«A tradição portuguesa, a esperança de que o Cristianismo reintegrará o Homem e a Natureza no Reino de Deus, durante o século XVIII passa a exprimir-se em termos diferentes dos que ficaram estabelecidos na nomenclatura da teologia católica e da filosofia aristotélica. A obra de Pascoal Martins, vertida maravilhosamente na cultura da Europa Central, dá-nos ainda uma síntese admirável, das tradições peninsulares...».
Álvaro Ribeiro («A Arte de Filosofar»).
«Comecemos pela teosofia ou teoria. Pretendendo ser uma história oculta da humanidade, é um emanatismo, isto é, aceitação de que todos os seres derivam ou emanam dum ser único que é Deus. Da primeira emanação resultam essências espirituais existindo na esfera divina ou superceleste. Alguns espíritos, porém, prevaricaram, pretendendo, à semelhança de Deus, fazer emanar de si seres espirituais. Deus separou então os espíritos que não prevaricaram daqueles que prevaricaram: os primeiros permaneceram na esfera divina ou superceleste, e os segundos foram colocados na esfera celeste - guardados por um "espírito menor", Adão, última emanação divina: "os próprios anjos eram submetidos à sua grande virtude e seus poderes". Mas Adão foi tentado e enganado pelos espíritos que ele guardava: "Adão, tu tens inato em ti o verbo da criação em todos os géneros..." "Porque não operas a potência da criação divina que é inata em ti?..." Adão executou "fisicamente" a sua criminosa e frustrada cópia de emanação que ele era, uma forma de matéria tenebrosa e completamente oposta à sua, dando origem aos homens. Foi o pecado de Adão. Foi a Queda. Punido, Adão decaiu da esfera celeste para a esfera terrestre, sujeito à condição da matéria corruptível que ele mesmo criou. Trata-se, pois, duma versão esotérica dos primeiros capítulos do Génesis, em que o antagonismo (ou confusão) dos sentidos de emanação e de criação parece estar, mais de raiz do que supõe Rijnberk, para lá das divergências terminológicas dos manuscritos, quanto ao emprego das palavras criar e emanar em passos intercorrespondentes. Esta mesma divergência terminológica parece indicar o impreciso da doutrina porque "emanação opõe-se à criação". Mas reatemos. Não obstante as tentações demoníacas dos "homens" - produtos do pecado de Adão -, aparecem, entre eles, seres encarregados de trabalhar pela "reconciliação" em Deus (ou com Deus?), espíritos menores eleitos, nascidos "apenas pela vontade e operação divinas" e que se encarnam por devotamento para com os homens. É a doutrina da "reintegração", que Martinez teria ido buscar aos manuscritos do árabe Al-Rachath».
Amorim de Carvalho («O Positivismo Metafísico de Sampaio Bruno»).
«O método de Swedenborg para obter as visões era muito particular. Conheceu apenas três ou quatro vezes o raptus, a impressão de sair de si. Estava acostumado ao deliquim, estado cataléptico, que o fazia cair para a frente, rosto contra o chão, e perder, por vezes, a consciência. Entregava-se quotidianamente às "visões representativas", de olhos abertos (in aperti oculi status). Não aceitava que o considerassem um alucinado: segundo os seus princípios anatómicos, o nervo óptico dependia da vista interior (visus spiritus), sem a qual os olhos não poderiam ver nada no exterior. Desenvolvendo misticamente esta visão interior, penetrava-se no invisível. Para atingir este poder, Swedenborg praticava a suspensão respiratória, em função da sua teoria das relações entre o cérebro e os pulmões. Acreditava que o espírito possuía uma "respiração interna" que subsistia depois da morte, e da qual se sentiam os efeitos se se suspendia a repiração externa. Os pensamentos "voam para o interior do corpo" no momento da inspiração, e são expulsos durante a expiração. Se se inspira com sabedoria o poder espiritual é aumentado. Enquanto conversava com os anjos, Swedenborg esforçava-se por ficar o mais possível sem nenhum movimento respiratório. Os seus desmaios - os seus deliquia, como ele dizia - deviam-se justamente ao facto de ele reter demasiado a respiração.
(...) As viagens extáticas de Swedenborg não se fazem na sua cabeça, mas no centro da sua cabeça, tornado um verdadeiro orgão do movimento. Durante os seus trânsitos extra-terrestres, as suas conversas de além-túmulo, experimenta sensações no occipício, na têmpora esquerda ou direita, na língua, num dos seus olhos. Quando os espíritos de Mercúrio lhe falam, ouve-os com o seu olho esquerdo».
Alexandrian («História da Filosofia Oculta»).
«É impossível aos anjos enunciar uma única palavra de uma língua humana».
«A linguagem do anjo ou do espírito com o homem é ouvida de uma maneira tão sonora como a linguagem do homem com o homem; mas é entendida só por ele, e não por aqueles que estão presentes».
Swedenborg («Do Céu e das suas maravilhas, assim como do Inferno segundo o que pude entender e ver»).
«...A inovação de Martines de Pasqually foi afirmar que não se sabia antecipadamente que ser apareceria no momento da evocação: o que surgisse seria a Coisa, uma "forma gloriosa" que emanava do mundo celeste e do mundo superceleste, podendo ser um som ou um hieróglifo luminoso».
«...o Eleito Cohen procurava os passes, quer dizer, os traços luminosos da passagem da Coisa. Martines de Pasqually chamava passes às luminosidades brancas, ou azuladas, ou avermelhadas, que passavam rapidamente sob os seus olhos. Era-se avisado da sua eminência ao sentir "pele de galinha por todo o corpo". Obter um passe provava que se tinha estabelecido contacto com o mundo supercelestial, e certos adeptos não esperavam nada de melhor. Durante o trabalho, cada um usava o seu "escudo" (talismã triangular), pois se arriscava a ser atacado pelos demónios. Podia também ser vítima de uma penosa tracção da Coisa. O abade Fournié, que foi, durante muito tempo, secretário de Martines de Pasqually, numa invocação em que se encontrava sozinho, sentiu uma tracção "por uma mão que lhe batia através do corpo", e confessou 25 anos mais tarde: "Daria de bom coração todo o universo, todos os prazeres e a sua glória, com a garantia de os gozar durante um milhar de milhões de anos, para evitar ser atingido daquela maneira novamente"».
(...) Segundo Papus, que possuía documentos secretos da Ordem, os Eleitos Cohen obrigavam-se a "um triplo treino: alimentar, para o corpo físico; repiratório, para o corpo astral; musical e psíquico, para o Espírito". Era necessário abster-se toda a vida de comer carne de pombo, tal como rins, gordura e sangue de qualquer animal. Devia jejuar-se durante onze horas antes de começar a Invocação dos três dias, podendo apenas beber-se água (mas não café nem licor). As experiências resultavam melhor quando Martines de Pasqually assistia, tanto o seu ascendente iniciático influenciava os seus próximos: "Nas primeiras sessões, os novos discípulos admitidos a tomar parte nos trabalhos do mestre, verão a Coisa realizar misteriosas acções. Sairão de lá entusiasmados e aterrorizados, como São Martinho, ou ébrios de orgulho e de ambição como os discípulos de Paris. Produziram-se aparições, seres estranhos, de uma essência diferente da natureza humana, tomaram a palavra". Mas os adeptos, entregues a si próprios, não obtinham esse género de maravilhas: Willermoz passou 10 anos até ver a Coisa. Martines escreveu-lhe, em 7 de Abril de 1770: "A Coisa é, por vezes, muito dura para aqueles que a desejam muito ardentemente antes do tempo indicado. Seja constante, será recompensado". Outros desencorajaram-se e voltaram-se contra o seu iniciador».
Alexandrian («História da Filosofia Oculta»).
1. Os Iluminados Cristãos
1.1. A Rosa-Cruz
É impossível compreender a essência do Martinismo de todas as épocas, se não estabelecermos antes a diferença fundamental existente entre uma Sociedade de Iluminados e a Maçonaria. Uma Sociedade de Iluminados liga-se ao Invisível por um ou pelos seus vários chefes. O seu princípio de existência tem a sua origem num plano supra-humano; toda a sua organização administrativa faz-se de cima para baixo. Os membros da fraternidade obedecem aos seus chefes, obrigação que se torna ainda mais importante à medida que os membros entram no círculo interior.
A Maçonaria não está ligada ao Invisível por nenhum vínculo. O seu princípio de existência tem a sua origem nos seus membros e em nada mais. Toda a sua organização administrativa faz-se de baixo para cima, com selecções sucessivas por eleição.
Do que foi dito, infere-se que esta última forma de Fraternidade nada pode produzir para fortificar a sua existência a não ser cartas constitutivas e papéis administrativos, comuns a toda a sociedade profana; enquanto as Ordens de Iluminados baseiam-se, sempre, no Princípio do Invisível que as dirige.
A vida privada, as obras públicas e o carácter dos chefes da maioria das fraternidades de Iluminados demonstram que esse Princípio Invisível pertence ao plano Divino, sem relação alguma com Satã ou com outros demónios, como insinuam os clérigos, assustados com o progresso dessas sociedades.
A Fraternidade de Iluminados mais conhecida, anterior a Swedenborg, a única da qual se pode falar no mundo profano, é a dos Irmãos Iluminados da Rosa-Cruz, cuja constituição e chave serão dadas dentro de alguns anos. Foram os membros dessa Fraternidade que decidiram criar sociedades simbólicas, encarregadas de conservar os princípios da Iniciação Hermética, originando os diversos ritos da Franco-Maçonaria. Não se pode estabelecer confusão alguma entre o Iluminismo, centro superior de estudos Herméticos, e a Maçonaria, centro inferior de conservação, reservado aos iniciados. Só entrando nas Fraternidades de Iluminados é que os Franco-Maçons podem obter o conhecimento prático desta Luz, momento em que, então, sobem de grau em grau.
Swedenborg
Através dos esforços constantes dos Irmãos Iluminados da Rosa-Cruz, o Invisível concedeu um impulso considerável à Humanidade através da iluminação de Swedenborg, o célebre sábio sueco.
A missão de realização de Swedenborg consistiu, basicamente, na constituição de uma cavalaria laica de Cristo, encarregada de defender a ideia cristã, dentro da sua pureza primitiva, e de atenuar, no Invisível, os deploráveis efeitos das corrupções, das especulações de fortuna e de todos os processos caros ao Príncipe deste Mundo, realizados pelos Jesuítas, sob as cores do Cristianismo.
Swedenborg dividiu a sua obra de realização em três secções:
- Secção do ensinamento, constituída pelos seus livros e pelo relato das suas visões;
- Secção religiosa, constituída pela aplicação ritualística das suas doutrinas;
- Secção responsável pela tradição simbólica e pela prática, constituída pelos graus iniciáticos do Rito Swedenborgeano.
(…) Observa-se, além disso, que o único verdadeiro criador dos altos graus foi Swedenborg; graus esses que estão exclusivamente ligados ao Iluminismo e foram directamente hierarquizados e constituídos por Seres Invisíveis. Mais tarde, falsos maçons procuraram apropriar-se dos graus do Iluminismo e não conseguiram senão expor a sua ignorância.
Com efeito, a posse do grau de Irmão Iluminado da Rosa-Cruz não consiste na propriedade de um pergaminho ou de uma faixa sobre o peito; prova-se somente pela aquisição de poderes espirituais activos, que o pergaminho e a faixa apenas podem indicar.
Ora, entre os iniciados de Swedenborg, houve um a quem o Invisível prestou assistência particular e incessante, um homem dotado de grandes faculdades de realização em todos os planos. Esse homem, Martinez de Pasqually, recebeu a iniciação do Mestre em Londres, sendo incumbido de difundi-la em França.
2. Os Iluminados
2.1. O Martinesismo
Foi graças às cartas de Martinez de Pasqually que pudemos fixar a ortografia exacta do seu nome, violado até então pelos críticos (1); foi ainda graças aos arquivos que possuímos e ao apoio constante do Invisível, que lográmos demonstrar que Martinez jamais teve a ideia de transportar a Maçonaria para os princípios essenciais, que sempre desprezou, como bom iluminado que foi. Martinez passou metade da sua vida combatendo os nefastos efeitos da propaganda sem fé desses pedantes de lojas, desses pseudo-veneráveis que, abandonado o caminho que lhes fora fixado pelos Superiores Incógnitos, quiseram tornar-se pólos do Universo e substituir a acção de Cristo pelas suas e os conselhos do Invisível pelos resultados dos escrutínios da multidão.
Martinez chamava à sala de reuniões todos os que lhe pediam a luz. Traçava os círculos ritualísticos, escrevia as palavras sagradas, recitava as suas orações com humildade e fervor, agindo sempre em nome de Cristo, como testemunharam todos aqueles que assistiram às suas operações, como testemunham ainda todos os seus escritos. Então, os seres invisíveis apareciam resplandecentes de luz. Agiam e falavam, ministravam ensinamentos elevados e instigavam à oração e ao recolhimento; tudo isso ocorria sem médiuns adormecidos, sem êxtase, sem alucinações doentias.
Quando a operação terminava, e após a saída dos Seres invisíveis, Martinez dava aos seus discípulos os métodos necesssários para chegarem por si mesmos à produção dos mesmos resultados. Só quando os discípulos obtinham sozinhos a assistência real do Invisível é que Martinez lhes outorgava o grau de Rosa-Cruz, como mostram as suas cartas com evidência.
A iniciação de Willermoz, que durou mais de dez anos, a de Louis Claude de Saint-Martin e a de outros, mostram-nos que o Martinesismo foi consagrado a outros objectivos, além da prática da Maçonaria Simbólica. Basta não ser admitido no pórtico de um centro real de Iluminismo, para confundir os discursos dos veneráveis com os trabalhos activos dos Rosa-Cruzes Martinistas.
Martinez quis inovar tão pouco que conservou integralmente os nomes dados pelos Invisíveis e transmitidos por Swedenborg. Seria justo, então, utilizarmos a denominação de Swedenborgismo adaptado em vez do Martinesismo (2).
Martinez considerava a Franco-Maçonaria como uma escola de instrução elementar e inferior, como prova Mestre Cohen que diz: «Fui recebido Mestre Cohen, passando do triângulo aos círculos». Isto quer dizer, traduzindo os símbolos: «Fui recebido Mestre Iluminado, passando da Franco-Maçonaria à prática do Iluminismo». Pergunta-se igualmente ao Aprendiz Cohen: «Quais são as diferentes palavras, sinais e toques convencionais dos Eleitos Maçons Apócrifos?». E ele responde: «Para o Aprendiz, Jakin, a palavra de passe é Tubalcain; para o Companheiro, Boaz, a palavra é Schiboleth; para o Mestre, Macbenac, a palavra é Giblin».
Os iniciados, uma vez recrutados, reuniam-se para trabalhar em conjunto; essas reuniões eram feitas em épocas astrológicas determinadas. Assim se constituiu uma cavalaria de Cristo, cavalaria laica, tolerante e que se afastava das práticas habituais dos diversos cleros.
Procura individual da reintegração por Cristo, trabalho em grupo, união de esforços espirituais para ajudar os principiantes; tal foi, em resumo, o papel do Martinesismo. Esta Ordem recrutava os seus discípulos directamente dos profanos, como foi o caso de Saint-Martin, ou, mais habitualmente, entre os homens já titulares de altos graus maçónicos.
Em 1574, Martinez estava ligado:
1. À Franco-Maçonaria oriunda da Inglaterra, constituindo a Grande Loja Inglesa de França (após 1743), que deveria, em breve, tornar-se a Grande Loja da França (1756), dando lugar às intrigas do mestre de dança Lacorne. Esssa Maçonaria era absolutamente elementar e era constituída apenas pelos três graus azuis (Aprendiz, Companheiro e Mestre); actuava sem pretensões e formava um excelente centro de selecção.
2. Paralelamente a essa Loja Inglesa, existia sob o nome de Capítulo de Clermont, um grupo que praticava o sistema templário que Ramsay acrescentou em 1728 à Maçonaria com os seus graus designados "Escocês, Noviço, Cavaleiro do Templo", etc. Uma outra explicação é necessária: um dos representantes mais activos da iniciação templária foi Fénelon. Nos seus estudos sobre Cabala estabelecera várias relações com vários Cabalistas e Hermetistas. Após «a sua luta com Bossuet» (3), Fénelon foi forçado a fugir do mundo e a exilar-se, momento em que preparou, com o maior cuidado, um plano de acção que deveria mais tarde proporcionar-lhe a vingança.
O cavaleiro de Ramsay foi cuidadosamente iniciado por Fénelon e incumbido de excutar esse plano com o apoio dos Templários, que obteriam ao mesmo tempo a sua vingança. O cavaleiro de Beneville estabeleceu em 1754 o Capítulo de Clermont, com os seus graus templários. Ele perseguia um objectivo político e uma revolução sangrenta que Martinez não podia aprovar, como nenhum outro cavaleiro do Cristo aprovaria. Assim como Martinez, todos os discípulos da sua ordem, entre os quais Saint-Martin e Willermoz, combateram energicamente esse rito templário, que alcançou parte dos seus fins em 1789, e em 1793, quando mandou guilhotinar a maioria dos chefes Martinistas. Mas não nos antecipemos.
3. Além dessas duas correntes, havia outros representantes do Iluminismo em França. Citemos, em primeiro lugar, Dom Pernety, tradutor da obra O Céu e o Inferno de Swedenborg, fundador do sistema dos Iluminados de Avignon (1766) e importante personagem na constituição dos Filaletes (1773). É necessário ligar ao mesmo centro a obra de Benedict de Chastenier, que lançou em Londres em 1767 as bases do seu Rito Iluminados Teósofos, que brilhou particularmente a partir de 1783.
Do ponto de vista administrativo, o Martinesismo seguirá exactamente os graus de Swedenborg, como podemos constatar pela simples leitura da carta de Martinez de 16 de Junho de 1760. Com efeito o grau de Mestre Grande Arquitecto resume os três graus da terceira secção (in Papus, Martinesismo, Willermosismo, Martinismo e Franco-Maçonaria, Hugin, 2001, pp. 13-18).
Notas:
(1) Papus, Martinez de Pasqually, Paris, 1895.
(2) «É dito nos mistérios do Rito de Swedenborg que o homem, uma vez integrado por uma vida santa e exemplar na sua dignidade primitiva, uma vez tendo recuperado os seus direitos primitivos, através de trabalhos úteis, aproxima-se então do seu Criador, conhecendo uma via nova, especulativa, animada pelo sopro Divino: ele é iniciado Elu Cohen: nas suas instruções que recebe, aprende as Ciências Ocultas em todas as suas partes, que lhe fazem conhecer os segredos da Natureza, a alta Química, a Ontologia e a Astronomia» (Revhelline, 2.º vol., p. 434, citado por Ragon, Orthodoxie Maçonnique).
(3) Bispo francês (1627-1704), orador de grande reputação. Preceptor do príncipe herdeiro sob Luís XVI. Combateu os protestantes e condenou o Quietismo de Fénelon. Este, arcebispo de Cambria (1651-1715), pelas suas críticas ao rei de França, foi obrigado a submeter-se e a retirar-se no seu arcebispado. O Quietismo foi uma doutrina mística combatida pela Igreja. Apoiava-se nas obras do padre espanhol Molinos e ensinava que a perfeição cristã é obtida pelo amor de Deus e pela anulação da vontade inddividual (sic!).
Continua
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