutos» podem viver bastante melhor do que a amante de um homem rico – se se conduzirem de forma concordante com a ideologia do ambiente e não se afastarem, em caso algum, do «bom caminho».

No New York Times, um dos Secretários da redacção, durante trinta anos, conduziu-se de forma a não perder o emprego. Quando não pôde suportar mais malabarismos pediu a demissão e escreveu um livro intitulado «All the News that fits» (As informações que convêm). O New York Times desempenhou importante papel em todo o processo de dominação de Cuba pelos comunistas. Sem descanso, a propósito e quase sempre a despropósito, o jornal não cessou de incensar Fidel Castro. Colunas e colunas clamaram que era um idealista, que estava doutrinariamente afastado, o mais possível, do marxismo – apenas defendia uma «justa reforma agrária». Muitos se surpreenderam que Fidel Castro, logo que conquistou o poder, tenha declarado uma fidelidade de há muitos anos ao comunismo. Ignorava-o o New York Times?! Whattaker Chambers conta, no seu livro, «Witness» (Testemunho), que quando era editor do jornal comunista de Nova Iorque, um jovem secretário de redacção em estágio foi avisado para ter sempre cuidado de ler o New York Times. Encontraria, com efeito, nesse jornal a orientação a seguir sem correr os riscos de cometer desvios.

Na verdade, o mundo de hoje proporciona constantemente a imagem de uma vasta casa de tolices onde tudo está à venda. Se os que dispõem ainda de autoridade tivessem falado alto e firmemente nunca teria eclodido a Primeira Guerra Mundial e o Império dos Czares jamais teria sido entregue aos comunistas – tal como veio a acontecer com outras nações. O certo é que apenas os Sumos Pontífices, desde 1946, tiveram a coragem moral de advertir o mundo sobre o perigo comunista. Já em datas anteriores, os pontífices romanos, através das encíclicas, puseram de sobreaviso os católicos, apontando a perversidade das sociedades secretas. Mas o certo é que, nessa altura, apenas um católico entre cada cem ouvira falar de semelhantes documentos papais, nem sequer conhecendo o seu conteúdo. Até alguns clérigos e muitos professores católicos não se aperceberam da importância destes avisos.



Ocorre a muitos perguntar: a Igreja não pôde formar jovens, mais dedicados do que certos quadros comunistas, patenteando-lhes que podiam estar seguros que lhes caberia pregar a palavra de Deus? Incumbidos de tão importante missão não se teriam tornado ardentes prosélitos? Será possível que tenha sido nessa época que os conspiradores ou «Iniciados» se infiltraram no interior da Igreja, com o único e exclusivo objectivo de enterrar para todo o sempre a sua admirável doutrina, exposta nas encíclicas romanas? (in Deirdre ManifoldFátima e a Grande Conspiração, Edições Fernando Pereira, Lisboa, pp. 75-82).


Notas:

(1) O presidente Wilson e Winston Churchill foram os instigadores do torpedeamento (nota de Régine Sorin na versão francesa).

(2) Jacob Schiff, os irmãos Warburg, Trotsky (cujo verdadeiro nome era Bronstein), Jivotsky (sogro de Trotsky) e Rotschild eram judeus (nota da versão portuguesa).

(3) Lord A. Milner foi o grande vigilante da Grande Loja, hoje unida, da Inglaterra. Estava encarregado, pelo seu governo, para, com o seu companheiro Sir G. Buchanan, fazerem a colecta de fundos, provenientes do Consórcio Morgan, Rotschild, Lazard C.ª para financiar a revolução russa (nota de Régine Sorin na versão francesa).

(4) Averill Harriman foi um emissário, pouco sagaz, enviado por Roosevelt a Estaline. Harriman disse a várias pessoas que Estaline não era um comunista revolucionário mas somente um nacionalista russo! E confidenciou ao embaixador da Polónia que nem uma só vez, nas suas conversas com Estaline, este indicou que a velha política leninista da revolução mundial fosse ainda o objectivo da Rússia estalinista (nota da versão portuguesa).