quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Sonho a Pátria que há-de vir

Escrito por Henrique Veiga de Macedo



Saudades fazem-se trovas

Neste jeito de mensagem.

- Aí vão as minhas novas

Na mais singela roupagem.


Rimam nestas redondilhas

Meu pensar e meu sentir.

- No Brasil das “Tordesilhas”,

Sonho a Pátria que há-de vir.


Sonho, e por ela trabalho,

Como posso e como sei.

- Não, não é não espantalho

Dom Sebastião – nosso Rei.


Bem junta a outras certezas,

Anda em mim a do mistério.

- No meu sonho há grandezas

Que sonham o Quinto Império.

 

O Quinto Império da cultura,

Sem fusis e sem espadas.

- Um lume aceso na altura,

... Luz das novas caminhadas.

 

Meu sonho é asa que voa,

Em busca da Pátria inteira.

- Ó meu Fernando Pessoa!

Ó meu António Vieira!

 

O Sol retine clarões,

E doira os arranha-céus.

Chegam-me ecos de canções

- Tudo me fala de Deus.

 

E até o “bem-te-vi” canta.

Eu canto Sonho e Desejo!

Quem canta seu mal espanta.

Irmãos, a todos eu vejo!

 

Sim, irmãos, a todos vejo,

E envolvo no meu abraço.

- O sentimento em lampejo

Por sobre o mar vence o espaço.




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