3. «Apenas os cegos incuráveis – bem mais cegos do que Saramago terá sido ideologicamente – e os medíocres mais desprezíveis se atrevem a negar» que o autor de O Ano da Morte de Ricardo Reis foi «um dos maiores de toda a literatura portuguesa de todos os tempos». Aliás, «a intolerância política a que associamos Saramago revela-se quase inócua ao voltarmos a verificar, por ocasião da sua morte, o ódio furibundo que alguns dos seus inimigos lhe votavam, na miserável incapacidade de reconhecer a grandeza literária do escritor». Demais, num dos governos em que Cavaco Silva fora primeiro-ministro, a censura do livro O Evangelho segundo Jesus Cristo representou, qual espelho desse governo, «uma vergonha inédita em democracia», «impedindo-o de concorrer a um prémio internacional e invocando, para isso, a doutrina mais toscamente inquisitorial contra a liberdade de expressão e criação literária. Um subsecretário de Estado da Cultura (!), que se distinguiu pelo analfabetismo mais boçal, foi o autor do crime». Consequentemente, Aníbal Cavaco Silva, bem como o Secretário de Estado que tutelava «directamente o ridículo censor», «deixaram que esse crime cultural se consumasse». De resto, Cavaco Silva não estava «à altura de zelar pelo património mais valioso de uma nação: a sua Cultura»; e podendo na morte de Saramago «reparar simbolicamente a falta» enquanto Presidente da República, não o fizera por «total incapacidade de ultrapassar uma visão estreitamente economicista e contabilística do país». Depois, temia «desagradar novamente as clientelas católicas mais conservadoras que o tinham criticado pela promulgação da lei do “casamento gay”». Em suma: «um homem minúsculo que não foi capaz de um gesto de grandeza institucional».
Refutação:
Quando alguém, alardeando a "grandeza literária" de Saramago, chama de “cegos incuráveis” a todos os que não perfilhem de suas afirmações ocas e vazias, é então que o feitiço se volta contra o feiticeiro. Seria então interessante saber como é que a cegueira e a militância comunistas de Saramago pudessem ser toleráveis quando comparadas com o inevitável «ódio furibundo que alguns dos seus inimigos lhe votavam» na hora da morte. Ou seria deveras interessante saber como a «doutrina mais toscamente inquisitorial contra a liberdade de expressão e criação literária» não fosse algo de particularmente inerente à cegueira ideológica instilada por Saramago ao longo de toda a sua odienta e ressentida existência.É, pois, uma veleidade teatral que se recorra ao fantasma da Inquisição para acusar de censura a tomada de posição de um subsecretário da Cultura relativa à internacionalização de um libelo que é, para todos os efeitos, um exemplo confrangedor e acintoso de inusitada ignorância religiosa. Por outras palavras, a reacção de Sousa Lara parece ter apenas representado uma reserva moral perante um ataque descabelado ao património católico dos Portugueses, e, por sinal, tão sintomático da esquerda institucionalizada.
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António Ferro |
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Oliveira Salazar entrega "O Prémio Camões 1937" ao escritor suíço Conde Gonzague de Reynold, autor do livro "Portugal". |
Ora, Sebastião José, rindo-se dos dominicanos e dos apóstolos de Loyola, conservara o Tribunal da Inquisição «sinistramente influenciado», ordenando até que o tratassem por Sua Majestade a Inquisição. Ou seja «O dominicano que não podia, sem ordem do marquês, queimar em público, despedaçava a ocultas o judeu e o herege. Pombal era indiferente aos processos recônditos, contanto que não houvesse o escândalo do auto-da-fé, que ele, na sua depravada estupidez, atribuía aos jesuítas. D. Luís da Cunha tinha escrito a D. José, quando lhe pedia que admitisse ao ministério Sebastião José de Carvalho, que os estrangeiros escarneciam o hediondo espectáculo do auto-da-fé; mas o marquês só vinte e nove anos depois entrou nas ideias do seu amigo e mestre» (9)
Entretanto, não há dúvida de que os livros de Saramago foram propositadamente escritos e utilizados como arma de arremesso contra uma tradição que, não obstante os seus erros seculares, continua a merecer o maior respeito pelo património espiritual legado à humanidade. Logo, atendendo à expressão «analfabetismo boçal», vejamos então esse livro intitulado O Evangelho segundo Jesus Cristo. E vejamo-lo partindo do princípio de que, se o ateísmo é um analfabetismo do qual decorre a não menos boçal, grotesca e perversa forma de propaganda anticristã que é a vida sexual de padres e freiras, quão boçal, lassa e superficial não será, por seu turno, a suposta vida sexual de Jesus com a primeira mulher a ver Cristo depois da Ressurreição?
Ora, Saramago pinta essa mesma relação como um ensinamento sexual de Maria de Magdala a Jesus nos seguintes termos:
«Jesus calou-se e voltou a cara para o lado. Ela não o ajudou, podia ter-lhe perguntado, És virgem, mas deixou-se ficar calada, à espera. Fez-se silêncio, tão denso e profundo que parecia que apenas os dois corações soavam, mais forte e rápido o dele, o dela inquieto com a sua própria agitação, Jesus disse, Os teus cabelos são como um rebanho de cabras descendo das vertentes pelas montanhas de Gaalad. A mulher sorriu e ficou calada. Depois Jesus disse, Os teus olhos são como as fontes de Hesebon, junto à porta de Bat-Rabim. A mulher sorriu de novo, mas não falou. Então Jesus voltou lentamente o rosto para ela e disse, Não conheço mulher. Maria segurou-lhe as mãos, Assim temos de começar todos, homens que não conheciam mulher, mulheres que não conheciam homem, um dia o que sabia ensinou, o que não sabia aprendeu, Queres tu ensinar-me, Para que tenhas de agradecer-me outra vez, Dessa maneira, nunca acabarei de agradecer-te, E eu nunca acabarei de ensinar-te…».
Enfim, este trecho só revela a mais cabal ignorância sobre o amor físico, anímico e espiritual. Como tal, é, na melhor das hipóteses, baixo e torpe erotismo na medida em que, da mera e simples relação entre corpos, apela tão-só para a manipulação do ser humano reduzido à mais pura animalidade. Saramago desconhecia assim que o verdadeiro amor, não obstante a sua manifestação física, sentimental e psicológica, é essencialmente logóico ao permitir a transição da sexualidade dos corpos e do erotismo das almas para o amor entre espíritos.
Depois, Saramago também desconhecia que a felicidade se sublima pela renúncia e não pela posse. E que esse é precisamente o grande ensinamento ocidental no âmbito da paixão mítica entre Tristão e Isolda, posto que, sem entraves ao romance, a simples consumação física põe fim à magia amorosa. E daí a consagração do amor platónico no sentido de que, estar ao lado de quem se ama, é estar em contacto e proximidade profunda com a sua natureza espiritual.
De resto, a suposta relação carnal entre Jesus e Maria Madalena não decorre exclusivamente do Evangelho de Saramago. Ela, de facto, surgiria na sequência de certos escritores e divulgadores que, no século XIX, se debruçaram sobre Jesus e as origens do Cristianismo, entre os quais sobressai, no sentido historiográfico positivista, o escritor francês Ernesto Renan com o livro intitulado A Vida de Jesus (Origens do Cristianismo). Ora, este livro criara polémica e discussão internacionais ao esvaziar o cristianismo de toda a aura sobrenatural que o caracteriza, mais particularmente nestes termos:
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S. Francisco de Assis perante o Sultão. |
A relação erótica entre Jesus e Maria Madalena seria finalmente explorada numa vaga avassaladora de livros publicados sobre o Código Da Vinci, de Dawn Brown. Conteúdo do mesmo: negar a divindade de Cristo, conforme já sugerido e preconizado por autores como Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln em livros sensacionalistas como O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, de 1982, ou A Herança Messiânica, de 1984.
Deste modo, retratado Cristo como uma figura revolucionária destinada a perpetuar a Casa de David mediante a linhagem sagrada proveniente de Maria Madalena, eis, pois, o engodo mediático urdido contra a Igreja Católica e assaz propício a uma Nova Ordem Mundial anticristã. De facto, trata-se de uma campanha subterrânea que nem sequer alude aos livros maçónicos de Robert Ambelain, tais como A Vida Secreta de São Paulo, Os Pesados Segredos do Gólgota e Jesus ou o Mortal Segredo dos Templários. De resto, tais livros não só rejeitam a divindade de Jesus, como ainda preconizam a sua crucificação quando já quinquagenário, a existência de um irmão gémeo e a sua relação com as mulheres.
Por outro lado, está mais que visto que Saramago, política e religiosamente obtuso (12), era um caso perdido. Reduzia tudo ao aspecto demasiadamente humano: «… a transcendência é o olhar gerado pela consciência obsessiva da sua própria imanência» (in Cadernos de Lanzarote, III/IV, p. 55). E ao «dizer que ninguém é mais tolerante que um ateu», persistia na sua pequenez mental, como, a propósito do seu Evangelho, torna patente na resposta a um crítico (José Felicidade Alves) que o acusara de ter descrito Jesus como «um imbecil, um indeciso»:
«Que demónio de leitura terá ele feito do romance para concluir que fiz de Jesus um "imbecil"? Indeciso, talvez, pelas mesmas razões que um qualquer de nós o poderá ser diante de circunstâncias que nos excedam – e que maior excesso que ver-se um pobre ser humano às voltas com Deus? Mas "imbecil"? Será "imbecil" o rapazinho que discute com o escriba no Templo? Será "imbecil" o homem capaz de viver e partilhar um amor como o de Maria de Magdala? Será "imbecil" o taumaturgo que renuncia a ressuscitar Lázaro porque essa ressurreição não seria mais do que um truque, uma prestidigitação, uma demonstração gratuita do poder de Deus? Será "imbecil" o agonizante que, espetado na cruz aonde Deus o levou, lucidamente grita "Homens, perdoai-lhe porque ele não sabe o que fez"? Agradeço-lhe o escrúpulo, mas já agora permito-me sugerir-lhe, se tiver paciência para tanto, que o leia uma terceira. Com a condição, se me permite também, de ir olhando mais para o homem que se chama Jesus e menos para o "Filho de Deus" que se vai chamar Cristo…» (in Cadernos de Lanzarote, III/IV, pp. 27-28).
Ora, face a tamanha evidência, Saramago limitava-se a rir e a proferir mentiras compulsivas e enormidades contraditórias como estas:
1. «União Soviética não é nem nunca foi, para mim, uma referência política» (Expresso, 2 de Novembro de 1991).
2. «Comunismo é um estado de espírito. Um dia participei no programa do Bernard Pivot [na televisão francesa] que veio com essa: “Como é que você ainda se considera comunista?” Disse espontaneamente: “Acontece que sou uma espécie de comunista hormonal. Da mesma maneira que a barba me cresce, há uma hormona que fez de mim isto, e não posso deixar de o ser. Pode dizer-me: depois disto que aconteceu, e isto e isto; de acordo, tudo isso aconteceu, e parece-me mal que tenha acontecido, e condeno quem o fez. Mas isso não me tira o direito, e o dever, de ser aquilo que sou”. Ele riu-se muito…» (Público, 7 de Novembro de 2008).
Comentário:
3. «[A ETA] … Passou à luta armada em 1960 e adoptou a ideologia marxista em 1965. (…) Suponho que duas palavras andam a confundir algumas consciências portuguesas: que a ETA é "socialista", que a ETA é "marxista". A ingenuidade tem limites. A ETA não é nem marxista nem socialista. Ou será socialista na medida em que o nacional-socialismo também dizia sê-lo. A mentalidade nazi reencarnou nos militantes (dirigentes ou não) da ETA, e a julgar pelo seu comportamento habitual, não anda longe dos dirigentes HB» (Visão, 24 de Julho de 1997).
É um manifesto absurdo começar por afirmar que a ETA adoptou a ideologia marxista para tão logo se negar tal facto por conta do suposto nazismo reencarnado nos «militantes (dirigentes ou não) da ETA». E assim é porque, em termos históricos, é um facto comprovado que o nacional-socialismo representou uma combinação de nacionalismo e internacionalismo, isto é, os nazis são, em grande parte, a versão dissidente do marxismo-leninismo, uma vez que, desde os anos trinta até ao pacto germano-russo (1940), os comunistas e os nazis trabalharam em conjunto para levarem a cabo uma cultura de genocídio. Mais: foram os nazis que adoptaram os campos de concentração criados pelos comunistas, assim como foram eles que, como já vimos, se inspiraram nas organizações e nos movimentos totalitários orquestrados pelos comunistas do Leste europeu e, só depois, transferidos para a Europa central, como é o caso da Alemanha, ou para o Sul mediterrânico, como é o caso da Itália. Logo, separar nazismo e comunismo, como faz Saramago, é, no mínimo, ou pura ignorância ou pura propaganda com vista a uma desinformação generalizada.
4. «Leio nos jornais que Do Muoi, secretário-geral do Partido Comunista do Vietname, declarou, na abertura do congresso da associação de escritores de lá, que a arte e a literatura devem permanecer sob a orientação do Partido, que "a liberdade de criação literária e artística é a liberdade de servir o povo, que a literatura nunca está separada da política". Pergunta minha, urgente: não há por aí ninguém que vá explicar a este homem que acaba de precipitar-se, cabeça, tronco e membros, no mesmo fatal engano em que tropeçaram e se afundaram outros dirigentes comunistas, com as conhecidas consequências? A revolução vietnamita, será inútil dizê-lo, é merecedora de toda a admiração e de todo o respeito [o negrito é nosso], mas não é assim que a defenderão. Diz Do Muoi que as artes são um factor importante na guerra que o Vietname mantém "contra as forças hostis que tentam desunir-nos para acabar com o nosso regime". Como vivo neste mundo, não duvido nada da existência de tais forças hostis, nem de que seja esse o seu objectivo, mas verifico, uma vez mais, que a História, por muito que se esforce, não encontra quem seja capaz de receber-lhe as lições a tempo e horas. O resultado destes e semelhantes comportamentos tem sido perderem-se as literaturas e as revoluções» (in Cadernos de Lanzarote, III/IV, pp. 62-63).
Comentário:
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Che Guevara |
Ao Portugal infeliz e amordaçado de Salazar e de Caetano chegou um dia o retrato clandestino de Ernesto Che Guevara, o mais célebre de todos, aquele feito com manchas fortes de negro e de vermelho, que se tornou em imagem universal dos sonhos revolucionários do mundo, promessa de vitórias a tal ponto férteis que nunca haveriam de murchar em rotinas e cepticismos, antes dariam lugar a outros muitos triunfos, o do bem sobre o mal, o do justo sobre o injusto, o da liberdade sobre a necessidade. Emoldurado ou seguro à parede por meios precários, esse retrato assistiu a debates políticos apaixonados na terra portuguesa, exaltou argumentos, minorou desânimos, acalentou esperanças. Foi olhado como um Cristo que tivesse descido da cruz para descrucificar a humanidade, como um ser dotado de poderes absolutos que fosse capaz de extrair de uma pedra a água com que se matariam todas as sedes e transformar essa mesma água no vinho com que se beberia ao esplendor da vida. E tudo isto era certo porque o retrato de Che Guevara foi, aos olhos de milhões de pessoas, o retrato da dignidade suprema do ser humano» (in Cadernos de Lanzarote, III/IV, p. 448).
Comentário:
Este trecho constitui a prova cabal da defesa directa e ostensiva, por parte de Saramago, do comunismo em sua essência assassina. O guerrilheiro cubano, «olhado como um Cristo que tivesse descido da cruz para descrucificar a humanidade», é algo que só o satanismo de Saramago poderia acalentar, embora prontamente desmentido pela natureza vil de um dos assassinos mais mediáticos e romantizados pela esquerda mundial. Aliás, as suas afirmações falam por si:![]() |
Che Guevara na ONU |
Depois, há ainda, da parte de Che Guevara, aquelas afirmações capitais sobre a instrumentalização da cultura e dos intelectuais, tais como:
a) “Um dos grandes deveres da Universidade é implantar suas práticas profissionais no seio do povo”;
b) “A culpa de muitos dos nossos intelectuais e artistas reside em seu pecado original; não são autenticamente revolucionários.”
Aí estão, pois, dois dos deveres revolucionários que, apregoados por um assassino comunista glorificado por Saramago, permitem desmentir a sua pseudo-crítica dirigida ao Partido Comunista do Vietname, o qual, como vimos, pressupunha que «a liberdade de criação literária e artística é a liberdade de servir o povo, que a literatura nunca está separada da política». Enfim, tudo contradições da mentalidade revolucionária ante as quais Saramago não desarmava ou sequer mesmo se importava.
6. «Até aqui cheguei. A partir de agora, Cuba seguirá o seu caminho, eu fico onde estou. Dissentir é um direito que se encontra e se encontrará inscrito com tinta invisível em todas as declarações de direitos humanos passadas, presentes e futuras. Diseentir é um acto irrenunciável de consciência.
Pode suceder que dissentir conduza à traição, mas isso terá sempre de ser demonstrado com provas irrefutáveis.
Não creio que se tenha actuado sem deixar lugar a dúvidas no recente julgamento em que foram condenados a penas desproporcionadas cubanos dissidentes. E não se compreende que, se houve conspiração, não tenha sido já expulso o encarregado da Secção de Interesses dos Estados Unidos em Havana, a outra parte dela.
Agora chegam os fuzilamentos. Sequestrar um barco ou um avião é crime severamente punido em qualquer país do mundo, mas não se condenam à morte os sequestradores, sobretudo tendo em conta que não houve vítimas.
Cuba não ganhou nenhuma heróica batalha fuzilando esses três homens, mas, isso sim, perdeu a minha confiança, ofendeu as minhas esperanças, defraudou as minhas ilusões. Até aqui cheguei» (in Visão, 17 de Abril de 2002).
Comentário:
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Fiódor Dostoiévski |
Contudo, não faltarão certamente intelectuais a promover um Saramago para quem «as obras dos grandes criadores do passado, de Homero a Cervantes, de Dante a Shakespeare, de Camões a Dostoievski, apesar da excelência do pensamento e fortuna de beleza que diversamente nos propuseram, não parecem ter originado, em sentido pleno, nenhuma efectiva transformação social…» (in Cadernos de Lanzarote, III/IV, p. 309). Um desses intelectuais, Francisco José Viegas, ex-director da Casa Fernando Pessoa, vimo-lo já na televisão dissertando sobre o comunismo de Saramago para, desse modo, ficarmos a saber que, no caso da ditadura cubana, o Prémio Nobel se demarcara na questão dos três terroristas supramencionados. E perante tamanha burrice, eis senão a prodigiosa nata da intelectualidade em Portugal.
De resto, foi-nos possível deparar, no site da Fundação José Saramago, com expressões sinistras do tipo:
«Los saramaguianos, una especie autóctona que se produce em vários continentes y en todos los terrenos…».
«Poderíamos dar um milhão de razões para sermos um milhão de Saramagos, mas não vamos dar nenhuma: quem queira ser Saramago, que se revele, que se junte. Ser Saramago é bom, ser um milhão de Saramagos é melhor…».
Bem, só resta dizer a todos eles:
Vade retro, Satana
Notas:
(9) Camilo Castelo Branco, Perfil do Marquês de Pombal, Lello & Irmãos Editores, 1982, pp. 197-198.
(10) Ernesto Renan, A Vida de Jesus, Lello & Irmãos Editores, p. 17.
(11) É com Marta que Jesus se casa e forma família após a morte de Maria Madalena. Por fim, Jesus desperta da sua visão e retorna ao Calvário para terminar a sua Paixão.
(12) No «fundo - como dizia -, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama. Denuncio as religiões, todas as religiões, por nocivas à humanidade (cf. «Penso que não merecemos a vida», in O Globo, de 17 de Outubro de 2009).
(13) O autor do estudo é um professor de Ciência Política da Universidade do Havai, chamado Rudolph J. Rummel. Este estudo valeu-lhe o Lifetime Achievement Award da American Science Association em 1999.
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