quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Do Conceber para o Lugar do Conceber

Escrito por Luís Furtado




Manuel Kant



«Se Kant, em sua doutrina gnosiológica a duas dimensões, ou a dois factores, negou ao homem a possibilidade de desocultar o oculto, isto é, a possibilidade de conhecer os nómenos dos fenómenos, Hegel soube opor ao formalismo extrínseco das determinações pitagóricas a fenomenologia aristotélica das fases e dos ritmos. O progresso da ciência depende do aperfeiçoamento da evidência sensível, não pela intervenção de aparelhos e instrumentos, mas pelo aumento do poder da sensitividade, pela reconquista de virtudes perdidas, conseguindo por fim que todo o sensível seja sentido. A crença precede, pois, a ciência, mas é indispensável crer com imaginação.

(...) A lógica de Hegel confirma a lógica de Aristóteles. Sabemos que para o filósofo grego, por maus intérpretes acusado de empirismo, todas as relações de dois termos, como as que se exprimem nos juízos e nas leis, valem o que valer o terceiro termo mediador que é um verbo. Ser é sempre um verbo, embora seja o verbo da classificação mais geral, e, portanto, representativo de todos os outros verbos, o que nos permite que Hegel o traduzisse por Werden».


Álvaro Ribeiro («A Arte de Filosofar»).


«Foi na "Ciência da Lógica", de Hegel, que culminou a tentativa iniciada por Kant para a formação de uma lógica adequada às ciências modernas. Mas os cientistas já estavam possessos do orgulho que lhes suscitaram os êxitos obtidos no domínio das forças da natureza e "ignoraram" a genial façanha de Hegel. Quando, mais tarde, esse orgulho começou a ver-se abalado pela previsão das finalidades a que tais êxitos unicamente conduziam e, num certo esforço de reflexão, reconheceram o que hoje designam por "crise dos fundamentos da ciência", os pensadores científicos esboçaram um "regresso a Kant" mas nunca apelaram para a lógica de Hegel. O mesmo "regresso a Kant" depressa foi abandonado. Onde a ciência moderna sempre depositou as suas esperanças foi na matemática, em vão confiando que ela lhes forneceria a fundamentação que a lógica aristotélica assegura à ciência clássica. Isso explica as sucessivas tentativas para fazer da matemática uma lógica: a dos positivistas do Círculo de Viena, a de Bertrand Russell e Alfredo N. Whitehead, com os famosos "Principia Mathematica", e, mais recentemente, as de T. Kuhn e de Karl Popper, este com a sua "Lógica da Descoberta Científica". Dentre os responsáveis por estas vãs tentativas, apenas Whitehead abandonou a via de nenhures em que todas elas inevitavelmente se perdem, não hesitando em reconhecer, nessa obra-prima do pensamento científico que é "A Ciência e o Mundo Moderno", que a ciência ainda não conseguiu dar resposta à crítica de David Hume. Quem mais claramente enunciou a questão a que todas essas tentativas tentam dar resposta foi Karl Popper: "Qual o critério a aplicar para avaliar da cientificidade de uma qualquer proposição?"

(...) Ao longo deste processo, há uma constante: o ataque à lógica aristotélica. Mas é impressionante como esses valentes combatentes ignoram aquilo que combatem. Um exemplo de tal ignorância é o insulto galhofeiro, mas muito apreciado, de William James quando, depois de reduzir a teoria do silogismo a um jogo de palavras, julga poder anatematizá-la dizendo que a "palavra cão não morde". Outro exemplo é a frequente repetição de determinações aristotélicas traduzidas em vazia linguagem matemática como acontece quando Bertrand Russell, a propósito da quadratura do círculo, não faz mais do que anunciar, mas como sendo uma original descoberta sua ou só possível à sua lógica matemática, o princípio de não-contradição, dizendo: "não existe um x tal que seja ao mesmo tempo quadrado e redondo"».


Orlando Vitorino («Exaltação da Filosofia Derrotada»).


«A nossa razão, irremediavelmente presunçosa, imagina possuir por direito de nascença ou de conquista, inatos ou adquiridos, todos os elementos essenciais do conhecimento. Mesmo quando confessa não conhecer o objecto que lhe é apresentado, julga que a sua ignorância consiste apenas em não saber qual das suas antigas categorias se adequa ao objecto novo. Em que gaveta o guardaremos? Com que roupa, já feita, os vestiremos? Será isto, ou aquilo, ou outra coisa? E "isto", "aquilo" e outra "coisa" são sempre para nós o já concebido, o já conhecido. A ideia de podermos ter de criar, a partir do zero, um novo conceito para um novo objecto, talvez mesmo um novo método de pensar, mostra-nos o eterno conflito de sistemas, a impossibilidade de vestir definitivamente o real com o pronto-a-vestir dos nossos conceitos já feitos, a necessidade de trabalhar por medida. Em vez de chegar a este extremo, a nossa razão prefere anunciar de uma vez por todas, com uma orgulhosa modéstia, que apenas pode conhecer o relativo, e que o absoluto não faz parte do seu domínio. Esta declaração preliminar permite-lhe aplicar sem escrúpulos o seu método habitual de pensar e, a pretexto de não tocar no absoluto, sentenciar sobre todas as coisas. Platão foi o primeiro a erigir em teoria que conhecer o real consiste em encontrar a sua Ideia, ou seja, obrigá-lo a entrar numa moldura preexistente que estaria já à nossa disposição - como se possuíssemos implicitamente a ciência universal. Mas esta crença é natural à inteligência humana, sempre preocupada em saber sob que antiga rubrica poderá catalogar qualquer objecto novo; e poder-se-ia dizer, em certo sentido, que todos nascemos platónicos».


Henrique Bergson («A Evolução Criadora»).





Henrique Bergson



«(...) Bergson distingue (...) numa página célebre, entre a percepção da extensão e o conceito de espaço, distinção de que o seu pensamento pode mais tarde arrancar esplêndidas elucidações. Existem animais que, partindo de centenas de quilómetros, voltam em linha recta à sua habitação. As tentativas de explicação variam desde um espaço olfactivo, visual e (Lakhowsky, por exemplo) electromagnético. "Isto equivale a dizer que para o animal não é o espaço tão homogéneo como para nós e que as suas determinações, ou direcções, não revestem para ele uma forma puramente geométrica".

Quem não viu um cão de caça seguir as linhas aromáticas dum espaço olfactivo?

E não é o nosso espaço de crianças um espaço qualificado de gravidade, de molde a perguntarmos por que não cai a lua e a resistirmos à admissão dos antípodas?

E, por uma singular viagem do pensamento abstractivo da ciência, não vemos a física nova, da relatividade generalizada, incorporar de novo a gravitação em modalidades dum espaço menos abstracto que esta forma limite do senso comum e do euclidianismo?

Referindo-se ainda às percepções dos animais viajantes, diz-nos Bergson que "nós distinguimos a direita da esquerda por um sentimento natural e que estas duas determinações da nossa própria extensão nos apresentam, pois, uma diferença de qualidade e é por isso mesmo que conseguimos defini-las"».


Leonardo Coimbra («A Filosofia de Henri Bergson»).






Do Conceber para o Lugar do Conceber


(Ensaio de Hipotipose)


Tem sido intermitente o meu convívio com o Orlando Vitorino. Recordo porém antigas e notáveis reuniões em que todas as semanas me era dado o prazer da sua esclarecida companhia. Depois da morte de A. Ribeiro só por períodos mais felizes tenho o privilégio de recapitular tudo o que nos liga ou nos ligou ao então Grupo da Filosofia Portuguesa. Reconhecemos realmente que permanece uma herança fundamental que se actualiza no apelo à verdadeira arte de filosofar. E não se trata de um hábito ou compromisso de circunstância, já que para nós importa a génese de uma sensibilidade que nos é comum, e que se implica e explica nos ideais que pensamos e princípios que defendemos.






Se me é permitida a metáfora, direi que assim como na antiga Grécia, havia a pedagogia socrática e o ensinamento dos sofistas, também neste grupo se problematiza a contraposição entre a lógica aristotélica ou natural e a lógica do saber útil. Acreditamos que assim como no princípio o ensino sofístico desencadeou a crise dos valores, também agora a prioridade do critério do útil científico sobre a física, vem provocar uma deturpação na relação ontológica do homem com a natureza! De um modo convicto e simples, sem mais explicações por agora, direi que esta questão já levantada por A. Ribeiro é de ordem eterna, porque é verdadeiramente fundante, e nela subjaz para a raça humana, o magno problema da vantagem ou desvantagem da prioridade das matemáticas sobre a física. Para o desenvolvimento espiritual do homem qual será a prioridade mais importante? Será a da natureza, berço da forma humana e de toda a sensibilidade que por destino de génese lhe é inerente, ou será a da lógica matemática que abstrai da natureza simplificando as coisas em ideias gerais, e que nos faz nessa simplificação, acreditar que penetramos nas substâncias de que essas coisas são feitas? Quanto mais gerais são as ideias mais abstracto e vazio é o grau da sua realização mental, mais rarefeita a sustentação da nossa dialéctica. As ideias gerais são o conceber, e só existem enquanto conceitos, na medida rítmica do nosso pessoal entendimento. Não existem em profundidade para a abstracção pura, mas apenas nesta podem ser teorizadas, como virtualidade subjectiva. A intervenção matemática interfere artificialmente com a génese natural das coisas físicas, porque o seu momento lógico de aplicação não será o do tempo, como instante ôntico do movimento, mas o da ocasião útil entendível, dentro da ordem externa da sucessividade. Assim conclui sabiamente o Estagirita que “as coisas matemáticas que não estão separadas, pensamo-las no entanto em separado quando as temos em mente” (1). Há sempre pois um não esclarecido ponto cego de esvaziamento ontológico, que só a lógica natural pode evitar, porque sustenta a transmissão permanente desse vínculo em que o ser diz e se predica, superando as distorções extensivas do pensamento matemático.

O objecto da lógica natural converte-se pois na filosofia primeira. Todas as teorizações decorrentes deste compromisso, reconhecerão que a filosofia na sua totalidade, será uma ciência de conceitos. Estamos agora em convergência simpática com o pensamento de Hegel, porque sempre O. Vitorino conseguiu movimentar-se com brilhantismo, nas conciliações da lógica hegeliana com a lógica aristótelica.



Hegel



Hegel como sabemos submete a exame várias definições de Absoluto, e acaba por deixar entrever que o convívio do Absoluto com a realidade é multímodo, e sujeita-se a várias transparências, em vários movimentos de interpretação na ordem do devir. Independentemente dos quadros naturais externos, há sempre um círculo interior da natureza, um círculo interior da lógica, um círculo interior do espírito! Cada um deles, na captação do sujeito, corresponde a vários estados de sensibilidade, e como tal, será susceptível de várias ordens dialécticas de perspectiva. Haverá pois uma diferenciação incessante entre a correspondência do absoluto global e a teorização lógico unificadora, porque subjaz, uma impercorrida infinidade de fundo, em que o ser do sujeito se intimiza, excedendo todas as conscientizações do nosso entendimento conceptivo. Não assumimos dialecticamente o devir segundo a profundidade essencial inerente ao conceber, mas apenas segundo o entendimento predominante dos conceitos que cada um de nos consegue actualizar. Por isso, na hermenêutica que fazemos, Aristóteles não atribuía essência aos conceitos (2). São, neste contexto, muitas as possíveis perspectivas, porque toda a dialéctica se esgota no trânsito e no recurso da alternância de si mesma, perante a verdade que no absoluto nos escapa… No devir de Hegel o ser é universal ou determinado, essencial ou não essencial, porque dele o sujeito apenas consegue toda a restante fundação ontológica, no grau de ordem de uma conversão pessoal. É que o trânsito nos círculos que constituem a graduação do conceber, sendo a tarefa da filosofia total, conservam apenas a ressonância de uma virtual unificação, já que o sujeito fica sempre excêntrico no seu isolamento intramundano, porque no seu concebido as concordâncias permanecem aquém daquele ritmo ou daquela rima em que a realidade total do ser, o inclui como pessoa na longitude infinita que o rodeia. O ser é assintótico como disse Leonardo Coimbra. O homem só reconhece a unidade do ser assintoticamente, porque a esfera da sua realidade é sempre, em longitude, infinitamente ultrapassada. É nesta fase de compreensão que interpretamos a crítica de B. Croce, quando diz que a dialéctica de Hegel tem como efeito a perda do “nexo dos conceitos distintos”. Neste caso como diz Croce “os erros são tratados como conceitos distintos, isto é, como categorias; e pretende deduzir, ou seja desenvolver os erros, como se deduzem e desenvolvem categorias, isto é conceitos distintos” (3) e ainda «São esses aspectos da verdade o genuíno tema da história do pensamento; o erro é o hemisfério das trevas, que a luz verdadeira ainda não iluminou; faz-se a história porque acompanha toda a história. Por isso a transmutação dos erros em verdade (primeira consequência da transferência a que Hegel se deixou arrastar, da dialéctica dos contrários ao nexo dos conceitos distintos) deve considerar-se fundamentalmente arruinada” (4). Justiça seja feita ao Orlando que sempre tratou esta problemática com muito esclarecimento e inteligência oportuna. Porém eu me interrogo, se será suficientemente persuasivo na sua fundamentação, quando escreve que “Álvaro Ribeiro descobriu Aristóteles através de Hegel” (5). Porque através de Hegel? Sabemos que Leonardo deixou sobre o silogismo de Aristóteles um testemunho pouco favorável. Apesar disso, A. Ribeiro valoriza toda a graduação da Escolástica, como acto educativo axial para o desenvolvimento da inteligência humana, e nunca pretendeu julgar e avaliar a lógica aristotélica, submetendo-a ao telescópio da dialéctica hegeliana, cuja infinita longitude abrangente, acaba por reduzir toda a singular pedagogia, a um momento apenas pessoal e subjectivo. Não me custa acreditar que na fase mais juvenil, e até politicamente interventiva, tenha sido o Álvaro mais um leitor de Hegel, do que um hermeneuta de Aristóteles. Mas a este “hegelianismo de Álvaro Ribeiro a caminho do aristotelismo”, como diz Orlando, eu acrescentaria o bergsonismo de Leonardo Coimbra que inteligentemente o Álvaro conclui em aristotelismo. A influência de Bergson parece quanto a nós a mais certa e a provável, pelo interesse que Leonardo transmitiu aos seus conviventes e discípulos, na obra deste pensador. Mas como é que havemos de explicar os pressupostos que moviam o pensamento bergsónico? Este resulta com efeito de hermenêuticas precedentes mais implícitas do que explícitas, e que foram investigadas por Heidsieck (6) com base na famosa tese latina – Quid Aristoteles De Loco Senserit – Bergson aliás demonstra grande interesse pela tese de interpretação do aristotelismo de Félix Ravaisson, à qual dedica um extenso estudo no seu livro La Pensée et le Mouvant.


Félix Ravaisson



O que importava, era a conciliação entre o cientismo e o espiritualismo, e o que se desejava assegurar, era a correspondência do pensamento, não só com o universo da consciência, como também, com o universo da ciência. Reparemos que a relação desejada entre a ciência e a consciência pretende agora ser bergsonicamente idealizada no âmbito da lógica natural. E porquê? Porque o que interessava à ciência era o espaço abstracto das matemáticas; porém o espaço da metafísica, esse deveria ser sempre acrescentado à consciência vivida por uma realização espacializante e nunca apenas por uma operacionalidade algébrica! O certo é que a partir de Kant, deram-se conta os filósofos, de que o espaço não pode deixar de ser, pelo menos, cúmplice no ensaio de formalização do pensamento. Todo o pensar lógico se implica em discretas morfologias, que bem no fundo, são constituintes de uma “gestalt” da nossa actividade especulante. O que Kant e Lambert nos pretendem transmitir é a superveniência e um efeito sub-reptício, influente como estrutura da razão. Com este efeito julga Kant, alterar ou suspender a consciência empírica do movimento, nos graus e qualidades da realidade recebidos através das sensações, como se estas fossem matéria inibidora do uso puro da razão, impedindo a transparência “a priori” desse prisma puramente racional. Mas assim como o ser humano nasce para o espírito, também as sensações, por génese natural podem não ter sido em nós predestinadas ao conhecimento da matéria, pois nunca nos disseram se a matéria é “isto ou aquilo”. O que nos falam e dizem, isso sim, e desde logo radicalmente, é sobre as substâncias com as suas qualidades e atributos, pelas quais a matéria se torna por elas cognoscível. Esta noção é fundamental, porque aponta para a revisão da dogmática do “a priori” e insinua a confiança na conscientização gradual das nossas potencialidades empíricas. As sensações não são pois de genitura feitas para a matéria, cujo sentido desde os Gregos, vem a sofrer muitos ajustamentos de conveniência apenas científica, mas sim para a ordem das substâncias, em inerência às qualidades dos movimentos e atributos naturais. Mesmo numa abstracção pura, o empirismo deveria enfim revelar-se para a metafísica, como uma verdadeira teologia da experiência. Pressente Bergson que o filósofo quanto ao espaço e quanto ao tempo, deve conservar uma certa atitude intelectiva tradicional, atitude essa que, fundada em Aristóteles, continuou a ser preservada até Leibniz, para depois ser impugnada por Lambert e Kant e por outros técnicos da ciência e da matemática. O sentido do lugar vem a ser para o sujeito, tal como o sentido do universal concreto para a natureza, como esplendor final de uma realização criadora! Ambos exigem uma graduação qualitativa do domínio representativo do movimento. Mesmo sem o premeditarmos, pressentimos uma espécie de hipotipose em que o conceber se torna concebido, tanto na ordem da natureza como na ordem singular do sujeito. Só a memória se torna a mais autêntica categoria no tempo, capaz de manter o sentido natural e naturante pelo qual a categoria espaço supera sempre o esquema abstracto e consegue vivência e predicação própria.

Também Leonardo Coimbra como matemático e metafísico tentou explorar o naturalismo dinamista de Bergson, esperando sempre dele a procurada aliança da consciência com a ciência. Não nos admira ou surpreende que espreitasse no pensamento de Leibniz, que vai desde o cálculo infinitesimal até à dedução metafísica das mónades. O que mais nos importa neste momento é que Leonardo, tal como Leibniz, ao admitirem a infinidade do espaço com domínios de manifestação tanto visíveis como invisíveis, ambos por inconsciente hipotipose, idealizam nas mónades o lugar do lugar. Sabemos como a filosofia do mestre foi importante para A. Ribeiro. Procuramos nós uma hermenêutica essencial! Julgamos pois da maior importância o contributo de Orlando Vitorino, que sem dúvida tem sido e virá a ser, por mérito, uma referência ilustre da Filosofia Portuguesa (in Teoremas de Filosofia, 2002, n.º 6, pp. 20-24).


Notas:

(1) Aristóteles, De Anima, III, 431B.

(2) O. Hamelin, Le Système d’Aristote, J. Vrin, 3.ª ed., p. 127.

(3) Benedetto Croce, O que é Vivo e o que é Morto na Filosofia de Hegel, p. 96 (trad. de V. Nemésio).

(4) Idem, p. 92.

(5) «As Teses da Filosofia de Álvaro Ribeiro», em Álvaro Ribeiro e a Filosofia Portuguesa, Colecção Lusíada, n.º 7, p, 185 e seguintes.

(6) Heidsieck, Henri Bergson et la Notion d’Espace, P.U.F.







Um comentário:

  1. Embora os princípios clássicos impressionem pela dedução clara das consequências que Orlando Vitorino deles extrai, hesito em menorizar a revolução de pensamento que os racionalistas do século XVII imprimiram à ciência e filosofia... Por muito que conforte situar o homem numa harmonia feliz com o meio, o mundo deve inteligir-se segundo a necessidade e regularidade dos determinismos que o condicionem, mesmo implicando a insustentabilidade da nossa pertença nele...

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