«Na manhã de 15 de Março de 1961, 200 portugueses de raça branca e 300 portugueses de raça negra foram sevalticamente assassinados no decurso de uma incursão terrorista no Norte de Angola. Nessa manhã, um grupo de 4000 terroristas atacou a roça experimental situada na pequena aglomeração de Nova Caipemba. Um sobrevivente, Manuel Lourenço Alves conta os seguintes factos: "O assalto começou às seis horas da manhã em todas as casas pertencentes à roça, fossem elas ocupadas por europeus, negros ou mulatos - todas elas foram atacadas ao mesmo tempo. As mulheres foram arrastadas para fora das suas casas com os seus filhos. Perante as suas mães, os terroristas começaram então a cortar os braços e as pernas das crianças e divertiram-se a brincar com os membros em pedaços numa imitação grotesca do jogo de futebol. Depois as mulheres e as raparigas foram despidas, violadas e cortadas aos bocados. Isto é um exemplo do que se passa nos nossos dias um pouco por toda a parte do mundo. Estes actos, de uma incrível selvajaria, são realizados, de uma maneira deliberada e premeditada, por homens cujo único fim é o da destruição dos valores humanos e da vida humana. Os patrões velhacos, que financiam, fiscalizam e encorajam por toda a parte a causa comunista, vivem nos seus palacetes particulares no Oeste, sem que os títeres, que fazem o seu repugnante trabalho, tenham a menor suspeita do papel que desempenham. Os patrões dos bonecos zombam perdidamente da morte violenta de milhões de seres tal como de moscas se tratasse. A sua guerra é total: as suas vítimas mais débeis e mais impotentes são crianças, tanto a Este como a Oeste"».
Deirdre Manifold («Fátima e a Grande Conspiração»).
«Na confusão de ideias em que vivemos hoje, já admitem alguns que só um grande Estado se arrogue o direito de estruturar uma nação; os mais Estados e as mais Nações haviam de dissolver-se ou diminuir-se no reconhecimento dessa unidade, subordinando-se-lhe inteiramente e submetendo-se à sua direcção. Daqui vem que no credo comunista o nacionalismo é para todos nós um pecado e para a Rússia uma virtude que se deve venerar. A forma porém como se previu e verifica a evolução dos acontecimentos tem variado na mente dos dirigentes e na prática das coisas: a cada momento são as circunstâncias que indicam o melhor caminho a seguir. Como se conclui pela impossibilidade na Europa da guerra de fronteiras, anunciam as duas maiores potências da Terra ter acordado e ir propor aos mais a luta contra a guerra, contra a propaganda belicista, contra o armamento convencional ou não. Entendamos bem os termos da combinação: proibem-se as guerras que não haverá, mas estimular-se-ão as guerras que continuará a haver. A França não invadirá a Alemanha, a Bélgica não se baterá com a Holanda, a Espanha respeitará Portugal; mas os mesmos que tão convictamente se hão-de vangloriar duma paz já consolidada por força dos acontecimentos e da vontade dos povos, continuarão a reivindicar o direito de interferência ideológica, de apoio político e financeiro, de fornecimento de armas, de preparação de núcleos subversivos em territórios estrangeiros, por cima e sem embargo das relações diplomáticas, das declarações de amizade e dos desejos de boa vizinhança. E o fundamento desta política contraditória está em que não se trata de guerras de conquista mas de guerras de "libertação", tal qual a efectuada em Goa, com desprezo dos direitos soberanos de Portugal e dos interesses dos goeses, não considerados no conflito nem havidos para nada, senão por nós mesmos, antes e depois da ocupação».
Oliveira Salazar («Unidade das Forças Armadas e Consciência Nacional», SNI, 1962).
Nikita Khrushchev traçou o retrato de Estaline e condenou-o. A sua descrição do georgiano pintou-o como um homem tão vil que a maioria das pessoas pensou que estava inapelavelmente condenado. O que ele escreveu, de facto, é o que passamos a expor: Estaline era um assassino mas não agia contrariado - era um assassino entusiasta. Tinha prazer em matar. Vibrava só a pensar que os seus próprios amigos estavam a ser torturados. Aquando da prisão dos médicos judeus, acusados do envenenamento de Zhadnov, Estaline chamou o homem encarregado de os interrogar e indicou o género de tortura que devia ser aplicado a cada um deles. Forneceu três regras fundamentais para arrancar as confissões dos culpados. «Bater, bater e bater sem cessar» e acrescentou «se até determinada data não obtiverdes as confissões corto-vos a cabeça». Khrushchev demonstrou que Estaline era um louco furioso. Quando o visitávamos da parte da manhã, ele olhava para nós e dizia: «Que asneira é que praticou? Hoje tem os olhos fugidios». E nunca se sabia se o abandonaríamos como amigo ou se seriamos conduzidos por um guarda para sermos fuzilados». Apresenta-nos pois o retrato de um assassino com apetite ilimitado de mortes e de uma megalomania sádica. Mas conclui desta forma espantosa: «Não interpreteis mal o que digo: Estaline era um homem de bem. Era um marxista-leninista. Praticou tudo isto como o devia fazer um bom marxista-leninista».
Richard Wurmbrand, pastor baptista romeno, passou catorze anos da sua vida nas prisões comunistas. No seu livro «L'Église du Silence Torturée pour le Christ» escreve: «A 23 de Agosto de 1944 um milhão de russos invadiu a Roménia e pouco depois os comunistas apoderaram-se do poder. E isto não se realizou sem a cooperação dos dirigentes ingleses e americanos da época. Pelo trágico cativeiro de tantos povos a responsabilidade pesa sobre o coração dos cristãos da América e da Inglaterra... e devem saber que ajudaram os soviéticos a imporem-nos um regimen de assassínio e de terror. Os comunistas convocaram um congresso de todos os dirigentes eclesiásticos no palácio do Parlamento. Estiveram presentes quatro mil padres, pastores e ministros de todos os credos, que não só escolheram Estaline para presidente honorário como chegaram mesmo ao ponto de declarar que o comunismo e o cristianismo eram profundamente semelhantes e podiam coexistir sem dificuldade. Um, após outro, elogiaram o marxismo e asseguraram ao novo regime a lealdade da Igreja... Minha mulher que estava sentada a meu lado disse-me: «levante-se Ricardo e lave a afronta feita à Santa Face de Cristo». Levantei-me e falei, louvando não os assassinos dos cristãos mas Deus e Jesus Cristo a quem é devido, em primeiro lugar, a nossa fidelidade. Depois tive de pagar bem caro o crime de ter dissertado com tanta franqueza.
«...Jamais esquecerei o meu primeiro encontro com um prisioneiro russo. Disse-me que era engenheiro. Quando lhe perguntei se tinha fé em Deus olhou-me muito espantado. Sem perceber sequer a minha pergunta, respondeu: "Não tenho ordem dos meus superiores para crer. Se me ordenarem acreditarei...".
Perante mim estava um homem cujo espírito tinha morrido, um homem que perdera a maior dádiva concedida por Deus às suas criaturas: o dom da personalidade. Já não pensava por si próprio. A lavagem ao cérebro transformara-o num instrumento dócil na mão dos comunistas, tornara-o num soviético típico, após todos estes anos de domínio marxista. Os comunistas não se limitaram a ocupar, pouco a pouco, o mundo, apoderando-se da terra e do gado do camponês, da humilde loja do barbeiro e do alfaiate - de gente pobre e sofredora.
...A 19 de Fevereiro de 1948, Domingo, fui raptado pela polícia secreta. Durante mais de oito dias ninguém soube se estava vivo ou morto. A minha mulher recebeu a visita de agentes da polícia secreta que pretendiam ser antigos prisioneiros que me tinham conhecido muito bem. Contaram-lhe que assistiram ao meu enterro. Dilaceraram-lhe o coração.
....As torturas infligidas aos presos eram, para mim, abomináveis. Prefiro não me demorar na descrição do que tive de suportar. Num outro livro "L'Église des Catacombes" conto, de forma pormenorizada, as nossas experiências com Deus que nos assistia nas prisões. Um pastor foi torturado com tições incandescentes e com navalhas. Bateram-lhe de forma frenética. Depois, ratos esfomeados foram introduzidos na sua cela por uma canalização. Nem sequer podia manter-se de pé durante duas semanas. Os seus carrascos queriam forçá-lo a renegar um dos seus irmãos em religião mas ele resistiu com teimosia. Por fim trouxeram o seu filho de catorze anos e começaram a chicoteá-lo diante do pai, dizendo que continuavam a fazê-lo até que o pastor dissesse o que eles queriam. Quando o desgraçado já não podia suportar semelhante espectáculo gritou para o filho. «Tenho que dizer o que eles pedem, já não posso aguentar ver-te maltratado da forma como o estão fazendo» Mas o filho respondeu: "Pai, não faça a injúria de ter um traidor por pai... Se me matarem morrerei com estas palavras nos lábios: Jesus e minha Pátria". Os comunistas enraivecidos lançaram-se sobre o pobre jovem e bateram-lhe até o matarem... Algemas, guarnecidas de pregos no seu interior, envolviam os pulsos. Só quando nos conservávamos completamente imóveis é que não nos feriam. Nas celas glaciais tiritávamos de frio.
...Os cristãos eram pendurados de cabeça para baixo e batiam-lhes com violência tal que os corpos balançavam com a rudeza das pancadas desferidas. Eram colocados em câmaras frigoríficas com temperaturas tão baixas que o interior das paredes se cobriam de gelo. Fui lançado numa dessas celas quase despido. Pela vigia, os médicos da prisão vigiavam o «paciente»; aos primeiros sintomas da morte pelo frio chamavam os guardas para nos retirarem e reanimarem aquecendo-nos. Depois, quando estávamos refeitos, mandavam-nos, de novo, colocar no frigorífico para de novo enregelarmos e esta brincadeira prosseguia de forma interminável. Ainda hoje não suporto que abram um frigorífico na minha presença.
...Outras vezes encerravam-nos em caixas de madeira pouco maiores do que nós. A exiguidade das suas dimensões impedia-nos de executar qualquer movimento. Dezenas de pregos de pontas aceradas guarneciam as paredes. Tudo corria bem se não nos movéssemos. Mas como permanecer de pé durante tantas horas sem, por fim, fraquejar. E quando vacilávamos, por efeito da fadiga, os pregos dilaceravam-nos a carne.
As torturas infligidas pelos comunistas aos cristãos ultrapassa o entendimento humano. Assisti a muitas delas e verifiquei que o semblante dos carrascos estava radiante de uma alegria satânica. Enquanto nos martirizavam bramavam: "Somos o Diabo".
A nossa luta não é contra a carne e o sangue mas contra os Principados e os poderes das Trevas. E afirmamos que o comunismo não procede de homens mas de Satanás. É uma força espiritual - diabólica e só pode ser combatida por uma força espiritual superior: o Espírito de Deus.
...Ouvi um dia um carrasco confessar: "agradeço a Deus, em quem não acredito, por ter vivido até esta hora em que posso exprimir toda a perversidade do meu coração". E dizia isto dando mostras de uma incrível ferocidade em relação aos prisioneiros que lhe eram entregues.
...Já depus como testemunha perante a Sub-Comissão de Segurança Interna do Senado Americano. Descrevi então, os terríficos espectáculos, a que me foi dado assistir, como por exemplo o dos cristãos, durante quatro dias e quatro noites, atados a cruzes colocadas no solo de forma a que centenas de prisioneiros eram obrigados a satisfazer as suas necessidades sobre as caras e os corpos dos crucificados. Quando erguiam as cruzes, os comunistas riam e troçavam: "Olhai o vosso Cristo, como está belo". Já contei como um padre chegou à semi-loucura em virtude dos terríveis suplícios a que foi submetido. Obrigaram-no, na prisão de Pitesti, a consagrar excrementos humanos e urina e, sob esta forma, a distribuir a Comunhão a fiéis católicos... Todas as descrições do Inferno nas Santas Escrituras ou os suplícios narrados no Inferno de Dante, nada são em comparação com as torturas praticadas nas prisões comunistas.
...E isto é apenas um pormenor do que se passou neste Domingo, como em muitos outros, na prisão romena de Pitesti. E há outros tantos factos impossíveis de reproduzir. O coração fica despedaçado se tivesse de o fazer. É por demais obsceno e terrível para confiar ao papel. E, no entanto, são estas as provocações que os nossos irmãos em Cristo são obrigados a suportar, e que ainda hoje suportam. E nunca mais terminaria as descrições relativas às abominações dos comunistas e ao heroísmo dos cristãos.
...As torturas e as brutalidades persistiam sem interrupção. Quando já tinha perdido os sentidos ou estava imbecilizado para dar aos meus carrascos a esperança de me arrancarem confissões, era conduzido de novo, para a minha cela prisional. Aí estendia-me, abandonado, privado de cuidados, semi-morto, para retomar um pouco de forças, a fim de que pudessem de novo dedicar-se à inglória tarefa de me torturarem. Muitos dos meus companheiros morreram quando chegaram a este estado mas eu, não sei porque razões, foi-me sempre concedida a força para recomeçar. No decorrer dos anos passados em diferentes prisões, os carrascos fracturaram-me quatro vértebras dorsais e muitas outras. Queimaram e cortaram 18 buracos no meu corpo.
...Quando, em Oslo, os médicos me examinaram e viram as cicatrizes, assim como nos meus pulmões os vestígios de uma tuberculose contraída na prisão, declararam que o simples facto de ainda estar vivo era um milagre. Segundo a sua experiência prática devia ter morrido há nuito. E creio que Deus realizou este prodígio a fim de que possais ouvir a minha voz implorante actuar em nome da Igreja subterrânea para além da Cortina de Ferro. E permitiu a um dos seus servos escapar vivo e clamar em alta voz a mensagem dos seus irmãos sofredores e fiéis».
O matemático Igor Shafarevich, membro da Academia das Ciências da URSS, escreveu um livro brilhante - «Socialismo». É uma análise penetrante e histórica do Socialismo. Eis a opinião de Soljénitsyne a propósito dele: «... Que todo o socialismo de um modo geral, tanto como em todas as suas tonalidades, conduz à destruição universal da essência espiritual do homem e ao nivelamento da humanidade na morte».
O socialismo é a estrada real que conduz ao comunismo. No jornal inglês «Labour Monthly», de Outubro de 1921, Bernard Shaw escreveu: «Que o trabalho forçado tendo por termo a morte como sanção final... é a chave da abóbada do socialismo».
O pastor R. Wurmbrand foi libertado. Organizações cristãs pagaram o seu resgate. É o único exemplo... (in ob. cit., pp. 86-90).
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