sexta-feira, 20 de abril de 2012

A trama maçónica (ii)

Escrito por Manuel Guerra 





«… Às vezes falta às pessoas leituras sérias, rigorosas e complexas. Nós fugimos às leituras complexas da história, e o grande desafio, quando se aborda a maçonaria e outras instituições enredadas em muita mitologia conspiracionista, é o de olharmos para além de toda a poeira, da polémica, da demagogia e de muita propaganda.

(…) Volto a repetir: o poder da maçonaria é mais mítico do que real. Se atribuirmos a um determinado membro poderoso o seu poder na relação estreita com a sua pertença à maçonaria, então, podemos fazer uma interpretação desse género. Se formos capazes de distinguir a pertença dos cargos exercidos autonomamente, sem estabelecer essa relação estreita, poderemos ter outra leitura. Tudo depende das leituras que se fizerem em cada momento, porque é muito difícil provar essa relação directa que, mais uma vez, é muito marcada por esta mitomania da conspiração, da qual a nossa cultura ainda não se libertou».


José Eduardo Franco (professor universitário presente no «Debate: Maçons reivindicam privacidade», in «O Poder da Maçonaria Portuguesa»).



«A julgar pelos documentos que conheço, a conspiração maçónica ou não existiu ou não pode ser demonstrada, pelo menos da forma como se costuma conceber uma conspiração, como um projecto estruturado por toda a maçonaria em ordem a obter o controlo dos Governos das diferentes nações e do mundo inteiro ou de toda a humanidade. Porém, se se levantasse o véu do segredo maçónico com efeitos retroactivos, quantos secretários-gerais e altos dirigentes da anterior Sociedade das Nações e da actual ONU não terão sido mações? Lembremo-nos de Léon Bourgeois, que, com outros mações (Jules Ferry, Émil Combes, etc.) submissos às directrizes das lojas, se destacou nas tarefas de laicização do ensino e de eliminação da educação religiosa em França. De mero funcionário numa prefeitura, Bourgeois chegou a Grão-Mestre do Grande Oriente Francês, presidente da Sociedade das Nações e prémio Nobel.

Vários autores rejeitam a conspiração maçónica escudando-se na fragmentação, na falta de unidade das diferentes obediências maçónicas, ou pelo menos das principais. Esse é um aspecto a que a maçonaria procurou obviar já desde a reunião realizada na cidade alemã de Wilhelmsblad em 1782. Em 1902, tentou-se a união dos diferentes ramos maçónicos, e especialmente da Grande Loja e do Grande Oriente, ou seja, das representantes da maçonaria regular e irregular. Conseguir-se-ia dessa maneira uma solidariedade e uma eficácia maiores. Para isso foi criado o Bureau International des Relations Maçonniques, com sede em Genebra. Depois de outras tentativas, como por exemplo a da Oficina Mundial Maçónica, instituída antes da Primeira Grande Guerra, a aspiração à unidade maçónica pareceu concretizar-se na A.M.I. (Associação Maçónica Internacional), fundada em 1921. Mas teve uma existência efémera, tendo ficado muito enfraquecida com a retirada da maçonaria dos Estados Unidos, a mais numerosa e potente, com uma enorme diferença em relação às restantes.



Em 1961, a maçonaria irregular instituiu o CLIPSAS (Centre de Liaison et d’Information des Puissances Maçonniques Signataires de A’Appel de Strasbourg) para a «promoção do laicismo e da liberdade de consciência». É constituída pelos Grandes Orientes de França, Bélgica e Alemanha e as Grandes Lojas de Holanda, Dinamarca e Itália e tem a sua sede em Bruxelas. O CLIPSAS denunciou "o dogmatismo e o conservadorismo social da maçonaria anglo-saxónica", isto é, da maçonaria regular. Admite ateus, agnósticos e mulheres como membros. Não renuncia à participação na política nem a acções directas "a favor dos direitos humanos e da democracia"».

Manuel Guerra («A Trama Maçónica»).



«...Nos últimos dez anos, os grão-mestres do GOL, têm tido ligações à política, mas Fernando Lima, o seu sucessor, vem quebrar esse ciclo. O GOL está a desinteressar-se da política?


Até me congratulo com essa situação, porque o GOL não pode ser confundido com uma organização parapartidária nem ter simpatias partidárias definidas. Nós aqui sempre tivemos dirigentes de partidos políticos, mas também sempre tivemos muitos maçons sem filiação partidária. E nesse aspecto ainda bem que o grão-mestre actual reflecte essa sensibilidade, porque permite separar melhor as águas. Permite não ver essa associação tão habitual entre o GOL e um determinado partido político [PS].

Significa, então, como os maçons repetem várias vezes, que a maçonaria não "conspira" no plano político?


Conspirações, normalmente, só existem em ditaduras. Portanto, conspirações não existem. Em democracia jogam-se as regras do jogo democrático.


Não lhe pergunto no sentido literal, mas no das solidariedades e jogadas políticas entre os maçons.




António Reis



A organização maçónica, como tal, não interfere directamente na vida política. Não dá ordens aos partidos políticos. Limita-se a defender um conjunto de valores em que insiste e que gosta que sejam respeitados na vida social e política do País. Valores da igualdade, da liberdade, da fraternidade, da laicidade. Mas não é um instrumento de intervenção política. Os maçons individualmente, esses sim, podem fazer essa intervenção na vida política em nome dos valores próprios da maçonaria.

(…) Os maçons continuam a recusar a terminologia 'sociedade secreta'. É um termo insultuoso?


Essa designação foi-nos dada mais pelos nossos inimigos do que propriamente por nós próprios, precisamente para criarem uma aura de mistério e de seita relativamente à maçonaria, que nunca pretendeu ser uma seita. O que se passa é que a maçonaria teve, ao longo da história, de tomar algumas precauções contra as perseguições de que foi vítima. Isso levou a alguma preocupação em não revelar os nomes dos próprios maçons. Às vezes mantém-se esse cuidado porque, infelizmente, vivemos numa sociedade em que ainda existem vários preconceitos em determinados meios sociais contra os maçons. E é por isso que muitos deles não aceitam ver revelada a sua identidade. Porque isso lhes pode causar dificuldades nas suas carreiras profissionais…».


António Reis, ex-grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, ex-deputado do PS e, facto não menos significativo, actual presidente do CLIPSAS (em entrevista intitulada «Protestamos quando alguém é prejudicado por ser maçon», in «O Poder da Maçonaria Portuguesa»).


«Desde há algumas décadas que muitos maçons têm procurado relativizar a importância do segredo nos trabalhos maçónicos. (…) No seu livro La Masonería, una orden iniciática, Florencio Serrano e Francesc Xavier Altarriba dizem, contando com o apoio de numerosos maçons de alto nível, entre eles o actual Grão-Mestre da Grande Loja de Espanha: "A maçonaria não é uma sociedade secreta. Não pode existir uma sociedade secreta perfeitamente inscrita no registo de associações de um país que esteja registada, protegida e obrigada pelas leis desse país". E explicam que "em certas épocas da história e em certos países onde a opressão totalitária o exigia, a maçonaria, como organização, teve que actuar pautada pelo secretismo e pela discrição por ser o único meio de defesa contra a perseguição". Serrano e Altarriba concluem que "actualmente pode afirmar-se que, como organização civil, actua com índices de discrição habituais em qualquer outra organização ou associação privada, não sendo animada pelo objectivo de criar qualquer secretismo. Quem desejar, pode aceder livremente a um registo de associações onde encontrará os nomes e a estrutura da organização maçónica correspondente".

Torna-se difícil perceber em que medida é que Serrano e Altarriba contribuem para a clarificação da essência da maçonaria com estas afirmações. Colocada no início do seu livro, a explicação de Serrano e Altarriba carece de qualquer relação com a realidade. É uma pena comprovar que, dentro dos meios maçónicos [e universitários], ainda existe a propensão, ao falar da instituição, para dar explicações mais próprias de uma das muitas lendas cor-de-rosa da maçonaria, do que de investigadores rigorosos.



(…) Já vimos, em parágrafos anteriores, que Serrano e Altarriba declaravam que, em certas épocas, a maçonaria teve que actuar pautada pelo secretismo e pela discrição como única forma de defesa contra a perseguição. Mas esta afirmação choca frontalmente com os dados históricos, aceites inclusivamente por essas mesmas organizações maçónicas. O citado Albert G. Mackey, bem como Albert Pike, Robert F. Gould, e muitos outros maçons notáveis, viveram em épocas e em países onde não havia quaisquer vestígios de «opressão totalitária» que os obrigasse a recorrer ao segredo para defender-se de uma inexistente perseguição, e apesar disso, são partidários entusiásticos do secretismo maçónico, o que também acontece com os rituais praticados em países como a Suíça, a Suécia, a Dinamarca e muitos outros em que não houve repressão contra a maçonaria, mas onde foi mantida a exigência do segredo maçónico. Ferrer Benimeli cita um catecismo da maçonaria de 1740, procedente da pacífica Berna: "Prometo sob a minha palavra de honra, não revelar jamais os segredos dos maçons…", texto que é concluído com a habitual aceitação das penas por violar o segredo: "Se faltar à minha promessa, consinto que me seja arrancada a língua, cortada a garganta, atravessado o coração de parte a parte…". Enfim, a truculenta fórmula habitual que não parece justificar-se pela pressão ambiental.

Afirmar que o segredo maçónico foi algo de acidental e efémero que se ficou a dever a circunstâncias alheias à maçonaria, como é o caso da perseguição, da incompreensão social ou da repressão, é a mesma coisa que sustentar que a maçonaria é uma sociedade que conta com "os índices de discrição habituais em qualquer outra organização ou associação privada, não sendo animada pelo objectivo de criar qualquer secretismo", isto é mais do que jogar com o equívoco».


José Antonio Ullate Fabo («O Segredo da Maçonaria Desvendado»).





A maçonaria e as instituições políticas e económicas internacionais


O juízo de Nicholas Murray Butler, presidente da Universidade de Columbia e da Fundação Carnegie e membro do CFR, além de engenhoso, aproxima-se da verdade: «O mundo divide-se em três categorias de pessoas: um número muito reduzido que produz os acontecimentos, um grupo um pouco maior que supervisiona a sua realização e zela por que eles se realizem e, finalmente, uma maioria que nunca sabe o que realmente sucedeu». Cabe agora falar de organizações que se enquadram nos dois primeiros grupos, os realmente influentes no devir da história moderna.

Embora não possamos passar os dias a levantar tapetes e a correr cortinados para averiguar o que se esconde debaixo ou atrás deles para além de pó e possíveis teias de aranha, a forma conspirativa é, nalguns casos, a forma alternativa de ver e interpretar a histórica. Eis o diagnóstico e o prognóstico do jornalista Daniel Estulin, especializado no poderoso Bilderburg Group: «A sua meta final [do Bilderberg Group] é a criação de um Governo mundial único (designado, não eleito), com o seu próprio exército, mercado, moeda e religião ou igreja, também mundiais, um controlo férreo da Educação, um Tribunal Internacional de Justiça com um único sistema legal. Tudo isto sob o mandato das Nações Unidas, que eles próprios controlam». Não sei se controla a ONU, embora isso seja pelo menos possível, e talvez provável. Mas, se tivesse acrescentado «ética», poder-se-ia vislumbrar no horizonte «o que é comum a todas as religiões e a todas as éticas» promovido pela maçonaria.


Assim se realizará a New World Order, ou Nova Ordem Mundial ou, se se preferir, a utópica New Age, ou Nova Era. Vários especialistas (como Jim Mars ou o jornalista William T. Still) afirmam sem rodeios: «Até ao início do século XX, o plano para uma Nova Ordem Mundial estava radicado na maçonaria, à época a maçonaria dos Illuminati; com o advento dos grupos da Távola Redonda e dos seus irmãos norte-americanos, o CFR, a chama da tocha foi transmitida de século para século» (J. Mars). Se, antes, as rédeas da programação e da realização da Nova Ordem Mundial estavam nas mãos da maçonaria, agora detêm-nas os dirigentes das organizações como as que iremos estudar seguidamente, que são mações, pelo menos na sua maioria. Por outro lado, muitas das «mais de 40 000 fundações sem fins lucrativos» hoje activas nos Estados Unidos partilham os objectivos prioritários das sociedades secretas, nomeadamente a «globalização e o governo centralizado» (J. Mars). Claro que muitas destas fundações sem intuitos lucrativos directos e imediatos foram «fundadas» pelos dirigentes das associações estudadas nesta epígrafe (Rockefeller, Rothschild, Ford, Morgan, etc.).


Em torno das conspirações e das suas leis

Mas é preciso evitar cair num de dois extremos: ouvir rumores conspiratórios por detrás de um acontecimento que não agrada ou não ouvir senão silêncio, ausência total de conspiração. O carácter conspirativo tende a interpretar a história em termos apocalípticos e dualistas: forças ocultas, descontroladas e incontroláveis desencadeariam os acontecimentos por obra de uma espécie de fatalismo à mercê de leis desconhecidas e invisíveis mas manipuláveis por organizações hábeis e sem consciência ou ética.

O fatalismo da New Age é astrológico e utópico. Quando, daqui a poucos anos, se passar do signo zodiacal Peixes (o dos 2000 anos de cristianismo) para o de Aquário, produzir-se-á inevitavelmente uma alternância com uma «inundação» de paz, felicidade e harmonia de cada um consigo próprio, com os outros e com o universo. O traço definitivo da Nova Era é a sua condição de «alternativa», mas uma alternativa «substitutiva», ou mudança brusca no plano religioso, ético, terapêutico, musical, etc. (3).

O advento da Nova Era será fruto de uma «conspiração». A Conspiração de Aquário (4) é precisamente o título da obra mais representativa da Nova Era na sua visão geral e nos pontos básicos, um livro que converteu a autora na sua mais eficaz difusora, se bem que não a mais profunda. A conspiração aquariana ou da Nova Era é descrita como automática e instantânea, à maneira de uma mudança de paradigma. «Paradigma» deriva de uma palavra grega, parádeigma, que significa «modelo, exemplo». Todos aprendemos ainda na infância os «paradigmas» dos verbos; quando, na sua conjugação, se passa do paradigma da primeira conjugação para o da segunda, deixa de servir o da primeira e a mudança não se pode dar de modo gradual. É o que vai acontecer quando se passar do paradigma da Era de Peixes para o específico da Era de Aquário. Mas isto parece e é algo de conceptual e fantasioso, como todas as idades de ouro das mitologias.






Nas «conspirações» tradicionais não era assim que as coisas se passavam. Não havia nelas, como na Nova Era, uma multidão anónima que «conspirava», no sentido etimológico desta palavra, ou seja, «expirava, exalava o ar respirado juntamente com», na mesma direcção. Tratava-se, antes, de um grupo muito activo e activista que divulgava novas ideias e revolucionava o sistema de pensamento e as normas de comportamento sociopolítico e individual.

As circunstâncias socioeconómicas e políticas constituíram, a partir do século XIX, o clima propício ao nascimento pujante de novas «dinastias» ou poderes. Até então, os que eram predominantes e aceites recebiam a sua legitimidade ou do «trono» (poder político herdado), ou do «altar» (a religião, Deus, o clero), ou da aristocracia do sangue (nobreza). A partir do século XVIII, abriu-se o caminho a uma legitimidade alternativa, proveniente do dinheiro ou do poder económico e comercial. A cor do «ouro» propriamente dito ou do «ouro negro», o petróleo, fascina as pessoas a ponto de substituir o poder da herança, tanto régia como nobiliárquica. De resto, o dinheiro dá poder e prazer que, em muitos casos, se converteram nos ídolos de sociedades cada vez mais secularizadas. Antes, o poder económico dum grupo provinha do seu poder político, que emanava da autoridade religiosa ou do poder militar. Agora, uma nova classe social, a burguesia, usurpa o poder político por meio do seu poder económico, suplantando a nobreza e o clero, ou seja, sob os títulos tanto sagrados como nobiliárquicos ou de sangue. Produziu-se, por conseguinte, uma mudança de paradigma.

Logicamente, a mudança de paradigma provoca o ressentimento e, inclusivamente, a inveja dos suplantados, que, como justificação para a sua torpeza e queda, tenderão a atirar as culpas da nova situação aos outros e, facilmente, a tramas ocultas, a sociedades secretas, a conspiradores. Os perdedores precisam de conspirações para comprovar que os maus são os outros e que os males vêm do exterior. Pelo contrário, os vencedores não precisam de conspirações, reais ou imaginadas, para justificar o seu êxito. Ainda que o tenham obtido graças a elas, ocultá-las-ão como recurso de honorabilidade.

Por outro lado, as forças emergentes precisam de se apoiar mutuamente para acabarem por se impor de modo estável e tranquilo. A maçonaria, nascida no início do século XVIII, viveu sacudida, ainda adolescente, pelo turbilhão «revolucionário» em muitos aspectos, e não só no político. Além disso, os mações, enquanto indivíduos, viram-se obrigados a fazer bastantes esforços para não perderem o equilíbrio. Não podemos esquecer que «a ajuda mútua dos irmãos» é uma das normas em vigor na maçonaria. Além disso, a lei do segredo suscita a suspeita e a intriga.


As organizações políticas e económicas mais influentes (5)

Ricardo de la Cierva (6) alude a várias organizações de influência indiscutível e descreve-as. Enquadra-as na maçonaria invisível pois, fundadas ou dirigidas por mações, desenvolvem actividades aparentemente alheias à maçonaria, embora impulsionadas pelos projectos e pelo ideal maçónicos. Se bem que habitualmente abertas a não-mações, a sua «filosofia» e as suas directrizes são maçónicas. Basta por agora enunciar a maioria delas e expor o desenvolvimento das mais importantes.

a) Os grupos da Távola [Mesa] Redonda, «Round Tables» (RT)



Cecil John Rhodes



Os mações Cecil John Rhodes (deste apelido procede o nome da Rodésia), multimilionário graças ao monopólio dos diamantes, e W. T. Stead fundaram em 1891 uma sociedade «secreta» denominada Association of Helpers. Em 1909, essa sociedade converteu-se na Round Tables, sob a direcção de Alfred Milner, Primeiro Vigilante da Grande Loja Unida de Inglaterra e representante da coroa britânica na África do Sul entre 1897 e 1905, que foi director da Távola Redonda até à sua morte, em 1925. A RT era e é uma sociedade «discreta», de natureza oligárquica, promotora das ideias e do Império Britânico. Chamou-se «Távola [Mesa] Redonda» numa evocação dos cavaleiros do lendário rei Artur. Os seus primeiros membros eram, na sua maioria, mações: Rothschild, o financeiro A. Beit (uma das lojas da Rodésia chama-se Alfred Beit n.º 25), Wickham Stead (secretário de Rhodes), entre outros. Os seus membros são pessoas que se notabilizam pelo seu muito dinheiro ou pelo seu talento, por vezes a soldo dos primeiros e dos seus negócios. Bill Clinton, mação e ex-presidente dos Estados Unidos, e a sua mulher Hillary foram alguns dos beneficiários das bolsas de estudo da fundação de Cecil Rhodes. Convencido do destino imperial ou dominador dos Britânicos, Rhodes procurou torná-lo realidade sobretudo na África Austral, visando a sua extensão a toda a África. No seu quinto testamento, Cecil Rhodes definiu a formação de uma organização estruturada «conforme o modelo da Companhia de Jesus e da Maçonaria». A RT está estruturada em dois ou três círculos concêntricos, cada vez mais internos, mais secretos e mais influentes, numa organização mais inspirada nos Illuminati da Baviera do que na maçonaria regular ou inglesa. A sua sede localizou-se sempre em Inglaterra. As suas ramificações estão enraizadas em mais de 17 países da Commonwealth e também nos Estados Unidos. Foi com base nos grupos da Távola Redonda que se estruturou a trama do Royal Institute of International Affairs.


b) O Royal Institute of International Affairs (RHA), criado em 1919 em Londres, mas com ramificações nos Estados Unidos, onde se chama Council on Foreign Relations (CFR), e noutros países anglo-saxónicos (in ob. cit., pp. 324-329).


Notas:

(3) Cf. M. Guerra, 100 Preguntas-Clave sobre la New Age, Burgos, Monte Carmelo, 2004, pp. 115-138.

(4) Marilyn Ferguson, The Aquarian Conspiracy, J. P. Tarcher, 1980 (ed. española.: La Conspiración de Acuario, Barcelona, Kairós, 1994, 5.ª ed., 1.ª ed. 1985).

(5) Cf. M. Bonilla Sauras, Los Amos del PSOE (Informe Confidencial), Fuenlabrada (Madrid), Arca de la Alianza Cultural, 1986, pp. 18-93; R. de la Cierva, La Masonería Invisible..., pp. 563-637; D. Estulin, La Verdadera Historia del Club Bilderberg, Barcelona, Planeta, pp. 77-173 (fala também do CFR e da Trilateral); id., Los Secretos del Club Bilderberg; J. Lesta-M-Pedrero, Claves Ocultas del Poder Mundial, Madrid, Edaf, 2006, pp. 15-32, 75-96.

(6) La Masonería Invisible..., pp. 602-622.





Continua


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