terça-feira, 26 de outubro de 2021

Os escritores falam do que escrevem

Entrevista a Álvaro Ribeiro




«Todos os homens desejam por natureza conhecer.»

Aristóteles («Metafísica», tradução de Carlos Humberto Gomes).


«As principais críticas de Aristóteles a todas as doutrinas da imobilidade encontram-se agrupadas nos livros da Metafísica, e com razão vemos incluída nessa miscelânea literária uma das mais belas obras de pura teologia. Só  Deus é verdadeiramente imóvel, segundo a doutrina de Aristóteles. A Física é um desenvolvido tratado do movimento e do repouso, da quietação e da inquietação. Erro lamentável foi sempre o de confundir com a física a ciência da natureza, limitada esta aos entes que vivem sob as leis do nascer e do morrer, quer dizer, ao tempo. Erram os tradutores quando escrevem naturalmente por fisicamente, como na primeira frase do primeiro livro da Metafísica. Tudo está em movimento; imóvel, só Deus; impiedosas, efémeras ou falsas serão quaisquer representações da imobilidade.

A filosofia de Aristóteles, é, pois, a defesa do movimento; na parte trivial, demonstrando contra os cépticos a verdade do discurso, ela segue as vicissitudes do sujeito, segundo os modos de ser, ou das acepções do ser, que lhe são conferidos pelos categoremas e pelas categorias; na segunda parte, ou quadrivial, ela segue o movimento das substâncias naturais, considerando principalmente o que existe por arte e por acaso. Pensar é inferir para aferir. Neste preceito aristotélico está a condenação do princípio kantista segundo o qual pensar é julgar. Aférese e diérese.»

Álvaro Ribeiro («Estudos Gerais»).


«Ao publicar, em 1943, o seu primeiro livro "O Problema da Filosofia Portuguesa", Álvaro Ribeiro já tinha atrás de si uma longa carreira intelectual, sobretudo a de discípulo de Leonardo Coimbra, mas ainda assim só manifesta na literatura e na política. Na literatura, através de inumeráveis artigos, a maior parte deles não assinados, que publicara em todo o género de revistas e jornais, muitos deles provincianos ou marginais, como o mensário fadista "A Voz de Portugal". Na política, fora ele, com Pedro Veiga, o fundador e doutrinador da "Renovação Democrática", a única afirmação superior que o "esquerdismo" teve em Portugal mas que, naturalmente, os vulgares e triunfantes esquerdistas não querem nem podem atender; a ela pertenceram personalidades como Domingos Monteiro, Delfim Santos, Casais Monteiro, Eduardo Salgueiro ou António Alvim que, na maior parte, vieram a abandonar o "esquerdismo" para se distinguirem entre os nomes mais significativos da nossa vida literária.

Os anos que decorreram entre 1930 e 1943 foram, para Álvaro Ribeiro, anos de grandes dificuldades financeiras, de funda pobreza e até miséria. Licenciado, quando já estava decretada a sua extinção, pela Faculdade de Letras do Porto onde Leonardo Coimbra chegara a reservar-lhe um lugar docente, recusou-se a seguir, como a maior parte dos discípulos do grande filósofo, a carreira de professor liceal e veio para Lisboa à procura de um emprego que não encontrou. Trabalhava em "biscates", sobretudo em redacções dos jornais onde apurou um estilo noticioso e insinuante que conservou em muitas páginas, não as menos eloquentes, dos seus livros. Assim pobre, tinha ainda a seu cargo a mãe e uma criança do triste prédio onde vivia que, ficando de súbito orfã, ele adoptara. Mas nesse tempo podia aliar-se, a uma vida de licenciado desempregado, uma certa boémia lisboeta de clubes nocturnos e casas fadistas da qual, os que ainda a conheceram, falam com uma saudade deslumbrada. A pobreza e o desemprego têm a vantagem de deixar o tempo livre. Álvaro Ribeiro podia meditar demoradamente e ler muito. José Marinho disse-me um dia: “O Álvaro pensa como um coração pulsa: sem cessar”.

Em seus anos de juventude, no Porto, lera até à exaustão as obras platónicas e sobre elas preparou ainda uma tese de doutoramento. Vindo para Lisboa, trocou Platão por Aristóteles, destruiu os escritos que fizera sobre o primeiro, passou até, e para sempre, a falar dele com certo desencanto. Mas nunca mais deixou de ler e estudar o segundo.»

Orlando Vitorino («Um filósofo singular: Álvaro Ribeiro»).


«Artista superior e homem inquieto, Aristóteles não se limitou a compendiar ensinamentos de gramática, retórica e dialéctica, em obras analíticas, mas realizou a superação da doutrina antiga, ao constituir o organon, ou o orgão, do pensamento discursivo, reflexivo e especulativo. Nos doze livros encadernados por Andrónico de Rodes sob o título de Metafísica encontram-se vários apontamentos da lógica aristotélica, os quais permitem interpretar a física e todas as doutrinas acroáticas, segundo o critério de adequação do pensamento humano à visão especulativa de mais alta realidade. Do movimento ao pensamento vai uma analogia a que Aristóteles foi sempre fiel, e sobre esse esquema lógico assentam as críticas às substantivações e substancializações da tendência fixista e do pendor técnico que ia a pouco e pouco revogando a sabedoria antiga acerca da irrealidade do mundo sensível ou da falsidade da sensação.




O substantivo, indispensável nas artes triviais, vai declinando numa lógica atenta à Natureza, isto é, ao nascer e ao morrer, à geração e à corrupção, enfim, às aparências e aos fenómenos do mundo sublunar. A aplicação dos predicados, dos predicamentos e das categorias aos substantivos realiza um processo que dissolve a opinião para consolidar a ciência, sem contudo anular a substância, não já sensível mas inteligível, que há-de ser postulada pela doutrina do movimento. Depois a modalidade dos verbos, com seu exemplo claro de distinção entre a potência e o acto, completará a lógica aristotélica, representativa da inquietação humana em difícil demanda do essencial.

Termo de quietação ao qual o inquieto ser do homem aspira, na vivência dolorosa que se pacifica pela anestesia, sem prazer, ou na inteligência persuasiva que repousa na memória, já sem querer, é termo solicitado ou postulado pelo intelecto no seu anseio de adequação à realidade. O intelecto suporta o termo interpretativo do movimento exterior e interior. O termo eidético, ideal ou essencial que o pensador tem em mente não provém de lugar exterior, determinado no espaço. A essência nominada, reconhecida pela palavra, ou inominada, concebida pelo pensador, é o terceiro termo elementar de um raciocínio completo. A essência invisível permanece fixa na memória, articula-se por processos de inteligência, e explica a coordenação e a subordinação dos fenómenos visíveis, aparências e aparições.

Horizonte fixo para o homem estático, deslocar-se-á como barreira móvel à medida que a ciência for reconhecendo a evolução humana. Em vez do pensamento sedentário, preocupado com o primeiro elemento, a pedra sobre a qual edifica ou arquitecta as imagens vãs, é o pensador itinerante quem, transitando de elemento para elemento, em viagens cada vez mais perigosas e mais precárias, alcança todavia o que as brumas escondem aos homens sem esperança.

Na invariável distância perdura a quietação, mas logo pelo movimento, interior ou exterior, nos avisa pelas imagens infixas de que até os corpos sólidos, de densidade mineral, se plasticizam, fluidificam e eterizam como quaisquer outros fenómenos. Quebra-se a anestesia, e temos de readmitir a estética. Segundo nos diz tudo está em movimento, e a sensação nos ilude quando nos desperta, quase sempre para a dor e raras vezes para o prazer. A própria árvore, que de longe nos parece imóvel, age e reage nas condições do ambiente, porque também faz parte do mundo sensível, aparente mas real.

A oposição entre a mobilidade e a imobilidade, tão propícia para a dialéctica, não satisfaz os requisitos da inteligência indagante e unificante, pelo que solicita, por inquietação, o terceiro termo elementar que permite o voo do raciocínio. O movimento há-de, por isso, ser situado entre as aparências e as essências, distinção indispensável à arte de filosofar. Se é certo que de estudar a história da filosofia quase sempre resulta o desprezo da filosofia, porque nos meandros da erudição torna-se estéril o poder conceptual, vale a pena aos curiosos verificar que aquela distinção, representada de vários modos, de vários graus e de várias formas, subsiste irredutível nos sistemas, nas sínteses e nas doutrinas.»

Álvaro Ribeiro («Estudos Gerais»).



Os escritores falam do que escrevem

Álvaro Ribeiro é uma figura de grande relevo na nossa vida cultural – a qual não peca por excesso de riqueza – por seus trabalhos notáveis, principalmente nos domínios da filosofia. Tem, neste campo, vedado ao grande público, ideias próprias, conceitos próprios, critérios próprios. O problema, senão os problemas da filosofia em Portugal e da filosofia portuguesa têm sido por ele explanados em profundidade, quer no que têm de histórico e constituem a herança legada e mal recebida, do passado, quer no que eles têm de implicações actuais. Assumiu, a esse respeito, uma atitude crítica e uma outra construtiva. Não se limita a discordar do que se faz mal, como aponta, com grande lucidez e intensa claridade, a maneira por que, em seu critério, se devia fazer bem. Os seus estudos sobre Sampaio (Bruno) e Leonardo Coimbra figuram entre os melhores, porque os mais sérios, mais lúcidos, mais completos, até hoje publicados.




Álvaro Ribeiro, em relação ao muito que vale, ao muito que sabe, ao muito que tem a dizer, escreve pouco, o que não obsta a que a influência espiritual e cultural que exerce seja grande.

– Em que trabalha actualmente? – inquirimos.

– Presto serviço numa repartição pública onde me esforço por corresponder, do modo mais satisfatório, à confiança dos meus superiores. Trabalhar é um dever social, mas a alegria no trabalho só é dada a quem realizar na sua profissão o ideal da sua personalidade.

– Luta, então, com a falta de tempo para escrever, depois do dia laborioso?

– Tempo há sempre, quando a vocação, ou «chamada», se apresenta como imperativo categórico. Renunciando a vários divertimentos humanos, evitando a ociosidade das tertúlias, encurtando os períodos de repouso, o escritor economizará uma ou duas horas por dia para se libertar da pressão interior, isto é, para exprimir o que lhe mandam dizer.

A maior dificuldade está no problema de obter tempo livre para actualizar a cultura, já que as bibliotecas públicas funcionam às horas em que os estudantes estão nas aulas e os empregados nos escritórios. As bibliotecas eruditas são «só para os sócios» das respectivas colectividades.

Ora sem frequente consulta de novos livros, sem documentação fortificante, a produção do intelectual isolado não pode ir além do ensaio opinioso.

– Preferiria ser bibliotecário, professor, jornalista, se outra orientação profissional não tivesse dado à sua vida de escritor?

 – Gostaria eu de ter aplicado as minhas habilitações ou os meus préstimos em um trabalho importante e urgente de serviço público: – a edição nacional e popular da obra completa de Aristóteles. A obra de Aristóteles é a pedra filosofal que permite a transformação, por assim dizer, alquimista, dos metais vis em metais nobres que constituem a alta cultura. A cada geração que queira aperfeiçoar ou renovar o sistema de conhecimentos humanos cumpre, antes de mais, publicar a tradução actualizada dos livros paradigmáticos. O aristotelismo medieval de Averróis, Maimónides e Santo Tomás de Aquino, como também o dos comentadores modernos Pedro da Fonseca, Francisco Suárez ou João Baptista afiguram-se-nos hoje meros documentos paleográficos, nocivos em quanto obstam a que o estudante diligente surpreenda nas obras dos filósofos nossos contemporâneos inspiração benéfica da doutrina perene.

 – Refere-se a um trabalho de grupo, talvez patrocinado por uma fundação cultural ou por um instituto didáctico. Encarregar-se-ia de traduzir directamente do grego, não é verdade?

– É verdade que não sou helenista; mas a tradução da obra de Aristóteles, se for confiada somente a especialistas de filologia clássica, conservará em termos arcaizantes as erróneas várias das traduções árabes, hebraicas e latinas que adulteraram tendencionalmente a nobre doutrina do fundador do Liceu. Só por intuição filosófica será possível recuperar a palavra do Mestre. Convém distinguir: há tradução e há tradição. O texto francês que J. Tricot fixou para os livros de Aristóteles, editados pela Librairie Philosophique J. Vrin, dar-nos-á o exemplo de um mau serviço para os estudantes universitários. A tradução espanhola da Retórica, escrita por António Tovar, é um modelo de actualização quase perfeita.

– Se atribui à tradução portuguesa da obra de Aristóteles tão alta importância para a estabilização da nossa cultura, alguma vez apresentou, certamente, o seu alvitre e a sua proposta às entidades responsáveis.

– Infelizmente.

– Pode esclarecer a sua resposta lacónica e amarga?

– Em Portugal tem sido dada à palavra cultura uma acepção perversa. A deslocação semântica explica a indiferença social pelos primeiros problemas. Assim é que as instituições chamadas de cultura obedecem muito mais a um critério utilitário ou disciplinar do que ao culto da verdade. A investigação científica declina para a aplicação técnica. Vivemos num tempo em que a filosofia do trabalho, que tem o seu máximo expoente em Karl Marx, autor do Das Kapital, vai substituindo a filosofia do capital, exposta admiravelmente por Aristóteles, a quem devemos o lúcido e perene conceito de escravatura.

– Há tão obscura ironia nas suas palavras como em muitas páginas dos seus ensaios. Algo de contraditório inverte a situação dos escritores portugueses, não é assim?

– Acima da verdade colocam os intelectuais portugueses outros valores mais emocionantes: ou a beleza que exprimem em escritos de mal dissimulada vaidade, ou a bondade que pretendem realizar por modalidade polémica. Quem se dedica de preferência à pesquisa da verdade, e, consequentemente, aspira a aperfeiçoar a sua cultura filosófica, entra em desentendimento com as tertúlias literárias e descuida até publicar livros.

– Diga-me agora, para concluir, que obra prepara para contento dos leitores?

– Não me considero publicista nem industrial das letras. Eis porque me esquivo a declarar títulos, a indicar editores, a marcar prazos nesta nossa conversa acerca das relações entre o pensar, o falar e o escrever. Os escritores falam do que escrevem... 

(In Diário de Notícias, ano 104, n.º 36 667, Lisboa, 4 de Abril de 1968, pp. 17 e 18).



quarta-feira, 20 de outubro de 2021

O espectador morreu – viva o teatro

Escrito por Orlando Vitorino



                                                   «"Sou um homem da cultura"


A TARDE – Afirma não ser realizador de cinema. Como se define?

Orlando Vitorino – Dispenso os rótulos. Digamos que sou um homem da cultura. E a cultura manifesta-se de muitas maneiras. Faço cinema como posso fazer teatro. Aliás, este filme foi tirado de uma peça de teatro. Não há cultura autêntica sem uma fundamentação filosófica.

A TARDE – A propósito, como adquiriu a sua formação filosófica?

Orlando Vitorino
 – Formei-me na Faculdade mas lá não aprendi rigorosamente coisa nenhuma. Tudo o que sei aprendi através da linha de uma cultura portuguesa não reconhecida e abafada pela cultura oficial. Essa linha, que eu considero a maior de todas, inicia-se com Teixeira de Pascoaes e Leonardo Coimbra. A sua segunda geração reúne nomes como José Régio, José Marinho, Álvaro Ribeiro e Santana Dionísio. Eu incluo-me na terceira geração, a dos discípulos. Evidentemente que são tudo nomes repudiados. Para nós não há apoios, subsídios, nada.

Os repudiados

A TARDE – Acha então que o seu trabalho só não é reconhecido por se inserir na linha de pensamento e/ou estilo de Teixeira de Pascoaes?

Orlando Vitorino
 – Somos marginalizados pela cultura oficial.

A TARDE – E o que é a cultura oficial?

Orlando Vitorino
 – São as instituições, as universidades, o ensino marxizado, é o considerar-se a cultura como um instrumento da política.

A TARDE – Mas formou-se em Filosofia numa dessas instituições.

Orlando Vitorino – Sim. Mas apenas por chantagem social. O ensino em Portugal não presta para nada. Apenas se salva a instrução primária, e mesmo essa estão a tentar destruir.»

Entrevista a Orlando Vitorino inserta em A Tarde (n.º 871, II Série, 4/11/85).





O espectador morreu – viva o teatro


1. O que mais importa, e com maior urgência, é acabarmos de vez com esta ilusão que a todo o custo e por alto custo teimamos em manter e prolongar. O que importa é reconhecer que os espectadores gostam de outros espectáculos, não daqueles que o teatro lhes pode oferecer. Gostam dos espectáculos oferecidos pelo cinema ou pela televisão ou pelo futebol ou pela ópera ou pelo ballet. Teatro, não. A explicação, a mais simples e corrente, é a de que os espectadores não estão ou deixaram de estar culturalmente apetrechados para os espectáculos de teatro. Ora, nós, que somos do «meio», sabemos bem como esta explicação é falsa. Porque nós, os do «meio», também não gostamos dos espectáculos de teatro, e a prova é que raros de nós, e raras vezes, vamos ao teatro. E quando o fazemos, o que nos move não é o prazer, a expectativa, o sobressalto que acompanham a decisão de ir a um espectáculo de que se gosta. Vamos por outros motivos: por obrigação, por profissionalismo, por camaradagem, por amor e por ódio. Tenhamos, pois, a coragem de dizer, como Ionesco: nós não gostamos de teatro. E generalizamos como convém a quem quer pensar: os espectadores não gostam de teatro.

Há, todavia, espectáculos de teatro que se prolongam durante meses, às vezes, em alguns países, durante anos, espectáculos que, para assim se prolongarem, têm espectadores que a eles acorrem. Dado que temos por verdadeira a nossa asserção, tratemos de verificar o que é que leva espectadores a alguns, embora raros, espectáculos de teatro. E verificamos que se trata, sempre, de motivações que estão longe de representar algum gosto pelo teatro: ou o snobismo ou uma corrente de opinião ou uma corrente ideológica ou a publicidade coerciva ou a facilidade gratuita, cómoda na aquisição de bilhetes quando não haja nada que fazer nem dinheiro para fazer nada ou a perspectiva de um escândalo ou, finalmente, a diversão que – não o espectáculo mas um elemento do espectáculo (um actor cómico, por exemplo, ou uma actriz trágica) – decerto proporcionará. Estes casos raríssimos da existência de espectadores, nada têm pois a ver com o gosto do teatro e acabam, antes, por resultar humilhantes e ofensivos para a arte que o teatro é. Dizemos humilhantes e ofensivos porque não são efectivamente outra coisa aquelas motivações extrínsecas ao teatro, que nada têm a ver com o espectáculo como teatro. Nenhuma dessas extrínsecas motivações se encontra naqueles espectáculos de que os espectadores gostam, seja um espectáculo de futebol, que reúne multidões, seja para um número mais reduzido de espectadores, um espectáculo de bailado ou de ópera. Ninguém vai ao futebol por snobismo, ninguém deixa de ir ao futebol por não jogarem as vedetas. E também dizemos que são humilhantes e ofensivas porque, além das razões expostas, elas só conduzem à degradação do teatro.

2. Sem espectadores, não há espectáculo. Dir-se-á, então, que não haver espectadores, não há teatro? Ou dir-se-á que não há espectadores porque o teatro não é um espectáculo?

Habituámo-nos, habituaram-nos a esta imagem do teatro. A de que o teatro é um espectáculo. Ao fundo de uma sala, como ao fundo das bancadas de um estádio, como no extremo de um buraco escuro que são as salas de cinema, ir-se-á mostrar, espectar qualquer coisa de que nós, indiferentes, soberanos, cheios de nós dentro de nós, seremos os espectadores, «sentados na nossa cadeira como um rei no trono». Como reis no trono vemos, efectivamente, sentadas nas bancadas dos estádios, as multidões do futebol, que gritam insultos a jogadores e a árbitros, que aplaudem, ululam, julgam, condenam e absolvem. Nas diversas variantes deste modelo, vemos sentados nos seus tronos os espectadores de bailados e de óperas. Mas os do teatro, os raros, sentam-se humildes, quase envergonhados, a esconderem-se por detrás de um sorriso comprometido, como se pedissem que os não vejam, que os desculpem; ou, mais rudes e brutos, julgam sobranceiros, desprezam e desdenham, tossem, chegam atrasados depois de cada intervalo, saem antes do fim.

Habituaram-nos, pois, a esta imagem de que o teatro é um espectáculo. Virá de longe, não virá de longe a imagem? Um século, dois séculos, não mais de quatro séculos. Antes, o teatro seria outra coisa, não espectáculo, não para espectadores. Mas a imagem acentuou-se e o espectáculo degradou-se até ao negócio e à indústria. E por fim foi ultrapassado, vencido, arrumado pelo cinema. Agora, já pela televisão. Os mesmos espectadores, perdeu-os. Sem eles, deixou de ser espectáculo. Para bem? Conseguirá perdurar?

3. A poder ser alguma coisa, a voltar a ser, o teatro será, pois, teatro sem espectadores. O que não significa, evidentemente, que aquilo que os actores farão, o farão sozinhos, num recinto vazio. Significa, sim, que o teatro se viu forçado pelas circunstâncias (já que o não fez, como devia, por si próprio) a ter de negar os espectadores.

O primeiro modo, mais imediato, de os negar é o que está a ser manifestado em tentativas como a do Open Theatre ou, mais conhecida na Europa, a do Living Theatre. Trata-se de levar o actor a desafiar, até ofender e insultar, aquele que se aproximou ainda metido na figura de espectador. Por exemplo: desnudando-se em cena, o actor desafia-o a que, se acaso é efectivamente um homem decidido a libertar-se, se desnude também. Esta imediateidade é ainda ingénua e a negação que há nela arrisca-se a não passar de um insulto. Pode acontecer, como efectivamente aconteceu, que uma linda rapariga saia da plateia, suba ao palco e se desnude para reconhecer e declarar que nesse gesto, apenas escandaloso, não reside qualquer espécie de libertação.

Segundo modo de negar o espectador, este também a ser já experimentado, é o de «formar» o actor fazendo dele um instrumento despersonalizado, entendendo-se que a personalidade (conceito e forma, aliás, de origem teatral) constitui a escravização social do ser humano. A finalidade ideal deste processo é fazer do actor, do homem, um anjo; afigura-se ela, porém, irrealizável, sobretudo em teatro.

Com efeito, representará este processo a total disponibilidade do ser humano para receber e exprimir todos os conteúdos que a alma e o espírito lhe possam dispensar e oferecer. Ao libertar-se da personalização, o ser humano libertar-se-á da alma e do espírito que lhe são próprios. Será só corpo, apto a receber todos os alheios conteúdos anímicos e espirituais; mas porque, precisamente, não tem os seus próprios, a angelogia corre o risco de resultar numa demonologia e o ser humano despersonalizado de não ficar senão uma pura ou vazia disponibilidade à mercê de todas as possessões. Assim se reconstituirá o anátema medieval do actor condenado por deficiência de alma e ausência de virtude.



Por outro lado, tal processo apenas incide sobre um dos elementos de que o teatro é feito: o gesto do actor. E não tem em conta o que no teatro mais importa: a palavra e a acção que pelo actor se dizem e manifestam mas nele não têm origem. No espectáculo que o teatro tem sido, só do actor dependia, e todo ele do actor dependia, o desempenho das personagens. Liberto do espectáculo, o teatro poderá exigir do actor, não apenas o desempenho, mas sobretudo a interpretação. As técnicas que tentam reduzir o actor a um corpo sujeito a ficar possesso, não favorecem a dignidade da interpretação e desenvolvem-se entre os limites ultrapassados do desempenho.

Dos outros modos de negar o espectador, o mais susceptível de resultados imediatos será o da transformação arquitectónica dos espaços onde o teatro se realiza. Com efeito, destruída a arquitectónica burguesa do espectáculo, que dá evidência aos actores e «tronos» aos espectadores, estes deixarão de ter lugar. As tentativas e ensaios que nesse sentido estão sendo feitas um pouco por toda a parte, limitam-se porém a um «arranjo» dentro da arquitectura existente, quando o que se impõe e espera é uma transformação arquitectónica mais profunda do que aquela que distingue os teatros clássicos, com suas bancadas e pódios, dos teatros italianos, renascentistas e burgueses que se espalharam por todas as cidades do mundo.

Da arquitectura está dependente a sobrevivência das cenas e cenários, da cenografia que se inventou na Renascença e depois se desenvolveu monstruosamente. O cenário e a cena ampliaram-se até tornarem minúscula a figura humana segundo o modelo, ou a imagem, que transitou da ópera para o ballet e para o futebol. Ao esmagar a figura humana, a cenografia esmagou todo o teatro. O seu desenvolvimento foi paralelo ao da redução do teatro a espectáculo. No lugar do homem, homúnculos. No lugar do teatro, espectáculos. E sobranceiro, sentado no trono, o espectador!

4. O desaparecimento do espectador não é apenas o desaparecimento de uma imagem a que nos habituaram. É sobretudo a abertura para uma transformação da sensibilidade e para uma ressurreição de pensamento. A imagem destrói-se, tanto mais que os que a conservam dentro de si são os que já substituíram aquilo que fizeram do teatro por outros espectáculos. O domínio da sensibilidade é para onde se orientam as experiências, tentativas e ensaios que se destinam a negar o espectador. O jogo, porém, é com três bolas.

(in Teoremas de Teatro, n.º 12, Direcção: Orlando Vitorino, composto e impresso nas Oficinas da «Gazeta do Sul», Montijo, pp. 56-60. Não assinado).




sexta-feira, 15 de outubro de 2021

COVID-19 vaccines result in far more deaths in just 10 months than all other vaccines combined for the last 30 years

Written by Mary Villareal


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Data from the Vaccine Adverse Event Reporting System (VAERS) shows that the Wuhan coronavirus (COVID-19) vaccines had been associated to the deaths of 16,310 people since December last year. Prior to that, there had only been 6,214 people who died from all vaccines approved by the Food and Drug Administration (FDA) in 30 years.

There have also been more permanent disabilities, life-threatening reactions and hospitalizations from COVID-19 vaccines compared to all other mandated jabs in the past 30 years. The database has also recorded 2,102 fetal deaths following the inoculation of the COVID-19 shots in pregnant women.

Yet, the Centers for Disease Control and Prevention (CDC) continues to tell American people and pregnant women that it is safe to get a COVID-19 vaccine.

Record number of people suffering from adverse effects

The CDC admits that there are risks of thrombosis and heart diseases from the COVID-19 vaccines, especially among younger males. However, they brush aside these known side effects as “rare” and continue to push people to get the shots despite the risks. (Related: Government caught “scrubbing” Covid-19 vaccine injuries and deaths.)

The VAERS database is open to the public to fact-check their claims. As of October 1, there had been 12,553 cases of thrombosis recorded through VAERS, resulting in 589 death, 869 permanent disabilities and 2,543 life-threatening events for people who took COVID-19 shots in the first 10 months of rollout. Using the same data for all the vaccines in the past 30 years, there have been 487 cases of thrombosis resulting in 18 deaths, 65 permanent disabilities and 110 life-threatening events.

Since the rollout of the COVID-19 vaccines, there had been 26 times more cases of blood clots and 33 times more deaths from blood clots than cases and deaths due to blood clots following all other types of vaccinations in the past 30 years.

Senior citizens over the age of 65 comprise 76 percent of the recorded deaths following the COVID-19 vaccination, which translates to 12,396 deaths. Before the COVID-19 vaccination, there had only been 1,068 people over the age of 65 who died from any of the previous types of vaccines in the past 30 years.




Older adults are among the hardest hit by the coronavirus pandemic. People 65 years and older represent nearly 80 percent of all COVID-19 deaths as of September 29. At the same time, these older adults are among the first to receive the vaccine and have the highest vaccination rates among all age groups, with 83.3 percent fully vaccinated.

Despite these numbers, the CDC and the FDA still approved the booster dose for this age group.

COVID-19 cases and hospitalizations rise among vaccinated

In Pennsylvania, COVID-19 infections and hospitalizations have risen among the vaccinated. Officials say that the majority of people in the area are vaccinated, but it is likely that the protection has already waned.

The Department of Health data on so-called breakthrough infections shows that between September 5 and October 4, about a quarter of infections and nearly 5,000 hospital admissions across the state were among vaccinated individuals. As more people get vaccinated, there are also more vaccinated people who contract the virus and eventually wind up in the hospital.

The situation in Pennsylvania mirrors the national impact of the virus. COVID-19 cases accounted for 14 percent of U.S. hospitalizations and 16 percent of deaths in June and July – about twice the percentage compared to earlier in the year.

Get more news and updates about COVID-19 at Pandemic.news.

(in VACCINES.NEWS)

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terça-feira, 12 de outubro de 2021

New documentary film “TrustWHO” exposes Bill Gates for bankrolling global genocide programs

Written by Ethan Huff


Lilian Franck has put out a new documentary film called “TrustWHO” that exposes billionaire eugenicist Bill Gates as the world’s number-one financier of terrorism and genocide.

The way Franck frames it is that Gates is the primary contributor to the World Health Organization (WHO), the “public health” arm of the globalist United Nations. Were it not for the gobs of cash Gates is constantly throwing at it, the WHO probably would not even exist, at least not in its current capacity.

No other entity on earth, including entire national governments, sends more cash to the WHO than Gates. Robert F. Kennedy Jr. talks all about this in his new book “Vax-Unvax,” which is set to be released in November.

“Gates has used his money strategically to infect the international aid agencies with his distorted self-serving priorities,” Kennedy writes. “The U.S. historically has been the largest direct donor to WHO.”

As revealed by The Defender, Gates contributes to the WHO via multiple avenues, one of them being his Bill & Melinda Gates Foundation. Another is GAVI, which was founded by the Gates Foundation in partnership with the WHO, the World Bank, and a handful of vaccine manufacturers.

“As of 2018, the cumulative contributions from the Gates Foundation and GAVI made Gates the unofficial top sponsor of the WHO, even before the Trump administration’s 2020 move to cut all his support to the organization,” The Defender reported.

The WHO is basically run by Bill Gates

Even Politico called out Gates for his undue influence over the WHO and its agenda. A “disproportionate amount” of the WHO’s resources are spent on what can only be described as Gates’ personal pet projects, that exposé revealed.

“His sway has NGOs and academics worried,” Politico reported.

“Some health advocates fear that because the Gates Foundation’s money comes from investments in big business, it could serve as a Trojan horse for corporate interests to undermine WHO’s role in setting standards and shaping health policies.”


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In her film, Franck covers all this and more, including how Gates routes additional funding to the WHO through SAGE (Strategic Advisory Group of Experts), UNICEF and Rotary International. All in all, Gates’ contributions to the WHO amount to over $1 billion.

Back when the WHO was first founded, the film goes on to explain, it maintained autonomy in deciding where and how funds were disbursed. Now, thanks to influence from Gates, at least 70 percent of the WHO’s funding is tied to “special projects.”

“Gates’ vaccine obsession has diverted WHO’s giving from poverty alleviation, nutrition, and clean water to make vaccine uptake its preeminent public health metric. And Gates is not afraid to throw his weight around,” Kennedy’s book also explains.

“The sheer magnitude of his foundation’s financial contributions has made Bill Gates an unofficial – albeit unelected – leader of the WHO.”

Gates steered WHO funding to secret projects during the 2009 H1N1 “swine flu” pandemic, and he did it again with the Wuhan coronavirus (Covid-19), revealing much of what he had planned at the Event 201 gathering back in Fall 2019.

Interestingly, the WHO showed absolutely no concern about H1N1 six weeks before it was declared as a “pandemic.” Then, seemingly out of nowhere, the UN body changed the definition of a pandemic, removing all severity and high mortality criteria to render any “worldwide epidemic of a disease” as a “pandemic.”

This is why it was so easy for governing bodies all around the world to declare the Chinese Virus as a “pandemic,” even though there are few visible signs to suggest that people are really even getting sick on a massive scale like the mainstream media and White House are claiming.

The latest news about the Chinese Virus and other globalist scams can be found at Pandemic.news.

(in VACCINES.NEWS)



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domingo, 10 de outubro de 2021

SHOCKER: Three existing covid vaccines actually contain DNA (not just RNA) for spike protein synthesis inside your body

Written by Lance D Johnson


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The various COVID vaccines being rushed into existence do not operate as traditional biologics (vaccines) and are being falsely represented and regulated as such. Standard vaccines introduce attenuated (weakened) forms of a target virus, in conjunction with inflammatory adjuvant and other chemicals. These new mRNA, adenovirus-vectored, and DNA vaccines utilize the “software” of the virus, forcing the body to make copies of it.

Professor Jonathan Gershoni from Israel’s Tel Aviv University explains that three covid vaccines on the market are actually DNA vaccines. Inoculations manufactured by Sputnik V, AstraZeneca and Johnson & Johnson contain DNA (not just RNA) that is inserted into the nucleus of human cells to ultimately translate and replicate lab engineered spike proteins.

India is getting a new type of DNA vaccine made by Zydus Cadila; it will be called ZyCoV-D. This vaccine contains less DNA than the other DNA vaccines and that DNA is not concealed by a viral vector (adenovirus). For these vaccines, the 1,200 amino acid sequence of the coronavirus spike protein is contained in a plasmid, and it is administered intra-dermally in a three dose, three-month protocol using a high-pressure stream of liquid containing the DNA.

Gene experiments, cellular reprogramming and the destruction of the innate immune system

The adenovirus-vectored covid vaccines all contain DNA from the engineered spike protein. These vaccines stealthily deliver DNA from the bioweapon, concealing it in an adenovirus shell. Once the spike protein DNA bypasses the innate immune system, its genetic instructions are transcribed into the human cells, mass producing lab engineered spike proteins.

The pharmaceutical media and the fact checkers continue to lie about the experimental, gene-altering science behind new COVID vaccines. In unison, they claim that the vaccines do not alter human DNA or change genetic expression. However, these vaccines are genetic experiments designed to keep humans dependent on vaccine updates; the inoculations were designed to breach the innate immune system for the purpose of altering how cells read the body’s own genetic code.


The adenovirus-vectored vaccines carry the spike protein DNA into the cell by using the adenovirus to subvert the innate immune response. The mRNA vaccines use lipid nano-particles to conceal the instructions and slip them into the ribosomes of the cell. In the initial process of subverting the immune system, these vaccines do not beckon a strong enough T cell response to elicit adequate T helper 1, T helper 2, and memory B cells. Because the innate immune system is not exposed to the whole virus, including the envelope and the nucleocapsid, the immune system SUFFERS. This incomplete and subverted immune response primes the body for severe disease upon subsequent re-infection.

No guarantee these gene-altering experiments are temporary

With this new vaccine technology, the messenger RNA or the DNA of a foreign, lab engineered spike protein is inserted into the body to overwrite the natural protein synthesis of the affected cells. Once this natural transcription process is re-engineered by the vaccines, there’s no guarantee that the cells will stop using this foreign code. There are no studies mapping where the spike proteins travel to in the body, how long they might last, or if their replication alters protein synthesis indefinitely and becomes a part of human cells or human DNA.

Because DNA is unable to transcribe by itself, the DNA vaccines must insert the foreign DNA into the nucleus of the human cell. This allows messenger RNA to make a disposable copy of the DNA, preparing instructions for protein synthesis in the ribosome. The RNA has the ability to interact with the ribosomes of the cell, and is responsible for encoding the type of protein the cell is instructed to manufacture.

As predominant mutations of the spike protein are discovered in the wild, vaccine makers can study that DNA and retool the DNA and mRNA in their vaccines, to replicate new sequences of spike protein in humans each year.

(in VACCINES.NEWS)



sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Lies they told us about COVID

Written by Don Surber


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The government and the media have lied about covid 19 from Day One. No wonder so many people refuse to take the vaccine.

The lies began from the get-go.

Time magazine on May 8, 2020, reported, “The Coronavirus Originated in Bats and Can Infect Cats, WHO Scientist Says.”

The story said, “A World Health Organization scientist said covid-19 comes from bats and can infect cats and ferrets, but more research is needed into the suspected animal link to the disease.

“The novel coronavirus comes from a group of viruses that originate or spread in bats, and it’s still unclear what animal may have transmitted the disease to humans, Peter Ben Embarek, a WHO expert in animal diseases that jump to humans, said Friday in a briefing with reporters.

“The virus probably arrived in humans through contact with animals raised for food supply, though scientists have yet to determine which species, he said. Studies have shown that cats and ferrets are susceptible to Covid-19, and dogs to a lesser extent, he said, adding that it’s important to find out which animals can get it to avoid creating a reservoir in another species.”

The stork also delivers babies.

Then there was the one about Red China controlling the virus.

Nature magazine on March 18, 2020, reported, “The coronavirus emerged in Wuhan, a city of 11 million people in China’s Hubei province, in late 2019. Cases of the disease it causes, covid-19, grew by several thousand per day in China in late January and early February, the peak of the epidemic there.

“The number of infections appearing each day has since plummeted in China, owing in large part to containment efforts, but the outbreak is now a global pandemic. Large outbreaks in South Korea, Iran, Italy and elsewhere have propelled a spike in international cases across more than 150 countries.”

Nine days later, Radio Free Asia reported, “Estimates Show Wuhan Death Toll Far Higher Than Official Figure.”

The story said, “As authorities lifted a two-month coronavirus lockdown in the central Chinese city of Wuhan, residents said they were growing increasingly skeptical that the figure of some 2,500 deaths in the city to date was accurate.”

The story also said, “Funeral homes have informed families that they will try to complete cremations before the traditional grave-tending festival of Qing Ming on April 5, which would indicate a 12-day process beginning on March 23.

“Such an estimate would mean that 42,000 urns would be given out during that time.”

But why would Red China lie about something like this?

And even though it began in a city that houses a biological warfare lab, covid totally was not manmade.

Forbes magazine reported on March 17, 2020, “No, Covid 19 Coronavirus Was Not Bioengineered. Here’s The Research That Debunks That Idea.”

The column began, “Don’t you just love conspiracy theories?”

No, not really. I don’t like the conspiracy theory that Putin stole the 2016 election for Trump.

And of course Military Manly Man Mark Milley assured us Red China did not unleash covid upon the world.

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The Guardian reported on April 14, 2020, “The Pentagon’s top general has said that U.S. intelligence has looked into the possibility that the coronavirus outbreak could have started in a Chinese laboratory, but that the weight of evidence so far pointed towards natural origins.

“The chairman of the joint chiefs of staff, General Mark Milley, was speaking on the day of a Washington Post report about state department cables in 2018 in which U.S. diplomats raised safety concerns about the Wuhan Institute of Virology which was conducting studies of coronavirus from bats.”

And if you cannot trust the word of a four-star general who assured Red China he would give them a heads up in case of war, who can you trust?

I mean besides everyone else in America, including Hunter Biden.

Then there was flattening the curve. The idea was we would shut down our economy for two weeks and slow the spread of the virus just enough to defeat it.

CBS reported on April 6, 2020, “A number of countries around the world have been lockdown for weeks in an effort to flatten the curve and reduce the spread of coronavirus. Flattening the curve does not necessarily mean seeing a decrease in total cases right away; it would first produce a decline in the number of new cases, which should result in fewer hospitalizations and death in the weeks that follow.”

In some places in America, we are in Week 78 of the two-week lockdown.

Quarantining the healthy is a uniquely governmental approach to a medical crisis. It is like amputating your arm because you have gangrene in your leg.

And lying about covid is a good way to lose credibility when you need it most.

Which just happens to undermine public confidence in the vaccine.

But a few of the people hectoring us about the vaccine today told us last year that the vaccine was no good!

Joy Behar said on September 9, 2020, “As far as the vaccine is concerned, I’d like to inform America — in case we don’t know this because I looked all this up for you — the mumps vaccine took four years, the polio vaccine took 20 years, and the smallpox vaccine took a few centuries.

“It was developed initially in 1796, when they started to think about it, and it became useful in the 1950s. OK? It is not a simple thing to do.”

Referring to President Trump, she said, “He will push anything to get re-elected. Don’t fall for it, and by the way, I will take the vaccine after Ivanka takes it.”

The next day, Ivanka said she would take the vaccine and she did.

The problem with lies is eventually nobody believes you even when you tell the truth.

(in VACCINES.NEWS)

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