sexta-feira, 23 de abril de 2021

A Conspiração do Silêncio (iii)

Escrito por Miguel Bruno Duarte




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A cabeça oculta da serpente climática 

Em 1968, o professor Paul Ehrlich, da Universidade de Stanford, chegou a vaticinar no seu best sellerA Bomba Populacional, que o mundo deparar-se-ia, nos anos 70, com a morte de centenas de milhões de pessoas devido à escassez e à fome generalizadas, ainda que, no entanto, fosse urgentemente lançado um vasto programa de intervenção que visasse prevenir um tal cenário (puramente hipotético) de catástrofe futura. E, no lance, o autor antecipava ainda um outro cenário não menos sombrio em que se faria igualmente sentir a escassez aflitiva de recursos hídricos, chegando mesmo a acrescentar que os Estados Unidos haveriam de, no processo, sucumbir literalmente de sede em 1984. Ora, chegada a hora da verdade, tudo isso se resumiria num fiasco total, muito embora Ehrlich tenha permanecido até hoje uma autoridade credível para a clique ambientalista mundial, assim como para a poderosa quão enganosa indústria de propaganda dos media oficiais.

Os ambientalistas têm, de facto, insistido, ao longo dos últimos decénios, ora no arrefecimento ora no aquecimento globais como um premente e inadiável problema de sobrevivência mundial e até de salvação da própria humanidade. Assim, em 19 de Abril de 1970, o professor Kenneth E. F. Watt, da Universidade da Califórnia, proferira numa reunião do Dia da Terra que o planeta, em 1990, iria arrefecer cerca de quatro graus relativamente à temperatura média global, e onze vezes mais no ano 2000. Isso por si só significava, segundo o professor universitário, a entrada numa Idade do Gelo cuja referida causa estaria no amiúde aumento de nuvens de poluição atmosférica espalhadas por todo o globo.

O Inverno de 1976-77 foi porventura o mais agreste de todo o século XX. Alarmados pela experiência, alguns ambientalistas apelaram para uma acção urgente por forma a evitar o que decerto admitiam ser o início de uma nova era glacial[92]. E não é que curiosamente nos vem sendo agora dito que a poluição atmosférica que ontem estaria na iminente origem do novo período glacial é afinal o que devém na origem do efeito estufa que faz supostamente com que as calotes polares derretam e o nível do mar suba forçando à evacuação das áreas costeiras.

Não é, pois, por acaso que os líderes ambientalistas vejam no actual sistema de transportes rodoviários, dominados pelo uso particular do automóvel, uma fonte maior de poluição atmosférica e, portanto, uma infraestrutura energética a ultrapassar. Tal é, aliás, o que permite explicar por que razão Paul Ehrlich, numa conferência sobre o ambiente, em 1989, preconizou a subida do preço da gasolina através dos impostos para, mediante esse expediente, reduzir drasticamente o respectivo consumo. E tal é também o que permite explicar por que motivo aqueles líderes hajam por sua vez sugerido uma mudança radical a operar no uso particular do automóvel para um sistema de transportes públicos subsidiados pelo Estado, de modo a que o cidadão se sinta condicionado na sua forma de mobilidade, e, por conseguinte, na sua liberdade de circulação[93].

Ainda em 1970, Rennie Davis, um membro dos “Sete de Chicago”, apregoou enquanto orador, no Dia da Terra[94], o fim do sistema ligado às prerrogativas da ganância pessoal por inibidoras das reais necessidades sociais. E, no lance, enalteceu o Vietname do Norte, a despeito da América continuar militarmente envolvida na Segunda Guerra da Indochina. E dizendo isto mais disse, em jeito de solene proclamação, que o Dia da Terra seria dedicado aos filhos e filhas da Revolução Americana por visarem o derrube do capitalismo para que o mundo se visse finalmente livre das peias da servidão imperialista.

É comummente sabido que os líderes ambientalistas apoiam, de uma forma geral, a preponderância e o reforço da Organização das Nações Unidas. Isso tornou-se, aliás, manifestamente visível em 1990, no Dia da Terra, perante a afirmação sobre a necessidade de se organizar uma poderosa agência internacional com base numa autoridade incontestável para salvaguardar os oceanos, a atmosfera e os demais "bens comuns" perante eventuais ameaças globais. Queria isto, pois, dizer que, caso uma tal agência não lograsse obter os alargados poderes de fiscalização e controle policial, não teria mais como garantir o sucesso mundial em matéria de concertação ambiental. De resto, a Time Magazine, a 9 de Outubro de 1989, antecipava, por seu turno, que o decisivo impulso teria que passar pelo recurso a uma polícia ambiental das Nações Unidas com inteira capacidade de intervenção em todo o mundo no intuito de "proteger e salvaguardar" os recursos naturais do planeta.

O Dia da Terra, em 1990, vira entretanto a sua actividade coordenada por 120 países, com os seus organizadores cada vez mais comprometidos numa agenda política ambiental fortemente regulamentada. Ora, segundo eles, a devastação generalizada do meio ambiente constituía um problema de tal forma grave que seria doravante inevitável uma coligação de esforços internacionais para fazer face a uma situação de crise e emergência globais para a qual nenhuma nação estaria, por si mesma, minimamente preparada e munida dos meios necessários para a solucionar[95]. E, nessa medida, as suas palavras eram, de facto, bastante reveladoras dos desígnios já então almejados, a saber: a campanha internacional em curso, em vez de ter como real objectivo a salvaguarda do meio ambiente, destinava-se sobretudo a consolidar um controlo global sobre a sociedade humana e a existência de cada indivíduo em particular.


Richard N. Gardner

Membro do CFR, o professor Richard N. Gardner, da Universidade Columbia, achou útil preconizar, na revista Foreign Affairs, numa edição vinda a lume na Primavera de 1988, o aproveitamento das questões ambientais para assim justificar a bandeira do internacionalismo. Já, porém, numa outra edição da Primavera de 1989, a então vice-presidente do World Resources Institute (WRI), Jessica Tuchman Mathews, também ela um membro do CFR, afirmou, na mesma revista, que os problemas ambientais, transcendendo as fronteiras nacionais, indiciavam querer derrubar os princípios sagrados definidores da soberania nacional. Desta feita, eis porque semelhantes declarações, auspiciando uma projecção indesmentível no quadro das relações internacionais, ilustrem até que ponto as “recomendações” normalmente inscritas nas célebres páginas da Foreign Affairs venham a posteriori a traduzir-se na linha norteadora da política externa dos Estados Unidos.

Na busca de um sistema internacional multipolar estão, de facto, as imprescindíveis organizações globalistas puramente determinadas em aproveitar as chamadas “crises ambientais” na base inexorável de um conveniente pretexto em que os fins sempre justificam os meios. Nessa matéria, o professor universitário Richard N. Gardner incitou ao uso apropriado de cinco expedientes indispensáveis para fazer avançar ainda mais o internacionalismo, sendo o primeiro o do ambiente, seguindo-se os da energia e das armas nucleares, das drogas, da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e, last but not least, o da população. Não esqueçamos, porém, que, durante a designada Guerra Fria, a ameaça de um holocausto nuclear chegou a constituir a arma psicológica mais eficaz usada pelos arquitectos do mundialismo para justificar o fim das soberanias nacionais, arma essa só suplantada nos dias de hoje por outra porventura ainda mais psicologicamente aterrorizadora, ou quiçá mais emocionalmente mobilizadora das massas ignaras: a arma das chamadas “alterações climáticas”, por alegadamente susceptível de desencadear a destruição do planeta e a extinção da humanidade, se nada entretanto for feito consoante exigem os “especialistas” da “ciência climática”, os activistas da “economia verde” e os agentes políticos mundiais na sua aturada perseguição dos objectivos e metas da ONU para o "desenvolvimento sustentável", no ademais cínico pretexto de pôr fim à pobreza, promover a prosperidade global e proteger o meio ambiente.

O bilionário Laurence Spelman Rockefeller (1910-2004) foi até recentemente um dos membros da poderosa dinastia americana de industriais e banqueiros que fez a sua fortuna no ramo do petróleo nos séculos XIX e XX[96], quando John Davidson Rockefeller e o seu irmão William Rockefeller fundaram a maior companhia do seu tempo, a Standard Oil Company, fundada em 1870 e encerrada em 1911. Tendo chegado a ser o director do Dia da Terra em 1990, já antes averbara, num artigo do Reader’s Digest, em Fevereiro de 1976, que se a humanidade não adoptasse voluntária e democraticamente um novo padrão de vida mais simples, seria muito provavelmente forçada a fazê-lo. E mais aventara que alguns analistas e economistas vinham já avisando para o facto de, a continuar assim o elevado ritmo de consumo dos recursos disponíveis à época, a única forma de se poder vir a estabelecer um possível equilíbrio entre a oferta e a procura seria mediante o inevitável recurso a medidas de controlo autoritário.

A dinastia Rockefeller têm-se largamente dedicado, nos últimos decénios, a criar, financiar e a utilizar como arma de arremesso aquilo que é hoje geralmente conhecido como o movimento ecologista, também popularmente designado por “movimento verde”[97]. Desse modo, sob o pretexto de conterem o alegado “aquecimento global” de origem supostamente antrópica, os Rockefellers têm “filantropicamente” aplicado a sua fortuna no financiamento sistemático de políticos, académicos e jornalistas venalmente comprometidos na falsa propaganda mundialista das chamadas “alterações climáticas”[98]. De resto, os Rockefellers também têm sido pródigos em financiar com grande sucesso funcionários governamentais para realizarem “investigações” politicamente tendenciosas sobre empresas de energia e organizações sem fins lucrativos.

A título de exemplo, o Rockefeller Brothers Fund chegou a doar, em 26 de Junho de 1987, 225,000 dólares para o Worldwatch Institute para que este pudesse publicar a sua revista World Watch. Nisto, o Rockefeller Brothers Fund foi igualmente pródigo em doar dinheiro para o Environmental Law Institute, o Sierra Club Foundation, o World Resources Institute e o Natural Resources Defense Council (NRDC). Já o Rockefeller Family Fund (RFF), programaticamente orientado para objectivos de política pública, financiou o American Environment, o Environment Policy Institute, a Friends of the Earth Foundation, o NRDC e o Sierra Club Legal Defense Fund. Por seu turno, a Fundação Rockefeller apoiou financeiramente[99] o NRDC, o World Resources Institute e o Population Council, tendo este último recebido, em 1988, três subsídios no valor de 125,000 dólares.

A Fundação Rockefeller reportou ainda ter doado, em 1988, três subsídios no valor de 141,490 dólares à Universidade de Pequim, para que esta encetasse estudos sobre a população chinesa, sobretudo da política oficial respeitante à população rural, em que avultam o aborto e a esterilização como prática recorrente. Outras mais fundações isentas do pagamento de impostos, que não a Rockefeller, têm igualmente contribuído através da sua esfera de influência para fazer avançar significativamente a agenda mundial ambientalista. É o caso da poderosa Fundação Ford mediante o financiamento oportuno de organizações como sejam o Environmental Policy Institute, o NRDC, o Population Council e o World Resources Institute. De resto, a Canergie Corporation of New York procedeu, por sua vez, a significativas doações para o Environmental Policy Institute, o NRDC e o World Commission on Environment and Development (WCED), em Genebra.


Atlas statue, Rockefeller Center, NYC







No cômputo geral, a agenda dos Rockefellers em matéria ambientalista reporta-se sobretudo a questões directamente relacionadas com o controlo e a restrição da liberdade humana mediante um vasto sistema totalitário de poder, dominação e governo mundial. E, nesse aspecto inegável, o já falecido patriarca da poderosa dinastia estadunidense, o bilionário globalista David Rockefeller, deu realmente a conhecer, em 2002, nas suas Memórias autobiográficas, o seu papel de influente conspirador contra os interesses dos Estados Unidos em prol de uma autocracia política e económica mundialmente centralizada:

“Some even believe we [the Rockefellers] are part of a secret cabal working against the best interests of the United States, characterizing my family and me as internationalists and of conspiring with others around the world to build a more integrated global political and economic structure — one world, if you will. If that's the charge, I stand guilty, and I am proud of it.”

Dessa forma, não é, pois, de admirar que David Rockefeller tivesse ainda enaltecido, em 1973, no New York Times, a revolução comunista chinesa nos seguintes termos:

“Whatever the price of the Chinese Revolution, it has obviously succeeded, not only in producing more efficient and dedicated administration, but also in fostering a high morale and community purpose.”

E mais disse sobre o líder mundial responsável por um dos maiores genocídios na história da humanidade:

"The social experiment in China under Chairman Mao’s leadership is one of the most important and successful in human history."

Existe, aliás, um testemunho valioso sobre o facto inquestionável dos Rockefellers procurarem obter a desejada consolidação do domínio mundial. Esse testemunho pertence por direito ao já falecido cineasta de Hollywood, Aaron Russo, vivido na primeira pessoa quando fora convidado pelo seu amigo Nick Rockefeller para fazer parte do Council on Foreign Relations (CFR). Ao ter recusado, Russo ficou, no entanto, a saber pelo seu amigo que o objectivo último é, na verdade, fazer com que toda a gente seja microchipada para dessa maneira submeter toda a sociedade a uma apertada vigilância pela elite mundial mediante um consolidado sistema bancário transnacional. Em suma: o establishment mundialista conspira efectivamente para ver toda a gente rastreada e totalmente controlada por centrais e estações de informação em rede digital integrada[100].

Ora, a instigada crise do "coronavírus chinês" conseguiu afectar, numa questão de semanas, todo e qualquer aspecto do dia-a-dia do comum do cidadão, tornando-se, à medida que o tempo corria, no pretexto ideal para impulsionar a monumental transformação digital pelo recurso às rigorosas medidas de controlo e vigilância adoptadas por quase todos os governos do mundo. E, no lance, ouviram-se ainda as mais variadas vozes do espectro económico, político e académico pugnar pela estrita necessidade de, face ao perigo propagandeado, ser preciso agir globalmente para a total restruturação do sistema de vida social dominante, para tanto alegando estarmos perante uma oportunidade única para tudo alterar radicalmente numa base tecnocientífica que, a prosseguir segundo os desígnios da elite mundial, nos conduzirá apenas a uma tecnocracia global assente na mais cruel, pungente e opressora tirania jamais empreendida em toda a existência da humanidade. E se bem que a preponderante narrativa das “alterações climáticas” pareça ter cedido lugar à emergente e obsessiva crise do “vírus chinês”, a verdade é que ambas coincidem agora na caracterização do inimigo comum conforme os frequentes apelos dissimulados da Organização das Nações Unidas.

Esta coincidência pode, de resto, ser perfeitamente explicada da seguinte forma: as “alterações climáticas” e o novo vírus convergem para um mesmo fim, isto é: instilam na percepção comum mais ingénua a crença de que existem perigosas ameaças globais que requerem medidas e soluções urgentes a adoptar no domínio prático da actividade científica. Razão pela qual avulta novamente a poderosa dinastia dos Rockefellers, uma vez sabido que as fundações e instituições sob a sua alçada se mostram profundamente empenhadas na pesquisa médica e no impacto das novas transformações biocientíficas ao nível da medicina socializada. Basta, para o efeito, remontar ao final da década de 1950 onde veio à baila o Special Studies Project promovido pelo Rockefeller Brothers Fund, de que resultou o Prospect for America: The Rockefeller Panel Reports, para então ficarmos a saber que foi precisamente nessa altura que uma projectada agenda despontou para modelar a nova ordem internacional em toda a sua vasta dimensão política, socioeconómica e espiritual.

O referido relatório era, pois, perfeitamente revelador ao afirmar que as questões de saúde global, particularmente associadas à oceanografia e à meteorologia, constituíam decerto importantes áreas a considerar em função da sua dimensão internacional ou da sua interconectividade planetária. Henry Kissinger viria, aliás, a ser o principal arquitecto do projecto mundialista em causa. E assim sendo, os Rockefellers, para mais envolvidos na criação da Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948, estariam desde então envolvidos em campanhas alarmistas sobre pressupostos problemas de saúde global e questões ambientais de maneira a incutir as mais variadas soluções arquitectadas no plano internacional de modo a fazer vingar os seus interesses e ambições próprias[101].






Em 2010, a Fundação Rockefeller e a empresa de consultoria Global Business Network divulgaram o relatório intitulado Scenarios for the Future of Technology and International Development. O relatório fora especialmente delineado com o propósito de investigar quatro cenários mundiais para o futuro, a saber: Lock Step, Clever Together, Hack Attack e Smart Scramble. O primeiro desses cenários, Marcha Sincronizada (Lock Step), descreve como em função de uma severa pandemia nasce um mundo sujeito ao apertado controlo governamental piramidal e à correspondente liderança autocrática com limitadíssimas implicações na geral prosperidade e liberdade de circulação do cidadão, tal como se tem verificado de uma forma surpreendentemente idêntica no caso da corrente “crise pandémica”.

No mesmo relatório sobressai igualmente como a prospecta pandemia teria efeitos nefastos impactantes sobre inúmeras economias, com a geral suspensão da mobilidade internacional de pessoas e bens, a destruição das mais variadíssimas indústrias, entre as quais a do turismo, bem como a ruptura na cadeia de distribuição global de produtos, bens e serviços de primeira necessidade essenciais para a vida e existência humanas. Acresce a isto, no relatório em causa, o esvaziamento local de escritórios e lojas outrora movimentadas por clientes e funcionários durante longos meses a fio, para já não falar nas previsões feitas sobre o controlo rigoroso de indivíduos e agregados populacionais para conter o surto pandémico. E eis que, no lance, o governo chinês surge, por sua vez, modelarmente retratado na sua rápida imposição e aplicação da lei no âmbito da quarentena obrigatória exercida sobre todos os seus súbditos, assim como no rigoroso fecho das suas fronteiras, salvando, por conseguinte, milhões de vidas e impedindo a tempo o alastramento do vírus de modo a permitir, ao invés dos demais países, uma mais rápida e sustentada recuperação pós-pandémica.

O esquema, tal como descrito no relatório, é por demais evidente: a China seria um bom exemplo a seguir para as outras nações do globo. E perante um tal cenário, os líderes mundiais passariam a impor, na sua preconizada luta contra a pandemia, um cardápio condicionante de regras e restrições draconianas, desde o uso obrigatório das máscaras até à verificação da temperatura corporal para que fosse permitida a entrada em espaços comunais como, por exemplo, nas estações de comboios e nos supermercados. Mais: uma vez travada a pandemia, todo o sistema de controlo autoritário e de cabal monitorização dos cidadãos manter-se-ia indelevelmente intacto, se não até mais apertado ainda.

Muitas das soluções tecnológicas aventadas no relatório coincidem, curiosamente, com as soluções adoptadas na presente “pandemia”, como,  por exemplo, o uso de imagens por ressonância magnética funcional (fMRI), uma tecnologia avançada instalada em aeroportos e demais locais públicos a fim de detectar variações no fluxo sanguíneo em resposta à actividade neural, ou simplesmente detectar comportamentos suspeitos indicadores de intenções antissociais; a utilização de novos diagnósticos expressamente desenvolvidos para detectar doenças transmissíveis; a especial aplicação de análises clínicas enquanto condição essencial para que um paciente possa ter alta do hospital ou para que um recluso possa ser liberto sem agravado risco de infecção para a comunidade; a utilização de tecnologias telepresenciais de baixo custo e dos mais sofisticados sistemas de comunicação para compensar as restrições impostas aos viajantes; a criação, por parte de numerosos governos, de sistemas de vigilância, fiscalização e censura de conteúdos na Internet, à semelhança do sistema de firewall ou Escudo Dourado usado na China, até agora conhecido como o maior sistema de censura da Internet no mundo.

Em 2014, o vírus Ebola encheu as manchetes do mundo, se bem que permanecesse limitado à África Ocidental. O novo surto epidémico tornou-se, contudo, um motivo de acrescido interesse para o Fórum Económico Mundial, dando lugar, em 2015, ao relatório intitulado Managing the Risk and Impact of Future Epidemics: Options for Public-Private Cooperation, redigido em colaboração com o Boston Consulting Group. Em vista estava, pois, o seguinte:

«There is also momentum now behind an agenda for change regarding how the global community will respond to outbreaks and epidemics in the future. The challenge is to translate this passion and commitment into public-private collaboration models that are better prepared to engage collectively in the next crisis.»

No mesmo ano, o magnata Bill Gates, um assíduo colaborador do Fórum Económico Mundial, alertou, numa conferência TED[102], para a possibilidade de poder vir a ocorrer uma nova pandemia para a qual muito provavelmente o mundo não se acharia nas melhores condições para dar uma resposta convincente e adequada. Não obstante, nem tudo, a seu ver, estaria irremediavelmente perdido, visto que seria já possível dispor de satélites e celulares de avançada tecnologia aptos a informar e monitorizar os movimentos de cada indivíduo em particular, além da produção de novas vacinas especialmente desenvolvidas para as então prováveis e sucessivas crises epidémicas. Em todo o caso, seria ainda preciso patrocinar um sistema global de saúde a fim de prover a uma melhor coordenação mundial perante as novas dificuldades e desafios do porvir.

Nisto, uma concertação cada vez mais articulada se fora entretanto operando entre o Fórum Económico Mundial (WEF), a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Fundação Bill & Melinda Gates, a GlaxoSmithKlein e a Johnson & Johnson para, entre outras organizações e agências de concentração mundialista, dar-se início a um processo de progressiva fusão entre a comunidade internacional, as políticas públicas e o sector privado sob a superintendência de líderes globais envolvidos em ambíguas quão comprometedoras solidariedades precursoras da já visionada nova ordem mundial. E é precisamente neste ambiente francamente suspeito que surge, em 2019, o relatório intitulado Outbreak Readiness and Business Impact: Protecting Lives and Livelihoods across the Global Economy, conjuntamente redigido pelo Fórum Económico Mundial e o Harvard Global Health Institute.


Ora, nesse relatório conclui-se que:

«…with increasing trade, travel, population density, human displacement, migration and deforestation, as well as climate change, a new era of the risk of epidemics has begun. The number and diversity of epidemic events has been increasing over the past 30 years, a trend that is only expected to intensify.»

E assim estava dado o mote para que a comunidade empresarial internacional agisse em ordem a supostamente proteger o planeta num imaginado cenário dominado por sucessivas crises pandémicas. Para o efeito, juntam concertadamente forças a Universidade Johns Hopkins, a Fundação Bill & Melinda Gates[103], bem como um amplo leque de grupos de interesse, nomeadamente o de Henry Schein, um fornecedor de cuidados de saúde, no intuito de realizar uma simulação ao vivo em Outubro de 2019. Nessa simulação entrariam inclusivamente os centros chineses e americanos de controlo de doenças, por forma a resultar no quase completo fechamento da sociedade seguida duma recessão económica em tudo semelhante à crise mundial que meses mais tarde despoletaria em Março de 2020 e nos dias, semanas, meses e anos por vir, no mínimo. No fundo, uma tal simulação ao vivo, designada por Evento 201, seria, acima de tudo, um exercício especialmente destinado a antecipar e a preparar as poderosas forças do internacionalismo numa mega-operação de controlo da população mundial, ou, se quisermos, um exercício que em breve se tornaria numa realidade inquestionável para os que sobretudo tivessem o privilégio de participar activamente do seu planeamento e para aqueles poucos indivíduos inteligentemente capazes de surpreender os distópicos trâmites da nova agenda global transhumanista.

Por essa altura, dava-se basicamente a conhecer na Comissão Europeia um ambicioso plano, o European Green Deal, com o objectivo de implementar a chamada “economia circular” e, assim, transformar no seu todo a sociedade por meio da tecnologia digital para que, desse modo, se pudesse cumprir de antemão a Agenda 2030 das Nações Unidas a fim de se alcançar a neutralidade carbónica em 2050. E, de facto, no final de Novembro de 2019, o Parlamento Europeu acabaria por declarar a “emergência climática” enquanto simultaneamente propugnava pela liderança na luta contra a “ameaça existencial” do “aquecimento global”. E se bem que nem todos os países europeus tivessem aprovado na íntegra o pacote de políticas decorrente da agenda ambientalista, várias vozes críticas se fizeram de imediato ouvir num tom puramente alarmista, declarando a falta de tempo para agir, ou que a hora para o fazer não mais podia ser protelada para bem do planeta.

Em Março de 2020, eis então que a Organização Mundial de Saúde (OMS), por intermédio do seu director-geral, o dr. Tedros, decidira finalmente declarar ao mundo a nova pandemia de COVID-19[104], anunciando de seguida um conjunto de medidas estreitamente relacionadas com as duras políticas ambientalistas até aí não inteiramente adoptadas por uma parte considerável dos países do globo. Ora, dentre essas políticas passariam a vigorar a suspensão de grande parte das actividades económicas, a diminuição brusca do consumo e a paralisação internacional do tráfego aéreo. No ínterim, assistir-se-ia ainda a um processo de confinamento sem igual da população em geral, e de quarentena selectiva de pessoas, famílias e grupos em particular, bem como a uma transferência das cotidianas actividades sociais, escolares e laborais para o mundo da virtualidade digital.

Agora, estamos quase todos praticamente reféns de um controlo inédito na história da humanidade, em que uma nova forma de identificação digital prepara-se para ser introduzida nos organismos humanos de acordo com os meios e os recursos disponibilizados pela Fundação Rockefeller em parceria com a Microsoft e a Aliança Global para as Vacinas (GAVI)[105], sendo esta, aliás, uma iniciativa da Fundação Bill e Melinda Gates constituída no ano 2000 nos termos de uma parceria público-privada, para a qual outrossim concorrem, a par dos governos de vários países, a Organização Mundial de Saúde (OMS), a UNICEF e o Banco Mundial, entre outras agências e organizações unimundialistas. Assim, o futuro se encarregará de fazer prevalecer, em face da passividade dócil das populações condenadas a uma resignada servidão, a patente discriminação entre os ditos vacinados presumivelmente livres para voltarem à sua vida coercivamente interrompida e os apodados negacionistas condenados às mais inconcebíveis privações, razias e perseguições em tudo incompatíveis com a livre existência humana. É, numa palavra, a Quarta Revolução Industrial[106] tal como particularmente visionada pelos mentores do Fórum Económico Mundial[107], e pelas poderosas e lucrativas mega-corporações tecnológicas dominantes.

Diga-se ainda, de passagem, que Soros, os Rockefellers e os Rothschilds, assim como os seus demais parceiros e homólogos bilionários recorrem habitualmente ao esquema das fundações isentas de impostos, por, sem dúvida, configurarem um dos elementos-chave que certamente concorrem para a arquitectura financeira do Estado Sombra. Já vimos, aliás, como a dinastia dos Rockefeller consegue operar mediante uma complexa rede de mega-fundações munidas de biliões de dólares[108], com destaque para o Rockefeller Brothers Fund, a Rockefeller Foundation e a Rockefeller Family Fund. Esta rede é, por sua vez, dada a financiar outras fundações que estejam em perfeita sintonia com a agenda mundialista dos Rockefellers, num intrincado e complicado jogo de interesses onde só quem porventura detém o devido acesso ao correspondente fluxo financeiro poderá realmente compreender a dinâmica subjacente à construção hegemónica da nova arquitectura mundial. Daí, por conseguinte, que George Soros tenha já conseguido realizar a transferência de 18 biliões de dólares para a sua Open Society Foundations, que, por seu turno, tem fundamentalmente servido para financiar centenas de causas, fundações e organizações subversivas em todo o mundo[109].

A acção deletéria de todas estas fundações americanas apostadas na subversão da liberdade, da prosperidade económica e da independência política da América e restantes nações do globo, não constitui propriamente uma novidade por aí além. De facto, já o Congresso americano dispusera-se a criar, em 1952, o Select Committee to Investigate Tax-Exempt Foundations and Comparable Organizations, por vezes conhecido como o Cox Committee e o Reece Committee de acordo com o nome dos seus dois presidentes. O seu objectivo consistia, entre outras tarefas, em investigar se as fundações em causa estariam apoiando o comunismo, o que, bem entendido, se revelou pior ainda, como, para o efeito, o director de equipa do Comité, Norman Dodd, numa entrevista exclusiva conduzida por G. Edward Griffin, dera a conhecer ao público em 1991.

Segundo Dodd, o então presidente da Fundação Ford, H. Rowan Gaither, te-lo-ía chamado para ir ao seu gabinete em Nova Iorque. Dodd dissera que Gaither lhe perguntara, “off the record”, por que razão o Congresso mostrara tanto interesse em investigar as actividades de fundações como a Ford Foundation, adiantando ainda, entre outras coisas, que muitos dos membros da fundação que presidia envolvidos na elaboração e tomada de decisões políticas haviam também estado envolvidos com as agências de inteligência impregnadas de comunistas nos altos escalões, e que as directivas políticas particularmente dirigidas às fundações provinham, pois, directamente da Casa Branca. E fora então, para inusitado espanto de Norman Dodd, que Gaither largara a bomba: “Mr. Dodd, we are here to operate in response to similar directives, the substance of which is that we shall use our grant-making power to so alter life in the United States, that it can be comfortably merged with the Soviet Union.”




 

O relatório final revelou-se, ao fim ao cabo, surpreendente: “Some of the larger foundations have directly supported subversion in the true meaning of that term — namely, the process of undermining some of our vitally protective concepts and principles”. Ou seja: as fundações investigadas andavam largamente promovendo o internacionalismo e o relativismo moral. E o relatório continuava: “They have actively supported attacks upon our social and governmental system and financed the promotion of socialism and collectivist ideas”. Isto é: o sistema de educação pública estava sendo objecto de uma transformação radical por parte daquelas mega-fundações de modo a instaurar o colectivismo oligárquico.

Segundo Gaither, essa mesma transformação radical jamais teria sido possível se não houvesse sido previamente preparada e organizada para o planeado efeito. Além disso, a corrupção do processo educativo americano continua hoje na ordem do dia, remontando, aliás, ao humanismo progressista perfilhado por John Dewey, também ele financiado por uma das fundações da dinastia Rockefeller, e, como tal, o principal representante do pragmatismo pedagógico e educativo norte-americano. Por outro lado, vários têm sido os inteirados analistas aptos a documentar como certos círculos de Wall Street têm desempenhado um papel fundamental no apoio financeiro ao movimento comunista internacional em particular, assim como ao moderno movimento internacionalista em geral, posto que convergentes num único e mesmo processo subversivo ainda pouco atendido, estudado e devidamente compreendido.

Vale, pois, a pena transcrever um extenso quão elucidativo texto de autoria de Antony C. Sutton em ordem a uma avaliação certeira dos elementos heterogéneos que estiveram desde logo na origem do internacionalismo dominante, destacando aqui o chamado Plano Marburg, tal como ora se segue:

«The Marburg Plan, financed by Andrew Carnegie’s ample heritage, was produced in the early years of the twentieth century. It suggest premeditation for this kind of superficial schizophrenia, which in fact masks an integrated program of power acquisition: “What then if Carnegie and his unlimited wealth, the international financiers and the Socialists could be organized in a movement to compel the formation of a league to enforce peace.”[110]

The governments of the world, according to the Marburg Plan, were to be socialized while the ultimate power would remain in the hands of the international financiers “to control its councils and enforce peace [and so] provide a specific for all the political ills of mankind.”[111]

This idea was knit with other elements with similar objectives. Lord Milner in England provides the transatlantic example of banking interests recognizing the virtues and possibilities of Marxism. Milner was a banker, influential in British wartime policy, and pro-Marxist. In New York the socialist “X” club was founded in 1903. It counted among its members not only the Communist Lincoln Steffens, the socialist William English Walling, and the Communist banker Morris Hillquit, but also John Dewey, James T. Shotwell, Charles Edward Russell, and Rufus Weeks (vice president of New York Life Insurance Company). The annual meeting of the Economic Club in the Astor Hotel, New York, witnessed socialist speakers. In 1908, when A. Barton Hepburn, president of Chase National Bank, was president of the Economic Club, the main speaker was the aforementioned Morris Hillquit, who “had abundant opportunity to preach socialism to a gathering which represented wealth and financial interests.”[112]

From these unlikely seeds grew the modern internationalist movement, which included not only the financiers Carnegie, Paul Warburg, Otto Kahn, Bernard Baruch, and Herbert Hoover, but also the Carnegie Foundation and its progeny International Conciliation. The trustees of Carnegie were, as we have seen, prominent on the board of American International Corporation. In 1910 Carnegie donated $10 million to found the Carnegie Endowment for International Peace, and among those on the board of trustees were Elihu Root (Root Mission to Russia, 1917), Cleveland H. Dodge (a financial backer of President Wilson), George W. Perkins (Morgan partner), G. J. Balch (AIC and Amsinck), R. F. Herrick (AIC), H. W. Pritchett (AIC), and other Wall Street luminaries. Woodrow Wilson came under the powerful influence of – and indeed was financially indebted to – this group of internationalists. As Jennings C. Wise has written, “Historians must never forget that Woodrow Wilson … made it possible for Leon Trotsky to enter Russia with an American passport.”[113]

But Leon Trotsky also declared himself an internationalist. We have remarked with some interest his high-level internationalist connections, or at least friends, in Canada. Trotsky then was not pro-Russian, or pro-Allied, or pro-German, as many have tried to make him out to be. Trotsky was for world revolution, for world dictatorship; he was, in one word, an internationalist.[114] Bolshevists and bankers have then this significant common Ground – internationalism. Revolution and international finance are not at all inconsistent if the result of revolution is to establish more centralized authority. International finance prefers to deal with central governments. The last thing the banking community wants is laissez-faire economy and decentralized power because these would disperse power.

This, therefore, is an explanation that fits the evidence. This handful of bankers and promoters was not Bolshevik, or Communist, or Socialist, or Democrat, or even American. Above all else these men wanted markets, preferably captive international markets – and a monopoly of the captive world market as the ultimate goal. They wanted markets that could be exploited monopolistically without fear of competition from Russians, Germans, or anyone else – including American businessmen outside the charmed circle. This closed group was apolitical and amoral. In 1917, it had a single-minded objective – a captive market in Russia, all presented under, and intellectually protected by, the shelter of a league to enforce the peace.

Wall Street did indeed achieve its goal. American firms controlled by this syndicate were later to go on and build the Soviet military-industrial complex into the age of the computer.

Today the objective is still alive and well. John D. Rockefeller expounds it in his book The Second American Revolution – which sports a five-pointed star on the title page.[115] The book contains a naked plea for humanism, that is, a plea that our first priority is to work for others. In other words, a plea for collectivism. Humanism is collectivism. It is notable that the Rockefellers, who have promoted this humanistic idea for a century, have not turned their OWN property over to others. Presumably it is implicit in their recommendation that we all work for the Rockefellers. Rockefeller’s book promotes collectivism under the guises of “cautious conservatism” and “the public good.” It is in effect a plea for the continuation of the earlier Morgan-Rockefeller support of collectivist enterprises and subversion of individual rights.

In brief, the public good has been, and is today, used as a device and an excuse for self-aggrandizement by an elitist circle that pleads for world peace and human decency. But so long as the reader looks at world history in terms of an inexorable Marxian conflict between capitalism and communism, the objectives of such an alliance between international finance and international revolution remain elusive. So will the ludicrousness of promotion of the public good by plunderers. If these alliances still elude the reader, then he should ponder the obvious fact that these same international interests and promoters are always willing to determine what other people should do, but are signally unwilling to be first in line to give up their own wealth and power. Their mouths are open, their pockets are closed.

This technique, used by the monopolists to gouge society, was set forth in the early twentieth century by Frederic C. Howe in The Confessions of a Monopolist.[116] First, says Howe, politics is a necessary part of business. To control industries it is necessary to control Congress and the regulators and thus make society go to work for you, the monopolist. So, according to Howe, the two principles of a successful monopolist are, “First, let Society work for you; and second, make a business of politics.”[117] These, wrote Howe, are the basic “rules of big business.”





Is there any evidence that this magnificently sweeping objective was also known to Congress and the academic world? Certainly the possibility was known and known publicly. For example, witness the testimony of Albert Rhys Williams, an astute commentator on the revolution, before the Senate Overman Committee:

“It is probably true that under the soviet government industrial life … will perhaps be much slower in development than under the usual capitalistic system. But why should a great industrial country like America desire the creation and consequent competition of another great industrial rival? Are not the interests of America in this regard in line with the slow tempo of development which soviet Russia projects for herself?

SENATOR WOLCOTT: Then your argument is that it would be to the interest of America to have Russia repressed?

Mr. WILLIAMS: Not repressed …

SENATOR WOLCOTT: You say. Why should America desire Russia to become an industrial competitor with her?

Mr. WILLIAMS: This is speaking from a capitalistic standpoint. The whole interest of America is not, I think, to have another great industrial rival, like Germany, England, France, and Italy, thrown on the market in competition. I think another government over there besides the Soviet government would perhaps increase the tempo or rate of development of Russia, and we would have another rival. Of course, this is arguing from a capitalistic standpoint.

SENATOR WOLCOTT: So you are presenting an argument here which you think might appeal to the American people, your point being this, that if we recognize the Soviet government of Russia as it is constituted we will be recognizing a government that cannot compete with us in industry for a great many years?

Mr. WILLIAMS: That is a fact.

SENATOR WOLCOTT: That is an argument that under the Soviet government Russia is in no position, for a great many years at least, to approach America industrially?

Mr. WILLIAMS:  Absolutely.”[118]

And in that forthright statement by Albert Rhys Williams is the basic clue to the revisionist interpretation of Russian history over the past half century.

Wall Street, or rather the Morgan-Rockefeller complex represented at 120 Broadway and 14 Wall Street, had something very close to Williams’ argument in mind. Wall Street went to bat in Washington for the Bolsheviks. It succeeded. The Soviet totalitarian regime survived. In the 1930s foreign firms, mostly of the Morgan-Rockefeller group, built the five-year plans. They have continued to build Russia, economically and militarily.[119] On the other hand, Wall Street presumably did not foresee the Korean War and the Vietnam War – in which 100,000 Americans and countless allies lost their lives to Soviet armaments built with this same imported U.S. technology. What seemed a farsighted, and undoubtedly profitable, policy for a Wall Street syndicate, became a nightmare for millions outside the elitist power circle and the ruling class.»[120]

Posto isto, o próprio David Rockefeller não poderia ter sido mais explícito aquando de um jantar dos embaixadores das Nações Unidas, quanto à sua peculiar antevisão de um mundo sumamente crítico como aquele já hoje manifestamente emergente, a saber:

«Estamos à beira de uma transformação global. A única coisa de que precisamos é de uma grande crise e as nações aceitarão a Nova Ordem Mundial».


Franciscus: o Papa da “justiça social”, do anticapitalismo e da abolição da propriedade

Nos seus relatórios anuais, o Climate Policy Initiative (CPI) tem vindo a assinalar, desde 2010, que biliões de dólares têm sido prodigamente gastos, entre 2011 e 2018, em projectos globais para o alegado combate e prevenção às “mudanças climáticas”. Ora, cinquenta e cinco por cento desse dispêndio tem ido muito particularmente para a energia eólica e solar. E de acordo com relatórios mundiais, a contribuição por via eólica e solar para o consumo energético global tem apenas visto um aumento na ordem dos 0.5% para os 3% entre 2011 e 2018. Enquanto isso o gás, o carvão e o petróleo têm continuado a suprir em 85% o consumo mundial de energia, ao passo que as fontes de energia nuclear e hidroeléctrica prosseguem no aprovisionamento da maior parte do remanescente. Ou seja: cerca de 2 triliões de dólares foi o custo mundialmente suportado para aumentar a quantidade de energia eólica e solar de apenas meio por cento para três por cento num período que se estendeu por oito anos consecutivos. Convém, nessa justa medida, perguntar, pois, o que não custaria ao mundo caso fosse possível aumentar aquela mesma produção de energia de 3% para 100%? E de quanto tempo seria preciso para que assim fosse?

Na realidade, têm-se despendido somas astronómicas de dinheiro em projectos de “economia verde” que somente têm até aqui provado ser, quando muito, praticamente inúteis como se de um escafandro num deserto se tratasse. E grande parte do investimento gasto na produção de energia eólica e solar tem, de facto, gerado um retorno que deixa muito a desejar. Talvez, num futuro porventura próximo, venha a existir uma nova forma de energia livre de carbono, facilmente disponível. Mas até lá, é de longe preferível investir os recursos monetários disponíveis para que possamos então aprender a lidar melhor com questões ambientais concretas em vez de nos atermos a projectos megalómanos já de si bastante duvidosos na suposta mitigação dos efeitos decorrentes das emissões de CO2.

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Podemos dizer, de um modo geral, que a paranoia ambientalista só tende a justificar e reforçar a necessidade de mais e pior internacionalismo. A recorrente expressão “emergência climática” tem sido correntemente usada e abusada para, de uma forma alarmista, sugerir que a vida na Terra tornar-se-á brevemente apocalíptica se a humanidade continuar a dispor dos combustíveis fósseis que normalmente sustentam as comodidades do dia-a-dia, como aquecer casas, conduzir veículos, garantir a produção e escoamento de alimentos, outras mais. A mesma expressão tem sido ademais propalada aos quatro ventos por figuras gradas do globalismo triunfante, como o Papa Francisco[121] e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres[122], ambos perfeitamente sintonizados com a União Europeia para sobressaltar e obrigar o mundo à submissão incondicional perante as sucessivas imposições da agenda ambientalista global[123].

Isto, aliás, não oferece dúvidas quando nos dispomos a seguir a fastidiosa cadeia de abundantes contradições, generalidades e falsidades insertas na encíclica social Fratelli Tutti, do Papa Franciscus. Ora, parte esta encíclica do princípio comum à retórica globalista de que a suposta “pandemia” tornou «evidente a incapacidade de agir em conjunto»[124], e que a já prévia existência de sistemas socioeconómicos próprios de um mundo fechado, por contrapartida a positivas formas de integração política, social e económica – caso do «sonho de uma Europa unida»[125] –, se deve essencialmente a uma regressão histórica mediante não só o ressurgimento de «nacionalismos fechados, exacerbados, ressentidos e agressivos»[126], mas também à intervenção globalizada de poderes económicos ansiosos de se apropriarem financeiramente do mundo impondo para isso um modelo cultural único[127]. Nisto, prosseguindo na recorrente e estafada crítica do «mundo massificado, que privilegia interesses individuais e debilita a dimensão comunitária da existência», onde para mais «aumentam os mercados» e, naturalmente, os consumidores, o Papa anticapitalista insiste em verberar que o «avanço deste tipo de globalismo favorece normalmente a identidade dos mais fortes que se protegem a si mesmos, mas procura dissolver as identidades das regiões mais frágeis e pobres, tornando-as mais vulneráveis e dependentes. Desta forma, a política torna-se cada vez mais frágil perante os poderes económicos transnacionais que aplicam o lema “divide e reinarás”».[128]

Eis, de facto, um estranho desarrazoado propenso a toda a sorte de equívocos e mal-entendidos, uma vez que os tais poderes económicos transnacionais, configuradores do tal globalismo que Sua Excelência o Papa Franciscus julga aparentemente opor-se, são os mesmíssimos poderes que já vêm na infeliz sequência do que o próprio qualifica na forma onírica «de uma Europa unida» que se tem, na verdade, constituído num autêntico pesadelo sob a forma de um crescente e desmedido Super-Estado sistemicamente apostado em uniformizar e destruir a fisionomia espiritual, cultural, financeira, económica e política das várias nações europeias mediante arrogadas políticas de fundo comum preparadoras do euro-mundialismo invasor[129]. Depois, querendo ainda fazer-nos crer que a «liberdade de mercado»[130] era o que até ao aparecimento da “pandemia” estava infelizmente na base do status quo prevalente, o alienado pontífice passa simplesmente uma esponja sobre o facto indesmentível de a centralização do poder euro-mundialista ter sobretudo vindo a processar-se à custa da própria liberdade económica dos povos, e quem diz da liberdade económica, diz também da liberdade política dos mesmos sem a qual a correlativa independência cultural jaz eventualmente ameaçada. E ademais pronunciando-se sobre a solidão, a impaciência, a ansiedade, a tribulação, a incerteza e o medo supostamente despertados pela “tempestade” pandémica, como se de algum modo fossem directamente fruto dos «nossos estilos de vida» e da «organização das nossas sociedades», Franciscus mantém o silêncio total sobre as forças internacionais que têm sistematicamente conduzido, através das noticiosas agências de propaganda e desinformação de todo o mundo, a orquestrada campanha de terror e pânico consistentemente propagada às populações do globo sobre o recalcado “coronavírus chinês”.

Seja como for, o Papa Francisco apela, ao fim ao cabo, para um um novo tipo de globalismo que, conforme já o dissemos, é apenas a perpetuação daquele até aqui persistentemente realizado em nome da "coordenação", da "cooperação" e da "associação" de múltiplos interesses, forças e actividades em jogo desde a primeira reunião realizada em 1954, no Hotel Bilderberg, perto de Arnhem, na parte oriental dos Países Baixos. Nisto, a aversão papal pelo alegado «consumismo febril» ou pelas «novas formas de autoprotecção egoísta» mais uma vez denunciam a sua obsessiva retórica anticapitalista e sua proverbial incapacidade em traduzir a funda complexidade de uma realidade que se não limita a um sentido demasiado valorativo ou transcendentemente afirmativo da salvação humana, isto é, um sentido que indicará só haver para ela um único modo de ser: o do determinismo salvífico. Por outras palavras, esta espécie de determinismo é também, na sua nova versão tecnocientífica, o da absoluteidade emanada de uma autoridade única mundial[131] que exclui, nas condições reais e concretas de espaço e tempo, a existência de entidades intermediárias entre o indivíduo e a humanidade, em especial as nações e as pátrias em sua autonomia, independência e soberania legítimas.

Também no que respeita à questão migratória, a carta encíclica do Papa Francisco é duma atroz e constrangedora incapacidade para simplesmente reconhecer ou fazer valer o nódulo do problema, limitando-se  a censurar «a propaganda de alguns regimes políticos populistas»[132] e vagas «abordagens económico-liberais» para centrar a sua indignação contra «“uma mentalidade xenófoba, de clausura e retraimento em si mesmos”»[133], frequentemente fomentada e explorada para fins políticos que não olham particularmente ao pesado drama de muitas vidas dilaceradas dos que «fogem da guerra, de perseguições, de catástrofes naturais.»[134] E tanto assim é que deixa cair em completo silêncio o  pertinente significado que desde logo se insinua numa transcrição feita no corpo da encíclica extraída do Discurso ao corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé (11 de Janeiro de 2016), a saber: «As migrações constituirão uma pedra angular do futuro do mundo»[135]. E um tal significado desde logo se insinua porque, como sabemos, a Organização das Nações Unidas e a União Europeia estão hoje forçosamente executando um plano que tem por sinistro objectivo a transferência obrigatória para a Europa de cerca de 56 milhões de indivíduos vindos maioritariamente de África até ao ano 2050[136].

Esta visada “recolocação migratória” tem vindo a ser cuidadosamente planeada e zelosamente cumprida pelo menos desde o ano 2000, basicamente sob os auspícios suplementares de agências globalistas interligadas para o devido efeito, além das indispensáveis organizações ditas não-governamentais entre as quais relevam a International Organization for Migration, o Global Migration Group e o Africa-EU Partnership. Aliás, todas estas organizações encontram-se de alguma forma ligadas ao Banco Mundial que assim as financia no âmbito do culto internacional que dá pelo nome de “Desenvolvimento Sustentável” e é especialmente conhecido como Agenda 2030 das Nações Unidas. Posto isto, convém, no entanto, saber distinguir o facto de termos infelizmente uma série de líderes políticos mundialmente comprometidos num premeditado movimento migratório global de desígnios e consequências totalmente desconhecidas para o público em geral, e o facto de existir um fenómeno migratório naturalmente orgânico onde acaba por ser sempre possível encontrar migrantes económicos à procura de uma vida melhor, quando não mesmo refugiados ou requerentes de asilo que conseguiram fugir a tempo de zonas de guerra inclusivamente criadas por países membros da NATO, esperando assim serem naturalmente acolhidos e devidamente protegidos segundo as regras comuns do direito humanitário internacional, independentemente da sua origem religiosa, étnica e racial.


De resto, a parábola do bom samaritano[137], particularmente usada pelo Papa Francisco para vincar uma sociedade inclusiva por contrapartida a uma sociedade da exclusão, se, por um lado, parece servir para genericamente simbolizar na carta encíclica uma total abertura a um novo mundo sem fronteiras[138] onde predomina a «amizade social» e a plenitude do amor  – a caridade[139], em suma –, por outro lado nunca é aí plenamente assumida para dar a conhecer de que modo paira a iminente ameaça de um mundo-bolha como o que agora inexoravelmente desponta no âmbito avassalador duma tecnocracia mundialista de múltiplas máscaras e incontáveis disfarces. E, como já vimos anteriormente, este mundo-bolha não é simplesmente o mundo dos interesses egoístas e das ambições individuais que o Papa Francisco vê projectado nos termos de «um modelo de globalização que “visa conscientemente uma uniformidade unidimensional e procura eliminar todas as diferenças e as tradições, numa busca superficial de unidade (...)»[140]. Ele é, acima de tudo, um mundo inteiramente dominado pela tecnologia transhumanista assente na programação mental e na manipulação genética da humanidade, bem como na moeda digital centralizada e no controlo oligárquico da sociedade global através das agências e organizações internacionais doravante comprometidas na Agenda 2030 da Nações Unidas.

Por aqui se pode, aliás, explicar o inusitado silêncio do Papa Franciscus sobre as medidas restritivas desproporcionadas[141] que, a pretexto da “pandemia” de COVID-19, têm posto sistematicamente em causa os direitos inalienáveis de milhões de cidadãos em todo o mundo, quer ao nível das liberdades civis quer no domínio da liberdade religiosa doravante comprometida na sua própria jurisdição e sobretudo na forma de celebração e administração da Missa e dos sacramentos, nomeadamente o sacramento da Sagrada Eucaristia[142]. Convém, porém, notar que a ameaça à liberdade religiosa em nome da segurança sanitária não se tem limitado à Igreja Católica mas também a um sem-número de congregações não-cristãs, constituindo desse modo um sinal dos tempos que não é de somenos entre todos os demais sinais que configuram o prelúdio de uma autocracia mundial emergente, a avaliar pela forma como esta procura dividir e isolar os cidadãos entre si[143], separar as crianças dos pais, os netos dos avós, os estudantes dos professores, os fiéis dos pastores, os consumidores dos fornecedores, enfim, um mundo cruelmente fechado em si mesmo onde somente vegetam esboços de almas penadas sem nome e sem rosto perpetuamente confinadas a um simulacro de realidade tecnologicamente virtual. E é, pois, neste mesmo sentido que o arcebispo Carlo Maria Viganò afirma e bem que o Papa Franciscus tem sido infelizmente um aliado bastante útil do Estado Sombra e da China comunista no que particularmente respeita à iminente precipitação do mundo na sombria direcção do socialismo globocrático na projectada forma do “Great Reset”.

Daí, inevitavelmente, a questão fulcral da propriedade, que o Papa Francisco começa por remeter, no contexto encíclico, para os primeiros séculos da fé cristã onde, entre outros, afloram os ensinamentos de São João Crisóstomo e São Gregório Magno acerca dos pobres e do sentido universal «sobre o destino comum dos bens criados».[144] Nesta linha, o Papa, na esteira de João Paulo II, lembra «que “a tradição cristã nunca reconheceu como absoluto ou intocável o direito à propriedade privada, e salientou a função social de qualquer forma de propriedade privada”», acrescentando que o «princípio do uso comum dos bens criados é o “primeiro princípio de toda a ordem ético-social”, é um direito natural, primordial e prioritário»[145]. Logo, invocando ainda a autoridade de Paulo VI, preconiza que todos os outros direitos, «incluindo o da propriedade privada», devem antes de mais facilitar a realização do «primeiro princípio de toda a ordem ético-social», e, nessa mesma medida, o «direito à propriedade privada só pode ser considerado como um direito natural secundário e derivado do princípio do destino universal dos bens criados», pelo que «isto tem consequências muito concretas que se devem refletir [sic] no funcionamento da sociedade»[146].

Acontece que a propriedade, sendo muito mais do que uma relação económica balizada por uma função social tal como a tradicionalmente preconizada pela doutrina social da Igreja, revela, na verdade, um significado profundamente enraizado na substância religiosa e no carácter inalienável que especialmente a caracteriza em virtude do conhecimento que da parte do homem para ela própria reverte e que, entregue a si mesma, jamais alcançaria. Neste sentido, a propriedade, jamais se dando a confundir com a satisfação imediata de carências e desejos, nem muito menos com o que a todos é comum seja em termos de um uso forçado pela necessidade, seja em termos de um «direito natural secundário» supostamente derivado «do princípio universal dos bens criados», é sobretudo a pedra-angular da civilização sem a qual todas as coisas, por exclusivamente limitadas à posse, redundam na própria destruição enquanto formações fugazes a serem consumidas e dissolvidas num estado de primitiva ou porventura sofisticada barbárie. Ora, sobre a propriedade propriamente dita, diz-nos Orlando Vitorino, remontando ao direito romano, o que decerto mais importa saber:

«A forma predominante no direito romano não é, pois, o contrato, mas a propriedade, que tem o significado que na palavra verbalmente se exprime: o que é próprio das coisas, o que reside nas coisas mesmas e não em quem as possui. Em direito romano não se poderá dizer, como em direito moderno, que “as coisas são propriedade de alguém”, mas sim que “as coisas têm propriedade”.

À propriedade chamaram os romanos mancipium, dominium e, por fim, proprietas. A primeira designação é a original, a que mais próxima está do que a propriedade é, mas foi essa mesma a que de tal modo se abandonou ou esqueceu que os romanistas confessam a impossibilidade de a traduzirem em linguagem jurídica moderna[147].

Como a propriedade está nas coisas e não em quem as possui, a distinção fundamental do direito romano estabeleceu-se como uma distinção entre as coisas, entre as res mancipi e as res nec mancipi, isto é, entre as coisas que têm propriedade e as coisas que não têm propriedade. Surge esta distinção nos primórdios do sistema e ainda perdurava no período da decadência. Gaius enumera exemplos de res mancipi e de res nec mancipi. Entre as primeiras está o que diz serem “as coisas mais preciosas”: terras, casas, escravos; entre as segundas, está o dinheiro[148].

Sendo o que é próprio da coisa, ao constituir uma relação entre a coisa e o homem, a propriedade obriga o homem. Possui substância religiosa, tem carácter inalienável e é susceptível de total independência perante o contrato que a sujeitaria às decisões que entre si os homens entrelaçam[149].

A propriedade é, pois, muito mais do que uma relação económica. Virgílio ergueu seus louvores a Júpiter, o deus antes do qual “tudo era comum”, porque fez conhecer aos homens a propriedade “ensinando-os a dividir os campos e marcar-lhes os limites” e assim deu origem ao saber humano, à “eclosão das artes”[150].

No primitivismo, que tanto pode ser um estado de barbárie em que “tudo é comum” como a expressão, ainda infantil ou já caduca, de uma mentalidade elementar, o homem vê-se extremamente carecente e quase só é um ser de necessidade. Então, a sua relação com as coisas é, não a da propriedade, mas a posse que se destina à satisfação imediata de carências e desejos. Quando se encontra perante a coisa e se apossa dela, é para a destruir: seja porque, forçado pela necessidade, dela carece para se alimentar e vestir, seja porque outra relação não conhece. Ignora que as coisas podem não ser pura passividade e abandono, mas guardam algo de inviolável, uma espécie de ser que lhes é próprio. Porque a propriedade, distinguindo-se da posse, reside no conhecimento disso que é próprio das coisas. Mais do que adquirir-se, a propriedade assume-se, revela-se, conhece-se; consiste, da parte da coisa, na dádiva do que lhe é próprio e, da parte do homem, no conhecimento do que a coisa tem de inviolável. Como, ao contrário do homem, a coisa é destituída da faculdade de a si se conhecer, do homem lhe reverte esse conhecimento, dele recebe o modo de existência que, entregue a si mesma, jamais alcançaria. Com efeito, em si mesma, a existência da coisa é a mais próxima da matéria informe, contínua e infinita, tão próxima da não-existência ou do nada que quase não oferece resistência à destruição a que a sujeita a posse; poder-se-á até dizer que, abandonada a si mesma, a coisa, e com ela a natureza e o mundo, acabaria por se dissolver e regressar à matéria informe. O conhecimento que do homem lhe reverte, em troco da dádiva que ela de si lhe faz, é o que segura a sua quase não-existência numa forma definitiva, numa “presença” que é repouso da coisa em si mesma sendo para outrem.

Deste modo, em vez da destruição em que consiste a posse, a propriedade faz que a coisa seja para o homem e o homem para a coisa. Manifesta-se ela, não no uso e abuso, mas na fruição em que o homem é o outro de que a coisa carece a fim de suprir a alienação, separação ou distância que é condição de todo o conhecimento (pois o que a si mesmo se conhece separa-se de si, faz-se o outro de si para se conhecer) e a fim de assumir, na “presença”, no repouso em si mesma sendo para outrem, a única afirmação a que os corpos podem aceder.

A relação entre o homem e o mundo é uma relação de mútua complementaridade. Desde sempre as coisas, a natureza e o mundo aí estão, não há lugar em que não estejam, são elas mesmas o lugar do homem. Depois oferecem-se-lhe, ao homem e à sua necessidade, às carências que só elas podem satisfazer. E num primeiro momento, na posse primitiva, são, para o homem, o prolongamento do corpo.

A propriedade transcende este momento e faz da relação entre o homem e o mundo uma entrega mútua, uma harmonia sem a qual não há existência tranquila e feliz, nem a repousada ociosidade, criadora do saber e da arte, tem sentido, nem as virtudes se poderão formar no mesmo ritmo natural em que emerge a presença dos corpos, em que os seres se abrem e a vida se vai vivendo. Sem a propriedade demonstrou Aristóteles que não existirão as virtudes de carácter mais convivente: a amizade, que só se forma quando “se podem pôr à disposição dos amigos as coisas que se possuem e frui-las em comum com eles”[151]; o amor próprio, que é preciso distinguir do egoísmo e é suscitado em cada um “por saber que é exclusivamente seu aquilo que lhe pertence”[152]; “o prazer, que podemos qualificar de imenso, que o homem tem quando pode prestar um favor a alguém (...) coisa só possível quando se possuem bens pessoais”[153]; a magnanimidade e a generosidade “que resultam do uso que fazemos dos nossos bens”[154].

Também só a propriedade pode transpor, para as relações entre os indivíduos e o estado, a harmonia estabelecida entre o homem e o mundo. Só ela pode constituir a mediação capaz de comunicar uma imagem do estado que não seja a de uma instituição que limita, prende e oprime, mas a de uma “presença”, em forma jurídica, da existência comum dos homens.

Sem a propriedade, a existência comum, prolongada para além dos motivos que lhe deram origem, para além da manifestação natural que originalmente foi, afigura-se uma abstracta generalidade de interesses sempre alheios e limitativos dos reais interesses de cada um, e o estado uma instituição cujas finalidades só alguns determinam mas a todos obrigam. A participação solicitada a cada um ou se apresenta, por conseguinte, com motivações abstractas, desprovidas de qualquer poder persuasivo e portanto artificiosas, adversas e coercivas, ou recorre à mediação da propriedade e logo insere uma ligação concreta e vivida entre os interesses e desejos de cada homem e a generalidade dos interesses de todos expressa nas finalidades do estado. Com efeito, da generalidade dos interesses depende a fruição da propriedade: a produção de uma seara, por exemplo, tem um valor que é determinado pela generalidade dos produtos de todas as searas do mundo; e das finalidades do estado directamente dependem o reconhecimento e a segurança institucionais da propriedade.

Convém acrescentar, para evitar dúvidas quanto ao carácter universal da propriedade, que a todos os homens oferecem as coisas e o mundo o que lhes é próprio e, de modo mais real ou mais virtual, todos eles o recebem, com excepção daqueles que entregam todo o seu ser ao absoluto espírito da arte, da religião e da filosofia e daqueles outros que Aristóteles designou “por naturalmente escravos”. Mas nem uns nem outros, uns por demais outros por de-menos, são, em rigor, cidadãos, homens da cidade ou do estado. E a propriedade – conforme exclamou Karl Marx ao descobrir o seu poder mediador perfeitamente realizado no direito romano – “é uma sublime ideia (...) que se destina a fazer dos homens os melhores cidadãos”»[155].

Já Aristóteles, de resto, não ignorara o facto de a abolição da propriedade ter sempre largamente despertado grande entusiasmo entre as camadas mais baixas da população, tratando-se amiúde mais de um fenómeno do foro mental e filosófico do que propriamente do foro social e económico[156] como em geral se julga. Por isso, mais uma vez nos explica Orlando Vitorino que:

«Nunca, todavia, deixou de haver quem proponha aos homens a abolição da propriedade, proposta que já entre os gregos era recebida com entusiasmo pelas populações de subjectividade diminuída. Trata-se de uma proposta tão absurda como a de convidar os homens a regressar ao primitivismo ou à barbárie. Imediatamente implicaria ela o retorno da relação do homem com as coisas e o mundo a uma relação de posse. O homem voltaria a só ver nas coisas o que se destina à satisfação de suas necessidades e carências, e ele destrói. Mas a mesma posse, numa relação individual do homem com as coisas e até numa relação grupal concreta, logo tenderia a restabelecer a propriedade. Os que preconizam a abolição da propriedade também por isso preconizam a abolição de qualquer posse individual e até grupal das coisas e querem que o homem só tenha mão no que é para destruir ou consumir. A coisa mesma, a posse da coisa mesma, será entregue a um comunitarismo tão abstracto quanto possível.


Orlando Vitorino. Ver aqui


Estas propostas apresentam-se, em geral, com o intuito de instaurar a justiça, uma justiça que concebem como a igual distribuição dos bens.

Da justiça enunciou Platão o conceito: é dar a cada um o que lhe pertence. Ao que Aristóteles acrescentou: “o injusto é o que ambiciona mais do que lhe pertence”[157]. Mas dar a cada um o que lhe pertence não é dar a todos o mesmo nem dividir igualmente, pela infinita desigualdade de todos, um todo que é composto por uma multiplicidade infinita de partes entre si desiguais. Além disso, há coisas que constituem bens e coisas que constituem males, e tanto umas e outras cabem aos homens. Por isso, “o injusto é o que se atribui mais do que lhe pertence das coisas que são bens em si e menos das coisas que são males em si”[158]. Dike em grego – lembra Aristóteles na Ética – como juízo e justiça em latim, significa separar ou dividir para dar. Mas “dar o que é justo”, “dar segundo a justiça” e “a justiça é o justo proporcionado ao mérito”[159].

A justiça é, efectivamente, o domínio da infindável desigualdade: desigualdade das coisas que pertencem ao homem, desigualdade dos homens a quem as coisas pertencem, desigualdade na relação entre os homens e as coisas. Abolida a propriedade, que se estabeleceu em concordância com esta iniludível desigualdade, a justiça – “dividir para dar” – ficará entregue à decisão dos homens e instituições como se a decisão dos homens alguma vez pudesse garantir a justiça – que julgarão o que a cada um pertence e o que cada um merece. E então ou se instaura a injustiça da igual distribuição dos bens, veleidade irrealizável mas só por si escravizadora, ou se recorre ao processo, ainda mais aviltante, de obrigar cada um a conformar-se a si mesmo com a imagem que sabe terem da justiça aqueles que julgam»[160].

Em suma, segundo o singular pensamento do filósofo português:

«Abolida a propriedade, a relação do homem com as coisas e, gradualmente, com a natureza e o mundo, regressará à brutal relação de posse. As coisas, a natureza e o mundo estarão para que o homem deles se aposse e sirva e as consuma, sem lhes reconhecer qualquer “presença” inviolável. Será uma relação de servidão e violência, não de complementaridade, harmonia e amor. As coisas serão só coisas. Todas as formas da natureza serão só corpos ou apenas formações fugazes de uma matéria cuja única afirmação consiste em negar o que ela não seja até aceitar a negação de si mesma. E também os humanos serão apenas corpos; e, como as coisas, destinados à servidão e à posse. O que logo se manifestará no comunitarismo das mulheres. Será isto?

De qualquer modo, a abolição da propriedade não representará apenas o regresso a uma existência primitiva. Representa também o abandono de uma ontologia, de uma antropologia e de uma cosmologia e exprime-se, neste momento da civilização que com ela criámos, pelo regresso à maldição da natureza e do homem, segudo a mitologia bíblica do Génesis e deixando de ter em conta a redenção cristã.

No cristianismo, o que há no ser de imortal, incorruptível e inviolável, identifica-se com a alma, e o corpo é o que pertence à alma. Entre os valores supremos neste mundo, contam-se por isso a vida do corpo, e o suicídio, que para os gregos e romanos chegou a constituir o último refúgio da liberdade, é crime sem perdão. Expulso do paraíso e decaído na terra, o homem fica condenado a arrancar da natureza o que há-de cobrir a sua nudez e nutrir sua carne, e assim como o corpo pertence à alma, assim o que é composto só de corpos – a terra, o mundo, a natureza – pertence ao homem. A justiça aparece, então, com temerosa origem num juízo do mal a que o homem está sujeito e a posse das coisas, com a violência e destruição que há nela, resulta de uma separação maldita. Assim, inexoravelmente, durante toda a idade do Pai.

A messiânica, jupiterina ou virgiliana idade do Filho trouxe a redenção e abriu caminho ao restabelecimento da harmonia perdida. Mas as vias triunfantes da modernidade, as vias da filosofia triunfante, recusam-se a reconhecer redimida a natureza. E o mal, que não possui senão uma realidade fenomenológica que o pensamento tem o poder de corrigir, fica substancializado. A política torna-se uma doutrina do mal e o direito numa misantropia desesperada.

O direito romano é, porém, anterior à cosmologia cristã. Antes dos cristãos, muito claramente distinguiram os antigos a alma e o corpo, ou o espírito e a natureza. É discutível se tiveram, como os cristãos, uma doutrina da imortalidade da alma com a correspondente efemeridade do corpo e o correspondente domínio do corpo pela alma, mas não há dúvida de que nunca pensaram nem que a natureza fosse o domínio do mal nem que fosse para ser violada e destruída. Nunca concluíram, da sublimidade do espírito, a degradação da natureza, embora também nunca, como os egípcios, tenham feito depender da incorrupção dos corpos a perpetuidade das almas. Entre uma cosmologia sarcófaga e uma cosmologia ascética, situaram os gregos e os romanos uma natureza plena de harmonias intelectuais e de existências concordantes. E o estado que, para os modernos, é tão patentemente obra só do homem, é para os antigos uma criação da natureza. “A cidade – disse Aristóteles – é uma criação da natureza.”»[161].

No entanto, os “direitos sem fronteiras” e os “direitos dos povos”, conforme consta na encíclica papal, surgem agora como um novo imperativo categórico que compele, em nome da dignidade inalienável do ser humano, à criação «de uma nova rede nas relações internacionais, porque não é possível resolver os graves problemas do mundo pensando apenas em termos de mútua ajuda entre indivíduos ou pequenos grupos»[162]. Quer isto, no fundo, dizer que o Papa globalista se arroga no direito de ver doravante consagrada «a convicção comum dos bens da Terra»[163] não somente aplicada à esfera individual, mas também «aos países, aos seus territórios e aos seus recursos»[164] como quem diz «que cada país é também do estrangeiro»[165] porque todos os seus bens devem antes de mais subordinar-se, como a “propriedade privada”, «ao destino universal dos bens da Terra»[166]. Ora, todo este círculo vicioso re-vela apenas aquilo que mais importa salientar: a abolição da propriedade[167]. Ou seja: da sua aplicação resultaria o caos, a miséria e a ruína dos povos, já para não falar da inevitável perca dos seus “direitos”, uma vez que «um Planeta que garanta terra, teto [sic] e trabalho para todos»[168] exigiria uma total centralização de todos os bens e recursos na esfera internacional, e é isso precisamente o que ora pretende alcançar a Organização das Nações Unidas com suas agências subsidiárias particularmente centradas na abolição das entidades nacionais, bem como na destituição de toda a liberdade individual mediante a implementação de um sistema panóptico tecnologicamente aplicado a escolas, hospitais, penitenciárias e às mais instituições do superestado transnacional.





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Por conseguinte, quando o Papa Franciscus postula a obrigação de se «“pensar numa ética das relações internacionais”»[169] para resolver a desigualdade entre indivíduos e países inteiros, como se a paz real e duradoura fosse uma panaceia unilateralmente «possível “a partir de uma ética global da solidariedade e cooperação ao serviço de um futuro modelado pela interdependência e a corresponsabilidade na família humana inteira”»[170], das duas uma: ou é simplesmente ingénuo ou, como bem vira o arcebispo Carlo Maria Viganò, encontra-se largamente solidário com os poderes, organizações e instâncias internacionais na imposição do império tecnocientífico do “Greal Reset”[171]. Nisto, a interdependência consistirá apenas no controlo e centralização totais da propriedade pública e privada nas mãos dos oligarcas internacionais enquanto a humanidade ver-se-á entretanto privada dos seus direitos de propriedade, e, portanto, condenada a dissipar-se numa imensa plebe entregue à mais vil, abjecta e extrema das servidões. E tudo será catapultado em nome do “desenvolvimento sustentável” e dos mais belos ideais humanitários para supostamente salvaguardar as necessidades das “futuras gerações”, num mundo irrevogavelmente dominado por uma estremada mentalidade colectivista anticristã.

Daqui se segue, no pré-juízo do Papa Francisco, a imperiosa exigência de um ordenamento planetário que corresponda «à realidade de um mundo tão interconetado [sic] pela globalização»[172]. Logo, na comprometedora sequência de Bento XVI, para quem a paz e o bem comum devem seguramente assentar numa verdadeira autoridade mundial, o corrente internacionalismo da Igreja Católica não deixa margem para dúvidas, quanto mais não seja pelo seu papel de constante pressão diplomática nos interesses temporais dos Estados para que adiram plenamente ao multilateralismo globalista em suposto benefício de todo o planeta, consoante se pode depreender em contexto encíclico particularmente inequívoco:

«Precisamos que um ordenamento jurídico, político e económico mundial que “incremente e guie a colaboração internacional para o desenvolvimento solidário de todos os povos”[173]. Isto redundará em benefício de todo o Planeta, porque “a ajuda ao desenvolvimento dos países pobres” trará “criação de riqueza para todos”»[174].

A verdade, porém, subjacente a este enunciado pontifício está ainda por vir ao de cima, como já deixámos entrever num outro texto a propósito do Acordo de Paris aprovado a 12 de dezembro de 2015:

«Este Acordo, aprovado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (CQNUAC), consiste essencialmente num esquema de extorsão do dinheiro dos contribuintes ocidentais – mais de 100 biliões de dólares por ano, calcula-se – a fim de o canalizar para regimes autocráticos do terceiro mundo, como que para reparar os alegados danos provocados ao meio ambiente por parte dos países mais industrializados do mundo. É, dito de outra forma, a transferência da riqueza dos “países ricos” para os “países pobres”, num acto de pilhagem inédito e espectacular protagonizado pelos engenheiros do socialismo à escala global. E não só se trata da transferência de riqueza, mediante a gigantesca burocracia da ONU, para os líderes autocráticos do terceiro mundo, mas também dos infindáveis recursos financeiros e tecnológicos tais como obrigatoriamente estipulados pela já referida convenção internacional das Nações Unidas.»[175]

Estamos, portanto, face a um iminente poder mundial que nas abstractas e fictícias palavras do Papa Francisco corresponde à necessidade de «uma organização mundial mais eficiente para ajudar a resolver os problemas dos abandonados que sofrem e morrem nos países pobres»[176]. De resto, o Papa campeão dos oprimidos, dos desamparados e vulneráveis é o mesmo que chega a atribuir a «perda de poder dos Estados nacionais» à prevalente «dimensão económico-financeira, de caráter [sic] transnacional»[177], sobre a actividade política, que é como quem diz às forças impessoais, não-solidárias e não-comunitárias do mercado livre, esse terrível «dogma de fé neoliberal»[178] próprio «de um pensamento pobre, repetitivo, que propõe sempre as mesmas receitas perante qualquer desafio que surja»[179]. Assim, o chamado neoliberalismo, ou a fastidiosa ladainha que à volta do mesmo se vai construindo e repetindo incessantemente à direita e à esquerda, é, afinal de contas, o que constitui uma concepção mais primitiva do que primária, até porque vulgarmente traduzida nos termos de um estreito individualismo[180], ou na simples base do desmedido lucro e da especulação financeira sujeita aos ditames dos mais poderosos[181].

Contudo, a solução preconizada para algo de praticamente inexistente é, por incrível que pareça, a promoção contínua «de instituições internacionais mais fortes e eficazmente organizadas»[182], isto é, uma «possível forma de autoridade mundial regulada pelo direito»[183] para assegurar o bem comum, como a inepta e corrupta Organização das Nações Unidas destinada a «realizar o ideal da fraternidade universal»[184], já depois de supostamente reformada a par da não menos supostamente reformável «arquitetura [sic] económica e financeira internacional»[185]. Trata-se, por outras palavras, da benção católica apostólica romana dispensada à agenda colectivista planetária sob o controlo governamental da ONU mediante um conjunto de organismos internacionais em estreita cooperação com os regimes regionais projectados em uniões transnacionais[186]. Em suma: o supergoverno tecnocrático mundialista[187].




Uma palavra final 

Até aqui temos demonstrado como a plandemia[188] se tem progressivamente constituído como o instrumento perfeito para impor sobre toda a humanidade um poder incondicional, categórico e absoluto que no limite porá à prova qualquer eventual resistência. A chamada “vacinação”[189] contra o “vírus chinês” é só o princípio de um processo genocida que mostra até que ponto a tirania médica[190] pode ir na sua aliança com o poder internacional para impor um estado de coisas incrivelmente absurdo, pese embora em si mesmo “coerente” do ponto de vista do grande objectivo perseguido: o do decréscimo e controlo total da vida humana em todas as suas vertentes e modalidades existenciais. Senão vejamos: a tão esperada “vacina” não garante de todo a imunidade pretendida, não dispensa o “distanciamento social” e o uso da máscara[191], não permite sequer o almejado abraço à avozinha, não elimina o inimigo invisível, não evita a transmissão do contágio, não previne um desfecho fatal de que nenhum governo nem companhia farmacêutica multinacional se responsabilizará, não elimina a alegada necessidade de impor limites à mobilidade geral e ao fecho compulsivo dos negócios, como não prescinde também da onda devastadora de males infindáveis provocada por incontáveis lockdowns[192]. Ora, aqui chegados, será ainda preciso fazer um desenho?[193]




[92] John Holdren, um conhecido defensor do aborto forçado, para além do facto de ter sido o “Czar da Ciência” expressamente nomeado no âmbito da Administração Obama, já então preconizava que o arrefecimento global mataria um bilião de pessoas.

[93] A cartilha ambientalista subjacente a esta engenharia social resume-se ao seguinte: a actividade competitiva sustentada no lucro – entenda-se o capitalismo – deve ser radicalmente substituída por novos modelos económicos fundamentalmente baseados no cooperativismo, e, por conseguinte, na abolição da propriedade tida como um sistema jurídico injusto. Curiosamente, já Orlando Vitorino, numa entrevista no Diário do Minho (1 Junho 1985), sob o título «O socialismo não é o único caminho», abordara a questão nos seguintes moldes: «D.M.– Que pensa o sr. dr. sobre o Cooperativismo? O.V. – O Cooperativismo é uma forma de associação. Todas as formas de associação podem ser possíveis e são legítimas. O que se não pode é transformar um modo de associação particular no tipo de associação universal. Não se pode admitir que, por exemplo no caso da economia, a iniciativa particular seja proibida e a iniciativa cooperativa seja autorizada».

[94] O Dia da Terra foi primeiramente celebrado a 22 de Abril de 1970 sob a iniciativa do senador estadunidense Gaylord Nelson, a que se juntou o jovem activista Denis Hayes na qualidade de coordenador nacional. Contudo, seria apenas em 1989 que o então senador Albert Gore introduziria legislação para, em termos de projecção internacional, consagrar, em 1990, o dia 22 de Abril como o Dia da Terra. De acordo com essa legislação, a crise climática internacional impunha desde logo à nação americana em particular e ao mundo em geral a concertação de alianças que não estivessem de modo nenhum coibidas de agir perante a existência de fronteiras ao nível dos vários países, culturas e continentes do globo.

[95] Convergem, num sentido afim, certas e determinadas afirmações sobre o estabelecimento de um regime de domínio universal, a primeira das quais proveniente do Barão Edmond de Rothschild (1926-1997): «A estrutura que deve desaparecer é a nação» (Enterprise Magazine). A segunda de Giovanni “Gianni” De Michelis (1940-2019), membro do ex-Partido Socialista Italiano e da Comissão Trilateral: «O poder deve ser inevitavelmente transferido das nações soberanas para as instituições supranacionais» (El País, 4 de Abril de 1990). A terceira de John Kenneth Galbraith (1908-2006), professor fabiano da Universidade de Harvard: «O socialismo moderno não dependerá dos teóricos nem dos políticos, mas sim dos dirigentes das multinacionais» (La Vanguardia, 9 de Março de 1997).

[96] O leitmotiv da dinastia Rockefeller sempre esteve em monopolizar a indústria do gás e do petróleo, servindo-se fundamentalmente do poder governamental para, em última instância, conseguir obter um enorme e renovado poder sobre o sector da energia. Foi, aliás, dessa forma astuciosa que John D. Rockefeller, o patriarca fundador da influente dinastia de descendência sefardita, obteve praticamente o monopólio sobre a indústria energética estadunidense no decénio de 1880, pelo menos até ao momento em que os agentes federais redimensionaram-no em pequenas companhias. Posto isto, não constitui nenhuma surpresa o facto dessa mesma dinastia ter entretanto investido consideravelmente no domínio da energia renovável, constituindo por si um exemplo paradigmático de como os Rockefellers não prescidem certamente de todo o tipo de dissimuladas maquinações para alcançar numerosas quotas ou vastíssimos segmentos de mercado. E hoje, mais do que nunca, a agenda dos Rockefellers é decisivamente ainda mais sombria, pois não se limita a usar a sua riqueza pessoal e, caso necessário, a riqueza alheia para acumular cada vez mais domínio e poder sobre o mercado da energia, já que conta, além disso, com um longo historial na sistemática promoção do internacionalismo invasivo mediante os mais convenientes expedientes de que o esquema ambientalista constitui apenas um exemplo digno de monta.

[97] Basta seguir o fluxo financeiro para se verificar que as grandes iniciativas subjacentes ao “movimento verde” conduzem aos suspeitos do costume: os activistas bilionários, entre os quais avultam os Rockefellers na sua ânsia de controlo da indústria energética. E não é por acaso que, na histeria dos anos 70 do século passado particularmente induzida pelo arrefecimento global atribuído à acção humana, lá estavam eles promovendo, através do Rockefeller Brothers Fund, a mesma agenda que hoje tão zelosamente propugnam contra a indústria petrolífera. Além disso, num relatório de 1977 produzido pelo mesmo Rockefeller Brothers Fund, intitulado The Unfinished Agenda: The Citizen's Policy Guide to Environmental Issues, a poderosa dinastia reivindicava, entre outras coisas, mais medidas de controlo populacional, um imposto progressivo sobre a gasolina, outro sobre o consumo do gás natural e outro ainda a ser aplicado sobre todos os combustíveis fósseis.

Desde 2000 em diante, as quatro principais fundações Rockefeller chegaram a verter dezenas de milhões de dólares sobre organizações, institutos e fundações estreitamente ligadas à propaganda activista “verde”, a saber: Energy Foundation, Tides Foundation, New America Foundation, World Health Organization, Wildlife Conservation Society, National Resources Defense Council, Alliance for Climate Protection, Center for International Environmental Law e o Southern Environmental Law Center. Outro financiador-chave da golpada ambientalista tem sido o mega-bilionário George Soros, um protégé da poderosíssima dinastia dos Rothschilds que já inclusivamente admitiu na televisão não sentir de todo o mínimo sentimento de culpa quando, de facto, se predispôs no passado a auxiliar os nacionais-socialistas da Alemanha nazi a roubar propriedade judaica. Seja como for, o  “filantropo” húngaro-estadunidense tem agora prodigamente distribuído, através da sua “Open Societies Foundations”, biliões de dólares por diversas organizações pró-ambientalistas, nomeadamente, entre outras mais, as seguintes: Aspen Institute, Defenders of Wildlife, Earthjustice, Green for All, New America Foundation, Presidential Climate Action Project, Tides Foundation, ClimateWorks Foundation, Global Green Grants Fund e o Natural Resources Defense Council (NRDC).

[98] A desmedida ambição dos Rockefellers passa por sobretudo controlar quase todo o espectro das instituições americanas, usando a filantropia como um meio para aumentarem a sua esfera de influência no palco mundial sob o conveniente pretexto de estarem a promover causas sociais beneméritas. E, nesse sentido, os Rockefellers não são de todo ideólogos políticos, mas antes hábeis oportunistas na promoção e financiamento de agendas políticas que lhes sejam assaz vantajosas para incentivar e consolidar os seus próprios interesses na arena mundial. A dinastia Rockefeller dispõe, para tanto, de uma rede própria de fundações, universidades e instituições, bem como de um vasto conjunto de subsídios que desde logo lhe permitiu alcançar uma influência sem precedentes no sistema de saúde, nas farmacêuticas, na agricultura, energia e ambiente. Para além disso, a por demais complexa integração dos Rockefellers em fundos de cobertura de risco, directorias estrategicamente interligadas e organizações não lucrativas, é, afinal, o que lhes tem também permitido liderar, gerir e direccionar as políticas públicas susceptíveis de lhes facultar o conhecimento prévio sobre mercados emergentes e o acesso aos recursos naturais dos países subdesenvolvidos. As impressões deixadas pelos Rockefellers em quase tudo, desde as políticas estatais e federais dos EUA até aos esquemas de engenharia social da ONU, como a Agenda 21, entretanto renomeada de Agenda 2030, é algo que tão bem caracteriza o ostensivo internacionalismo promovido e arquitectado por tão poderosa oligarquia dominante.


[99] O financiamento dispendido também incluiu objectivos de pesquisa no desenvolvimento de uma vacina contraceptiva.

[100] Mais recentemente, o arquiglobalista e ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair veio já sugerir, numa reunião do G7 sob a presidência inglesa, para que seja quanto antes implementado um passaporte global padronizado para as pessoas vacinadas contra a COVID-19. No Mail on Sunday (14 February 2021), Blair, num artigo intitulado «The world needs to agree a form of Covid passport – and Britain should lead the way», disse preto no branco: “With my team at the Institute for Global Change, I have looked at this from every angle and come to this conclusion: there is no prospect of a return to anything like normal without enabling people to show their Covid status, whether that means they have been vaccinated or recently tested”. E, no ínterim, Blair confirmou estar também a coordenar esforços com o Fórum Económico Mundial para promover a CommonPass initiative, ou mais propriamente um certificado COVID impulsionado por uma coligação de grandes companhias tecnológicas financiadas pela Fundação Rockefeller. “It’s going to be a new world altogether”, sem dúvida, nas cínicas palavras de Tony Blair (cf. «‘Inevitable’ GLOBAL Vaccine Passports Should Be Implemented Now», in Summit News, 28 January, 2021).

[101] Um outro jogador importante na arena internacional tem sido o Fórum Económico Mundial, quanto mais não seja quando, em 2004, iniciou o Global Risk Programme e, em 2006, divulgou o primeiro Global Risks Report contendo alertas sobre problemas globais e diversas sugestões em como resolvê-los com a ajuda do Big Business. Nesse relatório, destinado a propor formas de efectiva mitigação de possíveis ameaças e riscos globais, foram identificados três domínios principais: "Terrorism, Climate Change, and Pandemics". Nessa medida, estavam lançados os dados para que doravante se destacassem cada vez mais as eventuais consequências de uma gripe letal susceptível de transformar o mundo em termos sociais, económicos e políticos: «A lethal flu, its spread facilitated by global travel patterns and uncontained by insufficient warning mechanisms, would present an acute threat. Short-term economic impacts would include severe impairment of travel, tourism and other service industries, as well as manufacturing and retail supply chains. Global trade, investor risk appetites and consumption demand could suffer for more extended periods. Deep shifts in social, economic and political relations are possible» (Global Risks Report, 2006).

[102] Acrónimo de Technology, Entertainment, Design.

[103] Para além de se mostrar deveras envolvida em “questões sanitárias globais”, a Fundação Bill & Melinda Gates tem-se igualmente envolvido no financiamento de grupos e organizações de militantes activistas infiltrados no sistema de educação dos Estados Unidos, de que o conglomerado de 25 entidades supostamente educativas chamado A Pathway to Equitable Math Instruction, representa apenas um cabal exemplo de insanidade interseccional ao achar que uma resposta correcta e objectiva dada por um estudante a um professor constitui uma “prática inerentemente racista”. Cerca de 140 milhões de dólares foi aliás a soma dispendida no decénio de 2010-2020 ao Pathway, sendo que os três grupos proeminentes são: The Education Trust, Teach Plus e WestEd. Um manual para professores produzido pelo Pathway intitulado ‘Dismantling Racism in Mathematics Instruction’, foi inclusivamente ao absurdo de preconizar que a matemática “is used to uphold capitalist, imperialist, and racist views.” Assim, na sequência do que já vem acontecendo nas instituições universitárias americanas, as escolas do ensino médio têm-se tornado num sinistro caldo da cultura mais progressista em nome do combate ao racismo e ao “supremacismo branco”.

[104] Visto que a China tomou conhecimento do SARS-CoV-2 em Novembro de 2019, sem que, no entanto, se prestasse a comunicá-lo à comunidade internacional senão em finais de Janeiro 2020, levantou-se a hipótese de Pequim ter estrategicamente infectado o globo para que se não visse numa posição deveras enfraquecida quão isolada no domínio da competição económica internacional. O objectivo estaria assim em atingir economicamente as outras nações do planeta para que a médio e longo prazo a China emergisse geopoliticamente mais forte e poderosa na construção da nova ordem mundial. Entretanto, não é, pois, de admirar que a pretensa investigação levada a cabo pela OMS no Instituto Virológico de Wuhan fora, na realidade, conduzida por funcionários chineses para que o seu resultado fosse principalmente ao encontro dos interesses estratégico-políticos de Pequim, no qual se conclui que o vírus não fora originado em laboratório mas porventura numa espécie intermediária animal posteriormente transmitida à espécie humana, sem que se saiba ao certo de como isso ocorrera. Depois, até no que respeita a um dos membros da OMS encarregues da investigação em Wuhan, de seu nome Peter Daszak, sabe-se como o próprio houvera já sido previamente "beneficiado" com bolsas de pesquisa a cargo do Partido Comunista Chinês, para além de encabeçar uma organização de investigação conhecida por ademais colaborar com o Instituto Virológico de Wuhan: a EcoHealth Alliance. Ora, isto é o que, com toda a propriedade, se chama um indubitável “conflito de interesses” (cf. RAHEEM KASSAM AND NATALIE WINTERS, «CONFLICT OF INTEREST: WHO’s COVID Investigator Is Recipient Of Chinese Communist Cash, Worked With Wuhan Lab For 18 Years», in The National Pulse, February 10, 2021).

[105] O ex-maoísta Durão Barroso, antigo presidente da Comissão Europeia e actual Chairman e director não-executivo da Goldman Sachs International (GSI), sedeada em Londres, foi entretanto igualmente nomeado para a GAVI, onde desempenha funções como presidente do Conselho de Administração desde Janeiro de 2021. De resto, segundo a agência de notícias Lusa (29 Setembro, 2020), «Durão Barroso assinalou também que foi criada uma nova instituição, chamada COVAX, da qual faz parte também a Organização Mundial de Saúde (OMS) e uma organização "irmã" da GAVI, que é o Centro para a Preparação de Resposta às Epidemias, "que estão a trabalhar ativamente [sic], não só na procura de uma nova vacina, com os laboratórios especializados, mas também no melhor meio de garantir a sua distribuição, nomeadamente aos países mais pobres e às camadas mais carenciadas"». No mais, diz-nos ainda o actual membro globalista do steering committee do Clube Bilderberg: "Infelizmente está a notar-se um recrudescimento de algumas doutrinas obscurantistas contra os factos, contra a ciência, contra a própria medicina. O que se pode fazer é procurar pela educação, pela informação, pela capacidade pedagógica tentar corrigir essas atitudes".

Curiosamente, Portugal está a ser curialmente usado para, no plano do multilateralismo globalista, servir como uma plataforma de lançamento para a campanha de vacinação internacional mediante as ligações históricas a Timor-Leste e aos chamados países de expressão portuguesa (PALOP), consoante se depreende do seguinte: «O primeiro-ministro afirma que África será prioritária na disponibilização de doses adicionais de vacinas contra a covid-19 e que Portugal procurará "redirecionar" [sic] para Timor-Leste e países africanos de expressão portuguesa (PALOP) 5% das vacinas adquiridas.

Estas posições foram assumidas por António Costa numa intervenção pré-gravada para um evento promovido pela Global Citizens, uma organização não governamental (ONG) que está a lançar uma campanha para a mobilização de mais fundos para a luta global contra a covid-19 - uma iniciativa que conta com o apoio da Comissão Europeia.

No seu breve discurso, o líder do executivo português considerou que "o apoio à vacinação internacional é essencial para a erradicação da pandemia de covid-19" e defendeu a tese de que "nenhum país do mundo estará seguro até que todos estejam seguros".

"Para além de financiar a Iniciativa Covax, que tem como objetivo fornecer vacinas a 20% da população de 92 países, no âmbito da União Europeia estamos a trabalhar num mecanismo de partilha de vacinas que poderá disponibilizar doses adicionais de vacinas, sendo África naturalmente uma prioridade", apontou o primeiro-ministro de Portugal, país que preside até junho ao Conselho da União Europeia.» («Covid-19. Portugal vai fazer chegar vacinas aos PALOP e Timor-Leste», in SIC Notícias, Lusa, 23/02/2021).



Vermos assim que a campanha de vacinação internacional está a ser sistematicamente conduzida em nome dos designados “bens públicos mundiais”, querendo isto dizer que o corpo humano individuado passou a ser doravante catalogado como um desses “bens públicos mundiais”, e, por conseguinte, susceptível de se tornar o mais puro objecto de infindas inoculações quantas os novos senhores do mundo acharem absolutamente necessárias para levaram avante os seus desígnios globocráticos. E daí, pois, com a negação do corpo do homem entendido na acepção aristotélica de propriedade absoluta, e, portanto, aquela que forma a imagem plena e, ao mesmo tempo, concreta e real, do conceito de propriedade, estarmos perante o tétrico surgimento de um estranho mundo biotecnológico assente na escravidão e na consequente alienação do pensamento e da realização natural e espontânea da liberdade no mundo.

[106] As características desta revolução serão, pois, as seguintes: vigilância em massa, engenharia antissocial, ensaios e experimentações antiéticas com seres humanos, principalmente através do uso indiscriminado de vacinas, conformidade compulsiva das populações, propaganda, censura e desinformação sistemáticas, policiamento preditivo, categorização diferenciada dos indivíduos consoante o modelo ideal de comportamento social definido pelas autoridades governamentais, relatividade dos direitos humanos e emprego sistemático da eutanásia num mundo dominado por crises constantes intermináveis. De resto, não é em vão que em Portugal foi finalmente legalizada a eutanásia, num momento em que mais se emprega, usa e abusa da retórica hipócrita do “salvar vidas” em falso, mendaz e enganoso contexto de paranoia covidesca.

[107] O Fórum Económico Mundial é, para todos os efeitos, o grande arquitecto do Great Reset e da Quarta Revolução Industrial. O seu principal objectivo é, além do mais, redesenhar o capitalismo e apresentá-lo sob uma nova imagem que será, sem dúvida, a de um emergente socialismo à escala global. A sua agenda é também uma única só: descarbonizar, desindustrializar e desapoderar o mundo ocidental mediante a convergência comum de organizações internacionais particularmente criadas para impulsionar uma tal agenda, tais como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Programa Alimentar Mundial (PAM), a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a Organização Mundial de Turismo (OMT) e a Organização Mundial de Comércio (OMC).

[108] Entre outras mega-fundações controladas pelo Deep State, encontram-se, a mero título de exemplo, as seguintes: Carnegie Foundation, Ford Foundation, Tides Foundation e a Bill & Melinda Gates Foundation. Todas estas mega-fundações desempenham na sua particularidade um papel único na arquitectura financeira do Estado Sombra, sem embargo da sua estreita e concertada complementaridade nos objectivos globais comuns.

[109] A rede de fundações de George Soros encarrega-se usualmente de promover tudo o que diga respeito ao avanço do globalismo em aspectos tão amplos como o ódio racial, o aborto e até o financiamento de programas destinados à formação de pastores europeus que vão depois promover a União Europeia nas suas próprias congregações. Mais recentemente, certas fugas de informação puderam desvendar que a Open Society Foundations tem especialmente vindo a financiar um largo espectro de grupos pseudo-cristãos com a finalidade de corromper as igrejas enquanto pilares essenciais da Cristandade, entre os quais está, a título de exemplo, o Catholics for Choice, ou os programas canalizados para formatar pastores ortodoxos em nações não-europeias para que possam enquanto líderes espirituais conduzir os seus rebanhos na crença dum superestado transnacional.

[110] Jennings C. Wise, Woodrow Wilson: Disciple of Revolution (New York: Paisley Press, 1938), p. 45.

[111] Ibid., p. 46.

[112] Morris Hillquit, Loose Leaves from a Busy Life (New York: Macmillan, 1934), p. 81.

[113] Wise, op. cit., p. 647.

[114] Leon Trotsky, The Bolsheviki and World Peace (New York: Boni & Liveright, 1918).

[115] In May 1973 Chase Manhattan Bank (chairman, David Rockefeller) opened its Moscow office at 1 Karl Marx Square. Moscow. The New York office is at 1 Chase Manhattan Plaza.

[116] Chicago: Public Publishing, n.d.

[117] Ibid.

[118] U.S. Senate, Bolshevik Propaganda, hearings before a subcommittee of the Committee on the Judiciary, 65th Cong., 679-80. See also herein p. 107 for the role of Williams in Radek’s Press Bureau.

[119] See Antony C. Sutton, Western Technology and Soviet Economic Development, 3 vols. (Standford, Calif.: Hoover Institution, 1968, 1971, 1973); see also National Suicide: Military Aid to the Soviet Union (New York: Arlington House, 1973).

[120] Antony C. Sutton, Wall Street and the Bolshevik Revolution, Clairview, 2011, pp. 174-179.

[121] É, por outro lado, do conhecimento geral que o actual Papa globalista tem sido um declarado proponente da campanha de vacinação global contra o novo coronavírus (cf. Patrick Howley, «Vatican To Host Fauci, Chelsea Clinton, Vaccine Company CEO's», in National File, April 19, 2021). O alegado pontífice chegou mesmo a dizer ao jornalista italiano Fabio Marchese Ragona que receber a vacina constituía por si só uma decisão ética que, em caso contrário, equivaleria a brincar com a saúde própria e alheia. Contudo, nenhuma das vacinas até agora disponíveis no mercado mostraram, com base em estudos cientificamente consolidados, que são efectivamente capazes de prevenir a transmissão do vírus ou inclusive diminuir a propagação do mesmo. Bergoglio recebeu, ademais, a sua primeira dose da droga produzida pela Pfizer-BioNTech, já depois de o Vaticano ter dado início ao seu programa de vacinação a 13 de Janeiro de 2021, recebendo, alfim, a segunda dose nos princípios do mês seguinte.

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Entretanto, é também geralmente sabido que as autoridades de saúde indianas recusaram-se, em Fevereiro de 2021, a distribuir a “vacina” da Pfizer-BioNTech em função do aparecimento de casos de paralisia e anafilaxia decorrentes da aplicação da mesma. Porém, o infeliz líder da Igreja Católica tem continuamente porfiado no sentido de nos fazer crer que toda e qualquer apreensão suscitada ao redor das novas “vacinas” constitui apenas um “negacionismo suicida” e que toda a gente devia receber, assim sem mais, a inoculação química como um dever moralmente inquestionável. Aliás, o modo totalmente irresponsável como o Papa Francisco tem levianamente encarado tal questão, vem na sequência daquele que tem sido o seu apoio incondicional para com as contraproducentes medidas tomadas em matéria de sucessivos
lockdowns, quanto mais não seja por estarem a produzir um número desmedido de mortos que a médio e a longo prazo ultrapassarão em muito as alegadas vítimas do SARS-CoV-2.

Por seu turno, o imunologista J. Bart Classen, num artigo publicado no jornal Microbiology & Infectious Diseases, intitulado COVID-19 RNA Based Vaccines and the Risk of Prion Disease, veio à baila para deixar um sério aviso sobre os potenciais riscos a longo prazo causados pelas vacinas mRNA da Moderna e da Pfizer-BioNTech, designadamente no âmbito de algumas das doenças neurodegenerativas, como a de Alzheimer e da esclerose lateral amiotrófica (ELA). Se bem que as reacções adversas a tais vacinas sejam a curto prazo possivelmente conhecidas da generalidade dos peritos, a verdade é que a médio e longo prazo permanecem maioritariamente desconhecidas da parte dos mesmos. E, nesse sentido, William Moss, o director-executivo do International Vaccine Access Center sedeado na Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, foi até bastante esclarecedor ao afirmar que “We know about short-term side effects, and the vast majority of side effects following vaccination occur within the first 30 to 40 days”. Todavia, serão decerto precisos longos meses e até anos para se fazer uma avaliação completa e adequada dos graves riscos associados aos efeitos tóxicos de um conjunto suspeito de vacinas actualmente dispostas para a inoculação de material genético em grande parte quimicamente desconhecido no organismo humano (cf. «German Researchers Link AstraZeneca Jab To Rare Blood Clots», in INFOWARS, March 20th 2021).

Curiosamente, o presente autor tem tido a oportunidade de falar com vários médicos das mais variadas especialidades, em que muitos deles infelizmente se limitam a debitar a propaganda oficial e altamente insidiosa das correntes autoridades nacionais e internacionais. Quando confrontados com a eventualidade de as novas “vacinas” poderem acarretar sérios riscos para a saúde pública, ou, em última instância, a morte súbita ou a médio e longo prazo, respondem que os benefícios ultrapassam os possíveis malefícios, mesmo quando à partida admitem desconhecerem os efeitos adversos para, segundo um critério verdadeiramente hipocrático, poderem conscientemente discernir quais serão os reais benefícios e malefícios duma vacinação cuja garantia de protecção e segurança permanece de todo desconhecida. E assim é porque do que se trata aqui é de um crescente número indefinido de “vacinas” experimentais em que a generalidade da população está a ser bovinamente usada como cobaia de experimentação na base de uma suposta confiança enganosamente incutida pelas várias organizações, agências e autoridades governamentais globalmente reféns de uma sinistra agenda “sanitária”.

Há em todo o mundo, inclusive, países que já fizeram questão de anunciar que quem não tomar a miraculosa vacina será objecto de retaliação sob as mais variadas formas, como é o caso, por exemplo, de Israel, cujo governo já avisou que todo aquele ou aquela que declinar a pica encontrará sérias restrições no acesso a farmácias e a supermercados.

[122] Cf. Alex Newman, «New UN Chief: Globalist, Socialist, Extremist», in The New American, 14 October 2016.

[123] Entretanto, 14 países vieram já declarar as “mudanças climáticas” uma “emergência” global, com mais 27 países referindo-se às mesmas como uma “emergência” parcial, seja lá isso o que for. E numerosas jurisdições pelo mundo fora, como as cidades de Nova Iorque, São Francisco e Boston, fizeram igualmente profissão de fé quanto ao carácter emergente das chamadas “alterações climáticas”.

[124] Papa Francisco, Fratelli Tutti, Carta Encíclica sobre a Fraternidade e a Amizade Social, Paulinas, Secretariado Geral do Episcopado, 2020, p. 8.

[125] «Lembremos “a firme convicção dos Pais fundadores da União Europeia, que desejavam um futuro assente na capacidade de trabalhar juntos para superar as divisões e promover a paz e a comunhão entre todos os povos do continente”» (idem, ibidem, p. 11). Refira-se, de passagem, que Robert Schumann e Jean Monnet foram quem, conjuntamente com banqueiros internacionais, procuraram empreender o projecto duma Europa unida na base de uma entidade supranacional centralizada. Deste modo, também se compreende que Walter Hallstein, um proeminente professor de direito na Alemanha nazi, tenha sido o primeiro presidente-fundador da Comissão Europeia (cf. William F. Jasper, «United States of Europe», The New American print edition, April 10, 1989; Alex Newman, «The Real Agenda Behind the CIA Spawning the EU», in The New American, 5 May, 2016).

[126] Idem, ibidem, p. 12.

[127] «“Abrir-se ao mundo” é uma expressão de que, hoje, se apropriaram a economia e as finanças. Refere-se exclusivamente à abertura aos interesses estrangeiros ou à liberdade dos poderes económicos para investir sem entraves nem complicações em todos os países. Os conflitos locais e o desinteresse pelo bem comum são instrumentalizados pela economia global para impor um modelo cultural único. Esta cultura unifica o mundo, mas divide as pessoas e as nações, porque “a sociedade cada vez mais globalizada torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos”» (idem, ibidem, pp. 12-13).

[128] Idem, ibidem, p. 13.

[129] Neste sentido, não deixa de ser particularmente irónica esta passagem da carta encíclica sobre o «fim da consciência histórica» atribuída a uma sociedade consumista e individualista penetrada culturalmente por «uma espécie de “desconstrucionismo”» globalmente unificador, pese embora divisionista para pessoas e nações distintas: «São as novas formas de colonização cultural. Não nos esqueçamos de que “os povos que alienam a sua tradição e – por mania imitativa, violência imposta, imperdoável negligência ou apatia – toleram que se lhes roube a alma, perdem, juntamente com a própria fisionomia espiritual, a sua consistência moral e, por fim, a independência ideológica, económica e política» (idem, ibidem, p. 14).

[130] Idem, ibidem, p. 25.

[131] Em suma: uma teocracia sem Deus. Aliás, a respectiva absoluteidade aparece implícita na carta encíclica expressa do seguinte modo: «Se não conseguirmos recuperar a paixão compartilhada por uma comunidade de pertença e solidariedade, à qual saibamos destinar tempo, esforço e bens, desabará ruinosamente a ilusão global que nos engana e deixará muitos à mercê da náusea e do vazio. Além disso, não se deveria ignorar, ingenuamente, que “a obsessão por um estilo de vida consumista, sobretudo quando poucos têm possibilidades de o manter, só poderá provocar violência e destruição recíproca”. O princípio “salve-se quem puder” traduzir-se-á rapidamente no lema “todos contra todos”, e isso será pior que uma pandemia» (idem, ibidem, p. 26). O dilema salvífico aqui proposto é, pois, uma pescadinha de rabo na boca, tão ao gosto da retórica globalista: «Precisamos de fazer crescer a consciência de que, hoje, ou nos salvamos a todos ou não se salva ninguém» (idem, ibidem, p. 84).



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[132] Idem, ibidem, p. 27.

[133] Idem, ibidem, p. 28.

[134] Idem, ibidem, p. 27.

[135] Idem, ibidem, p. 28. O Papa vai até ao ponto de usar um expediente usualmente empregue por militantes e activistas revolucionários da extrema-esquerda internacional, ao insinuar que quem tem porventura dúvidas, receios ou motivos para não ver positivamente o problema migratório tal como ele se traduz nos dias de hoje, é porque é intolerante, fechado e até racista. Nas suas palavras: «Compreendo que alguns tenham dúvidas e sintam medo à vista das pessoas migrantes; compreendo-o como um aspecto do instinto natural de autodefesa. Mas também é verdade que uma pessoa e um povo só são fecundos se souberem criativamente integrar no seu seio a abertura aos outros. Convido a ultrapassar estas reações [sic] primárias, porque "o problema surge quando [estas dúvidas e este medo] condicionam de tal forma o nosso modo de pensar e agir, que nos tornam intolerantes, fechados, talvez até – sem disso nos apercebermos – racistas. E assim o medo priva-nos do desejo e da capacidade de encontrar o outro"» (idem, ibidem, p. 29).

[136] Curiosamente, a ONU reconhece que a forçada migração em massa representa por si mesma um incitamento ao genocídio tal como definido pela organização, não bastante o designado Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular (GCM) ter sido particularmente criado sob os seus próprios auspícios (cf. OFFICE OF THE UN SPECIAL ADVISER ON THE PREVENTION OF GENOCIDE (OSAPG)). E, pelos vistos, o Papa Franciscus, como claramente sugere a sua encíclica Todos irmãos, incentiva e apoia a “governança mundial” para as migrações em massa com todas as catastróficas consequências daí decorrentes: «Além das várias ações [sic] indispensáveis, os Estados não podem incrementar, por conta própria, soluções adequadas, “porque as consequências das opções de cada um recaem inevitavelmente sobre toda a comunidade internacional”. Assim, “as respostas só poderão ser fruto dum trabalho comum”, gerando uma legislação (governance) global para as migrações» (ibidem, p. 81).

[137] «Conta Jesus que havia um homem ferido, estendido por terra no caminho, que fora assaltado. Passaram vários ao seu lado, mas... foram-se, não pararam. Eram pessoas com funções importantes na sociedade, que não tinham no coração o amor pelo bem comum. Não foram capazes de perder uns minutos para cuidar do ferido ou, pelo menos, procurar ajuda. Um parou, ofereceu-lhe proximidade, curou-o com as próprias mãos, pôs também dinheiro do seu bolso e ocupou-se dele. Sobretudo deu-lhe algo que, neste mundo apressado, regateamos tanto: deu-lhe o seu tempo. Tinha certamente os seus planos para aproveitar aquele dia a bem das suas necessidades, compromissos ou desejos. Mas conseguiu deixar tudo de lado à vista do ferido e, sem o conhecer, considerou-o digno de lhe dedicar o seu tempo» (Carta Encíclica Fratelli Tutti, pp. 41-42). «O problema é que Jesus destaca explicitamente que o homem ferido era um judeu – habitante da Judeia –, enquanto aquele que se deteve era um samaritano – habitante da Samaria. Este detalhe reveste-se de uma importância excecional [sic] ao refletirmos [sic] sobre um amor que se abre a todos. Os samaritanos habitavam numa região que fora contagiada por ritos pagãos, o que – aos olhos dos judeus – os tornava impuros, detestáveis, perigosos. De facto, um antigo texto hebraico, que menciona as nações odiadas, refere-se à Samaria afirmando até que “nem sequer é um povo”, e acrescenta que é “o povo que habita em Siquém” (Sir 50, 25.26)» (ibidem, p. 51).

[138] Cf. Thomas D. Williams, «Vatican Cardinal: In a Globalized World, ‘There Are No Borders’», in BREITBART, 27 March 2021.

[139] «Procurando especificar em que consiste a experiência de amar, que Deus torna possível com sua graça, São Tomás de Aquino explicava-a como um movimento que centra a atenção no outro “considerando-o como um só comigo mesmo”. A atenção afetiva [sic] prestada ao outro provoca uma orientação que leva a procurar o seu bem gratuitamente. Tudo isto parte de uma estima, de uma apreciação que, em última análise, é o que está por detrás da palavra “caridade”: o ser amado é “caro” para mim, ou seja, é estimado como de grande valor. E “do amor, pelo qual uma pessoa me agrada, depende que lhe dê algo grátis”» (ibidem, p. 58).

[140]  Ibidem, p. 62.

[141] Os danos colaterais provenientes de tais medidas incluem já, a nível global, cerca de 82 a 132 milhões de pessoas a braços com a insegurança alimentar, bem como 100 milhões de pessoas atiradas para a pobreza e para a morte devido à criminosa interrupção dos serviços médicos no tratamento das mais variadas doenças infecciosas, como sejam o HIV, a tuberculose e a malária. Enquanto isso, na Irlanda, o governo levou ao fecho compulsivo de cerca de 85% dos negócios, empresas e companhias, muitas delas permanentemente, não sem entretanto deixar de aumentar os ordenados dos políticos irlandeses enquanto a esmagadora maioria dos cidadãos permanecem em prisão domiciliária e assistem totalmente inermes à destruição do seu modo de subsistência muitas vezes erguido a custo durante uma vida inteira. E ao passo que os respectivos cidadãos estão ainda proibidos de viajarem dentro e para fora da Irlanda, a entrada de cidadãos de outros países é uma constante, incluindo de países considerados de alto risco em matéria de COVID-19 (cf. Cormac O'Shea, «The list of countries that have flights into Dublin Airport including multiple coronavirus hotspots», in Irish Mirror, 10 JUL 2020).

Fiquemos ainda com a sumária ideia das desastrosas consequências decorrentes dos lockdowns: «“Lockdownism” — the idea that shutting down economies through mandated closures, social distancing, masking, etc. would halt (or at least arrest) the spread of COVID-19 — has devastated communities around the globe. Conducting solid research on the impacts of shutdowns, the group Lockdown Resistance has concluded that implementation

Has pulled 580 million people worldwide below the poverty level;

Has resulted in 130 million people facing starvation;

Caused a quarter of the world’s population to face a mental health crisis; and

Has resulted in the loss of $3.7 trillion in lost wages in 2020 alone.

(cf. Bob Adelmann, «The Theory of “Lockdownism,” Repudiated by the Facts», in The New American, April 22, 2021).

[142] Num documento intitulado “Appeal for the Church and the World: to Catholics and all people of good will”, da autoria do ex-núncio apostólico Carlo Viganò e ademais promovido pela Veritas Liberabit Vos, ressalta particularmente a defesa do direito da Igreja em fazer valer a sua liberdade e autonomia em matéria de governo, adoração e ensino, a saber: «This autonomy and freedom are an innate right that Our Lord Jesus Christ has given her for the pursuit of her proper ends. For this reason, as Pastors we firmly assert the right to decide autonomously on the celebration of Mass and the Sacraments, just as we claim absolute autonomy in matters falling within our immediate jurisdiction, such as liturgical norms and ways of administering Communion and the Sacraments. The State has no right to interfere, for any reason whatsoever, in the sovereignty of the Church. Ecclesiastical authorities have never refused to collaborate with the State, but such collaboration does not authorize civil authorities to impose any sort of ban or restriction on public worship or the exercise of priestly ministry. The rights of God and of the faithful are the supreme law of the Church, which she neither intends to, nor can, abdicate. We ask that restrictions on the celebration of public ceremonies be removed».

[143] Neste particular, o trecho encíclico que se segue é de uma macabra ironia pelo que ao resgaste do global se afigura perante a dimensão do local: «É preciso olhar para o global, que nos resgata da mesquinhez caseira. Quando a casa deixa de ser lar para se tornar confinamento, calabouço, resgata-nos o global, porque é como a causa final que nos atrai para a plenitude» (ibidem, p. 87). E assim cai por terra o simbolismo policromático do poliedro para talvez, quem sabe, dar lugar ao simbolismo satânico do pentagrama invertido.

[144] Ibidem, p. 72.

[145] Ibidem, pp. 72-73.

[146] Ibidem, p. 73.

[147] Michel Villey, Le Droit Romain, ed. P. U. F., Paris, pp. 76/77.

[148] Gaius, Institutiones, Comentarius Secundus, 14 a/26.

[149] Quanto à independência perante o contrato, já vimos como o contrato não bastava para transferir a propriedade, ao que é preciso acrescentar que a propriedade não podia ser comprometida em dívidas. Quanto à substância religiosa, manifesta-se ela, por exemplo, no património familiar que “se deve entender como a perpetuidade do culto familiar” (J. Imbert, Histoire du Droit Privé, P. U. F., Paris, 1950). O carácter inalienável da propriedade resulta, necessariamente, da sua substancialidade religiosa e da independência perante o contrato.

[150] Virgílio, Geórgicas, Liv. I, versos 125 a 142. Todos os poemas das Geórgicas são, aliás, um hino à propriedade como relação e harmonia entre o homem e o mundo. Bem como, em expressão mais directa e dramática, a Écloga IV. A origem do saber, ou “eclosão das artes”, que Virgílio atribui à instituição da propriedade, é confirmada pelos vários modos de exaltação da ignorância inerentes às doutrinas que advogam a abolição da propriedade. Já, antes de Virgílio, Platão mostrara como a “expulsão da poesia” seria inevitável numa sociedade onde se estabelecesse a comunidade dos bens; deduzindo todas as consequências dele, Platão demonstrava o absurdo do comunismo, num exemplo inigualável de ironia que é A República.

Os defensores do comunismo evitam, em geral, preconizar, valorizar ou apenas reconhecer que o estado de incultura e de ignorância seja inerente às suas doutrinas. Alguns, todavia, são forçados ou têm a coragem de o fazer. É o caso dos anabaptistas. Seus principais representantes – Karlstadt, G. More, G. Didyne, Melanchton – foram sequazes e discípulos de Lutero, e não só proclamaram, como o mestre, a doutrina do “sacerdócio universal” segundo o qual todo o homem pode ser intérprete da Bíblia, mas ainda entenderam que o homem mais ignorante pode ser o melhor intérprete: Karlstadt interrogava, nas ruas, operários e mulheres sobre o sentido dos textos evangélicos por considerar que Deus oculta dos sábios o que revela aos ignorantes. Por outro lado, incitavam a juventude a trocar os estudos pelos trabalhos manuais, pelas manufacturas, pela indústria.

Outros casos encontramos em utopias como As Ilhas Flutuantes ou a Basileia, que Morelly publicou em 1753, logo a fazendo seguir, em 1755, de um Código da Natureza durante muito tempo atribuído a Diderot. Aí imagina e descreve uma “legislação do ensino que impedirá toda a liberdade do espírito humano e toda a especulação transcendente”; antecedendo a sistematização do materialismo moderno, considera que “a razão de que o homem é dotado se destina a fazer dele um ser social”; e preconiza “uma espécie de código de todas as ciências segundo o qual nada se acrescentará à metafísica e à moral para lá das normas prescritas pela lei”.

Esta utopia de Morelly teve profunda influência em certos sectores da Revolução Francesa e, mais tarde, em Louis Blanc. Constituiu ela a doutrina comunista de Babeuf que privava de direitos políticos quem se dedicasse exclusivamente à literatura e à arte.

Outra utopia comunista, A Viagem a Icária, de Étienne Cabet, um jacobino, proscreve “todos os livros considerados hostis à comunidade”: na sua sociedade comunista, “o governo encomendará às grandes oficinas literárias as obras-primas que considere necessárias”.

Foram estas utopias que criaram, na primeira metade do século XIX, o ambiente propício tanto ao radical repúdio do saber pelo materialismo que deu por finda a filosofia como à exaltação da cultura popular por aqueles a quem, na época, Hegel chamou “os trapaceiros do livre-arbítrio”, defensores de uma “sensaboria” ou “vil doutrina”: “Um corifeu desta vil doutrina, que se dá a si mesmo o nome de filósofo, um tal Fries, não se envergonhou de, numa solenidade pública que ficou célebre, fazer um discurso sobre o objecto do estado e da constituição, em que propunha esta ideia: no povo onde reina um verdadeiro espírito comum, as funções de interesse público devem possuir uma vida que lhes vem de baixo, do povo; a tudo o que for obra de cultura popular e de serviço do povo se devem consagrar as sociedades, indissoluvelmente unidas pelos sagrados laços da amizade... E assim sucessivamente” (Princípios da Filosofia do Direito, trad. port. cit., p. 7).

[151] Aristóteles, Política, Liv. II, cap. V, § 8.

[152] Ibidem, Liv. II, cap. V, § 9.

[153] Ibidem, Liv. II, cap. V, § 10.

[154] Ibidem, Liv. II, cap. VI, § 9.

[155] K. Marx, Formações Económicas Pré-Capitalistas, trad. port., ed. Escorpião, 1973, pp. 19 e 20 (in Orlando Vitorino,  Refutação da Filosofia Triunfante, pp. 178-185).

[156] Daí também resultar que a tirania dos que sempre procuram subtrair a propriedade da classe média para supostamente a transferir para os pobres redundar indiscutivelmente no empobrecimento da classe média, para além de piorar ainda mais aquelas que já eram as precárias condições de vida dos pobres. Ora, no que toca aos esquemas de redistribuição da riqueza, atente-se no caso da antiga Zâmbia, hoje Zimbabué: «The same basic redistribution schemes of the Soviets were later used by Zimbabwe’s former dictator Robert Mugabe to destroy that agriculturally rich African nation. Mugabe confiscated farmland owned by white farmers and gave it to friends of his corrupt government — most of whom had never even seen a farm. The result was economic disaster, widespread poverty, and hunger in a land that had once fed the continent. The nation of South Africa is now following in the murderous footsteps of Robert Mugabe as it attacks white farmers, taking their property and again putting it in the hands of those who know nothing about running a farm» (Tom DeWeese, «Why Private Property Matters: Part 1 - Prosperity - Stability - Freedom», in The New American, March 4, 2021).

[157] Aristóteles, Ética Nicomaqueia, Liv. V, cap. I, § 8.

[158] Aristóteles, ibid., Liv. V, cap. VI, § 4.

[159] Aristóteles, Política, Liv. V, cap. I, § 13.

[160] Orlando Vitorino, Refutação da Filosofia Triunfante, pp. 185-187. Note-se que a noção clássica de justiça exposta por Orlando Vitorino é manifestamente diferente da preconizada na Carta Encíclica Fratelli Tutti, dado ser esta entendida como a «efectiva distribuição do poder, sobretudo político, económico, militar e tecnológico, entre uma pluralidade de sujeitos e a criação de um sistema jurídico de regulação das reivindicações e dos interesses» a fim de realizar «a limitação do poder» (ibidem, p. 105). Por outras palavras, a noção clássica de justiça, correctamente lida e compreendida como o justo proporcionado ao mérito, não pressupõe qualquer espécie de regulamentação quanto à distribuição e direcção dos recursos políticos, económicos, militares e tecnológicos de uma sociedade destinados a indivíduos ou grupos sociais determinados.

[161] Aristóteles, Política, Liv. I, cap. II, § 14 (in Orlando Vitorino, ibidem, pp. 190-192).

[162] Fratelli Tutti, p. 76.

[163] Ibidem, p. 75.

[164] Ibidem, p. 75.

[165] Ibidem, p. 75.

[166] Ibidem, pp. 74-75.

[167] Já em «Razão e Louvor da Propriedade», Orlando Vitorino punha, com toda a propriedade, os pontos nos is: «Os portugueses já têm todos os elementos para não se deixarem iludir. O nó do problema é a propriedade. O nó do problema, o gatilho da pistola, o que une e divide as forças que neste momento e nestes últimos decénios, em Portugal e no mundo, disputam o poder político. Do que se trata, tudo de que se trata, é de decidir entre o reconhecimento da propriedade e a abolição da propriedade.

Socialismo e capitalismo, colectivização, estatização, nacionalização, socialização, autogestão, cooperativismo, iniciativa privada, empresa privada, etc., tudo isso são palavras que, em si mesmas, pouco ou nenhum sentido têm e que, verdadeiramente, só designam uma de duas coisas: ou se quer continuar a reconhecer a propriedade ou se quer a abolição da propriedade.

De um lado e do outro há, todavia, má consciência. Má consciência que se revela no receio de empregar a palavra propriedade. Os que, de um lado, querem que se reconheça a propriedade, receando-se esmagados pelo socialismo triunfalista que não sabem refutar, substituem a palavra certa por eufemismos como "iniciativa privada". Os que, do outro lado, querem abolir a propriedade, vendo-se incapazes de pensar essa abolição em todas as suas consequências, substituem a palavra certa por outros eufemismos: colectivização, estatização, etc. No meio, ficam ainda os mais hesitantes e impotentes, misturando, em suas estreitas cabeças, todo o género de combinações inviáveis na esperança de conciliarem a existência "reaccionária" da propriedade com a abolição "progressista" da propriedade: são os que, sempre sem dizerem a palavra própria, falam do socialismo que ainda não é comunismo e se entontecem a fazer institutos António Sérgio para explicarem a si mesmos o que sejam coisas como colectivização, cooperativismo, autogestão, etc.

Com tantos e tais receios, com tantas e tais combinações vazias, com tantas e tais palavras sem sentido, nunca mais nos entendemos. Deixem-se, pois, de recorrer a palavras que pouco ou nada significam, deixem-se de utilizar eufemismos enganadores e hipócritas, deixem-se de ser gente que não sabe o que diz e quer dizer o que não sabe. Encarem a realidade de frente, encarem-se a vós mesmos de frente e empreguem as palavras próprias. Não tenham medo de dizer que tudo consiste em ser a favor ou contra a propriedade» (in Manual de Teoria Política Aplicada, Verbo, Edição Babel, 2010, pp. 107-108).

[168] Ibidem, p. 77.

[169] FRANCISCO, Carta Encíclica Laudato si (24 de maio de 2015), n. 51: AAS 107 (2015), p. 867 (in Carta Encíclica Fratelli Tutti, p. 76).

[170] FRANCISCO, Discurso sobre as armas nucleares (Nagasáqui – Japão, 24 de novembro de 2019): L’Osservatore Romano (ed. semanal portuguesa de 3/12/2019), p. 9 (in Carta Encíclica Fratelli Tutti, p. 77).

[171] «In an interview with Italian journalist Domenico Agasso, set to be released Tuesday, Pope Francis promotes the World Economic Forum’s Great Reset agenda.

(…) Again promoting “reconstruction” or a Great Reset, the Pope asks world leaders to “rebuild from the rubble.”

Part of the rebuilding process includes the removal of “social injustice and marginalization.”

Pope Francis explains, “We can heal injustice by building a new world order based on solidarity, studying innovative methods to eradicate bullying, poverty and corruption, all working together, each for their own part, without delegating and passing the buck. Also by working to provide healthcare for all.”» (cf. Hellen McBreen, «Pope Francis Calls For “New World Order” As Fauci Pushes “Globalization”», in INFOWARS, March 15th 2021).

«(...) In a statement that promotes Communism Bergoglio stated to a rather puzzled congregation that sharing ownership “is not communism, but it is pure Christianity.”

The Pope obviously stated this not for the love for the Gospels or Jesus Christ’s way of life, but in preparation of the infamous ”Great Reset” announced last year by the World Economic Forum (WEF) and Klaus Schwab, who founded the WEF in 1971.

The projections of the WEF’s “Global Future Councils,” state that people would have to rent and borrow their necessities from the state, which would be the sole proprietor of all goods.

The supply of goods would be rationed in line with a social credit points system.

Shopping in the traditional sense would disappear along with the private purchases of goods.

Every personal move would be tracked electronically, and all production would be subject to the requirements of clean energy and a sustainable environment and this is what Pope Francis and the Catholic Church are promoting today.

In this nightmarish new world that the Pope and the New World Order are setting up for us, there would be no private ownership of  houses, nor would anyone pay rent, because someone else will be using our free space whenever we do not need it!

A person’s living room, for example, might be used for business meetings when one is absent, but in exchange you would have free access to transportation, accommodation, food, and all the things we need in our daily lives, but remember, you will own nothing!» (cf. Leo Zagami, «Pope Francis Goes Full Communist, Says Sharing Property is Not Communism But “Pure Christianity”», in INFOWARS, April 16th 2021).


[172] Idem, ibidem, p. 84.

[173] BENTO VI, Carta Encíclica Caritas in veritate (29 de junho de 2009), n. 67: AAS 101 (2009), p. 700.

[174] Ibidem, n. 60: o.c., p. 695 (in Carta Encíclica Fratelli Tutti, pp. 84-85).

[175] Miguel Bruno Duarte, «ONU: o supergoverno mundial», in blog «Liceu Aristotélico», 15, 21 e 27 de Dezembro de 2017.

[176] Fratelli Tutti, p. 101.

[177] Ibidem, p. 106.

[178] Ibidem, p. 102.

[179] Ibidem, p. 102.

[180] Sobre a distinção propriamente dita entre colectivismo e individualismo, averba Frederico Hayek: «Por conceber erradamente o processo de que depende o alargamento da razão, o pensamento colectivista acaba por destruir a mesma razão depois de ter começado por a exaltar como suprema. Essa é a tragédia. E o paradoxo de todas as doutrinas colectivistas pode dizer-se que reside na sua exigência de um “controlo racional” – ou “planificação racional” – que inevitavelmente as conduz à exigência de serem alguns indivíduos a deter o poder supremo, quando só uma perspectiva individualista dos fenómenos sociais nos permite reconhecer as forças super-individuais que comandam o desenvolvimento da razão. O individualismo é assim uma atitude de humildade perante o processo social, uma atitude de humildade perante as outras opiniões, a atitude rigorosamente oposta àquele orgulho intelectual que está na origem da exigência da direcção englobante de todo o processo social» (in O Caminho para a Servidão, Teoremas, 1977, p. 257).

[181] É sempre bom relembrar a propósito: «No socialismo, o controlador e o planificador são os poderosos funcionários do Estado; no capitalismo são os ricos capitães de indústria. Hayek emprega a seguinte expressão: “no capitalismo, só os ricos são poderosos; no socialismo, só os poderosos são ricos”» (Orlando Vitorino, «Os três sistemas possíveis de organização dos povos», in Escola Formal, Terceiro Número, Agosto/Setembro 1977, p. 4).

[182] Ibidem, p. 106.

[183] Ibidem, p. 106.

[184] Ibidem, p. 107.

[185] Ibidem, p. 106.

[186] O que traduzido em linguagem pontifícia globalista transparece da seguinte forma prevalentemente fictícia: «Requer-se coragem e generosidade para estabelecer livremente certos objectivos comuns e assegurar o cumprimento em todo o mundo de algumas normas essenciais. Para que isto seja verdadeiramente útil, deve-se apoiar “a exigência de fazer fé nos compromissos subscritos (pacta sunt servanda)”, a fim de evitar “a tentação de fazer apelo mais ao direito da força que à força do direito”. Nesta perspetiva [sic], “os instrumentos normativos para a solução pacífica das controvérsias devem ser repensados de tal modo que lhes sejam reforçados o alcance e a obrigatoriedade”. Dentre esses instrumentos normativos, há que favorecer os acordos multilaterais entre os Estados, porque garantem melhor do que os acordos bilaterais o cuidado de um bem comum realmente universal e a tutela dos Estados mais vulneráveis» (ibidem, pp. 107-108).

[187] Nisto, o Papa Francisco, secundado numa suposta superioridade moral, só logra demonstrar como se nega a reconhecer frontalmente uma realidade que se impõe actualmente na sua dura complexidade: «(...) a minha crítica ao paradigma tecnocrático não significa que só procurando controlar os seus excessos é que poderemos estar seguros, já que o perigo maior não está nas coisas, nas realidades materiais, nas organizações, mas no modo como as pessoas se servem delas» (ibidem, pp. 101-102).

[189] «Dr. Steven Hotze M.D., a conservative activist and medical professional out of Houston, Texas, wants Americans to know the COVID-19 shot is not technically a “vaccine” and is actually “a dangerous, experimental gene therapy.”

“The so-called COVID-19 vaccine is not a vaccine at all. It’s a dangerous, experimental gene therapy,” he explains. “The Center for Disease Control, the CDC, gives the definition of the term vaccine on its website. A vaccine is a product that stimulates a person’s immune system to produce immunity to a specific disease. Immunity is the protection from an infectious disease. If you are immune to a disease, you can be exposed to it without being infected.”

Continuing, the doctor says, “This so-called COVID-19 vaccine does not provide any individual who receives the vaccine with immunity to COVID-19. Nor does it prevent the spread of the disease.”

Because of this, “It does not meet the CDC’s own definition of a vaccine. That’s why it’s a deceptive trade practice, under 15 U.S. Code Section 41 of the Federal Trade Commission, for pharmaceutical companies who are producing this experimental gene therapy to claim that it’s a vaccine.”

Dr. Hotze alleges these companies, along with government health bureaucrats, are lying to the public by mislabeling the product.

The experimental gene therapy is “only designed to minimize your symptoms if you were to be infected with the COVID-19 virus.”

For those who might ask why the pharmaceutical companies would intentionally call the gene therapy treatments a “vaccine,” Dr. Hotze claims Big Pharma is attempting to shield itself “because vaccine injuries or deaths are exempted by law from any product liability lawsuits.”

With no published animal studies and no long-term human studies, individuals who are taking the experimental gene therapy “vaccines,” are basically Guinea Pigs for the scientific elite.

The Texas doctor adds, “These ‘vaccines,’ which are manufactured using cells derived from human babies that were aborted in the 1970s, should more accurately be called an experimental gene therapy. They are an untested, unproven experimental gene therapy that poses a much greater danger to your health than COVID-19 itself.”

Dr. Hotze explains how major pharma company Moderna was founded in 2010 as ModeRNA Therapeutics because they were interested in developing experimental gene therapy using synthetic mRNA for the treatment of various diseases.

“Moderna has never successfully developed a product for treatment of any disease prior to this,” he states. “An experimental gene therapy using synthetic mRNA to treat an infectious disease has never been attempted in humans, because of its failure in previous animal studies.”

The synthetic messenger ribonucleic acid (mRNA) experimental gene therapy has previously immune system hyper-reactions during animal testing.

Dr. Hotze warns a similar side-effect could take place in humans when they are later exposed to the same coronavirus against which they had been previously vaccinated.

The auto-immune response could set people up for a lifetime of serious inflammatory disease.

According to Dr. Hotze, when people who take the COVID shot start to get even sicker due to the mRNA therapy, anti-vaxxers and “variant strains” of the virus will be blamed.

However, since the experimental gene therapy is being labeled a “vaccine,” the companies producing these potentially harmful products are exempt from being sued for any injury caused by vaccinations» (Kelen McBreen, «Doctor Warns Experimental COVID “Vaccine” Actually “Dangerous Gene Therapy”», in INFOWARS, March 17th 2021). Entretanto, o fact-checking, supostamente dado à “confirmação, comprovação e verificação dos factos”, não se fez aqui esperar para, na base duma cientificidade alheia bastante discutível, rebater na intempestiva tecla da eficácia e da segurança das vacinas Covid-19, não obstante o facto incontornável do seu carácter experimental a todos os títulos («US doctor makes false claims in video about Covid-19», in AFP USA,  26 March 2021).

[190] «Vaccine manufacturers Pfizer-BioNTech and Moderna are both currently running tests of their mRNA vaccines in children.

Moderna has also revealed that it has a study underway in children under 12 that will eventually include those as young as six month old babies.

CDC figures show that of almost 400,000 US deaths counted as from COVID-19, just 93 were children 4-years-old and younger.

The figure equates to less than 0.1% of the population, yet Fauci is suggesting that 23.6 million children aged 0-5-years-old need to take the vaccine, arguing that if they do not, herd immunity may not be reached» (cf. Steve Watson, «Fauci Claims Babies, Toddlers Need To Be Vaccinated For Herd Immunity; Touts 2022 As Viable Timeline», in INFOWARS, March 19th 2021). Cf. Alex Newman, «COVID Vaccine An Unprecedented “Experiment” on Humanity, Warns Dr. Madej», March 19, 2021).

[191] Cf. «UK Scientists Warn Vaccinations Alone Won’t Contain COVID Infections», in INFOWARS, March 19th 2021); «Masks and distancing could be required for several more YEARS, British public health expert says», in INFOWARS, March 22nd 2021; Michael Tennant, «Mask Mandates Don’t Necessarily Translate Into Fewer COVID-19 Cases», in The New American, March 24, 2021.

[192] Paul Joseph Watson, «Bloomberg Op-Ed: “We Must Start Planning for a Permanent Pandemic”», in INFOWARS, March 25th 2021; Steve Watson, «Supreme Court Judge Expects People Will Be Forced To Wear Masks, Stay Home For TEN YEARS», in INFOWARS, March 26th 2021.

[193] «(...) The WHO head’s latest comments somewhat echo those of the head of immunisation at Public Health England, who has warned that restrictions such as distancing and face masks will remain in place in the UK until other countries complete their vaccination programs, a process likely to take years.

As we have exhaustively highlighted, numerous other prominent individuals have asserted that rolling lockdowns, mask wearing, social distancing and other restrictions are here to stay after the pandemic is over.

In his book Covid-19: The Great Reset, World Economic Forum globalist Klaus Schwab asserts that the world will “never” return to normal, despite him admitting that coronavirus “doesn’t pose a new existential threat.”

Commenting on the issue, Joseph Massey said Ghebreyesus’ statement re-affirmed the fact that COVID lockdowns are more about “social engineering” than ending a pandemic.

“I’m not a conspiracy theorist, nor am I a COVID denier, but people like this make it difficult not to believe that lockdowns are more about social engineering than they are about stopping the virus,” he tweeted. “A vaccine is not a “complement” to being isolated and muzzled like an animal.”

Having allowed the precedent that the government can put the entire population under de facto house arrest on a whim, look for the policy to be repeated over and over again with different justifications that have nothing to do with COVID-19.

As we highlighted earlier this month, one of those justifications will be man-made global warming, with climate lockdowns set to become a regular reality» (cf. Steve Watson, «WHO Chief Says It’s “Grotesque” That Countries Are Putting Their Own Populations First», in INFOWARS, March 23rd 2021).


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